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Blue 258

Blue 258

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Dos blogues e dos sonhos

03
Set14

«Chegou a casa naquele dia estafada, mas ainda assim queria ler um pouco aquela obra de Victor Hugo. Não precisou de muito tempo para encontrar o papel com o contacto do jovem da biblioteca. Deu uma pequena risada, aquela atitude era digna daqueles romances típicos. Mas depois voltou à realidade, por momentos ficou sem saber o que fazer, sempre tinha tido medo de assumir o papel principal na sua vida. Daquela vez ia ser diferente, tinha chegado a altura de apostar no desconhecido.»

Miguel Alexandre Pereira

 

 

A blogosfera apresenta-nos pessoas, cria laços de amizade, dá-nos a conhecer gostos e vontades, introduz conceitos, e acima de tudo, faz-nos sonhar a cada post que escrevemos. Visitem  Um Mar de Recordações, façam like na respectiva página do Facebook, e ainda na página pessoal do escritor. Vamos ajudar a construir um sonho que se torna realidade.

"Namora com uma rapariga que lê"

14
Ago13

«Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.
Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro. (...)

Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.
Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.
Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. (...)
Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.

Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve.»


Roubado descaradamente do Conversas com um Estranho. Um daqueles roubos que apetecem e sabem tão bem. Aqueles que nos enchem a alma. Não é preciso escrever muito, nem dizer muito mais. Está tudo dito. 

 

 

Estava eu a ver o jogo do Sporting

01
Dez10

Não me perguntem porquê, mas estava efectivamente a ver o jogo colada à lareira, quando leio, naqueles placards electrónicos que delimitam o campo:

 

Blue Blue Blue Blue Blue Blue Blue

 

Os olhos arregalaram, o sorriso abriu, e pensei: só faltava o 258. Depois lembrei-me que tinha um post em aberto, que tinha algo para escrever, que tinha efectivamente deixado algo a meio.

 

Done

21
Jul10

Foram transformadas em posts todas as minhas anotações daquele noite tão prolífera. Pretendia publicá-los todos ontem, mas dado a extensão do que foi sendo escrito naquela noite, vi-me derrotada pelo cansaço. Agora está. Não me perguntem o que tinha eu naquela noite... nem eu sei. Ainda não sei. Nem sei se alguma vez o vou saber. Mas não interessa. O que importa é sentir. E escrever.

 

 

Logo há mais um texto da casa na praia - casa na praia para os amigos, para os estranhos, casa na praia, aquela, sem vizinhos por perto. Ah! E não se preocupem... este não precisa de bolinha vermelha: é doce, muito doce. Intensamente doce.

 

E logo hoje que era suposto eu ter ido ao bar cubano. Devia ter ido. Devia. Afundar-me em mojito. Oh se devia!

 

O blogue

19
Jul10

Este blogue, está de novo em fase de aquecer os motores, e quem sabe, voltar em força. Hoje, dei por mim a pensar que são inevitáveis os laivos de lamechice de que por vezes é acometido. E não há nada a fazer. E se faz parte de mim, então, não o devo sequer procurar evitar. Pretendo destilar doçura e tenacidade em doses consideráveis. E tudo o resto que porventura fluir das minhas palavras.

 

 

P.S.: Eu sei que tenho comentários para responder, mas estou a aquecer os motores - toca a dar-me um desconto ;)