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Blue 258

Blue 258

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Serviço público

12
Out10

 

 

Meus caros XY,

 

Eu sei que isto de lidar com XX, não é fácil. Nada fácil. Eu sei, assumo, e corroboro tal afirmação perante seja quem for. Apresento provas, maquetes, esboços em 3D. Embora não adiante. Acreditem, não adianta.

Dizem que as mulheres são complicadas, dizem. E até têm razão. Ou porque agem de determinada forma quando o que sentem, desejam e querem é precisamente o oposto do que demonstram. Ou porque dizem uma coisa, quando o que querem é dizer outra totalmente diferente. Os homens não percebem as mulheres. E as mulheres, bem, as mulheres, se formos bem a ver a coisa, também não se percebem a si próprias. Intrinsecamente complicadas. É o que nós somos. Mas há volta a dar, isso vos garanto eu. Pensem nisto como uma língua estrangeira - munam-se portanto de um bom dicionário, façam anotações ao longo do caminho porque ainda por cima, há variações no dialecto de mulher para mulher. Anotem na margem da página, cada traço, cada gesto, cada entoação de voz, cada silêncio.

 

Se uma mulher vos manda foder uma vez, aconselho-vos então a darem-lhe dez minutos até deixar de ferver. Não falem, não façam o mínimo barulho, desapareçam-lhe do campo de visão. E mesmo assim, mantenham o silêncio. Fomos abençoadas com um raio de um sonar que vos detectava um qualquer trejeito facial, mesmo que na China. O que pretende uma mulher num caso destes? O que quer ela dizer? Simples: dá-me dez minutos para acalmar, perceber a parvoíce pela qual me aborreci e concluir o assunto com um sorriso nos lábios e um abraço.

Se uma mulher vos mandar foder duas vezes - no mesmo dia, na mesma hora, e com um espaçamento provavelmente inferior a dez minutos - bem, falem, insistam, invadam-lhe o campo de visão, e se possível, toquem-lhe. De forma suave, nada controladora ou admoestadora. Toquem-lhe. Como quem faz uma carícia. O que queremos nós então neste caso específico? O vosso carinho. A vossa atenção. E neste caso, a falta de qualquer exemplo dos acima mencionados, apenas irá fazer com que a temperatura volte a subir de novo. E aumentar a pressão.

 

Porque quando vos mandamos foder uma vez, estamos provavelmente a entrar em ebulição por um motivo - provavelmente parvo - qualquer. Nesse momento, queremos ou precisamos (nunca sei se chegamos a saber se queremos ou não) de, das duas uma:

a)  libertar alguma pressão - se estamos a ferver e já não há forma de reverter o processo - e, nesse caso, qualquer palavra ou gesto vosso fará com que provavelmente parte dessa pressão vá dirigida na vossa direcção - o que é algo a evitar a todo o custo.

b) acalmar e analisar a cena - se o processo ainda está numa fase que permite o retrocesso. Imaginem agora uma enorme fornalha e a temperatura, contra todas as expectativas a decrescer - esse momento, esse mesmo, é aquele em que os meus caros XY não falaram, não fizeram o mínimo barulho e desapareceram do campo de visão.

 

Quando vos mandamos foder duas vezes, estamos numa fase delicada da ebulição: um simples gesto, um carinho, uma palavra bastam para desligar o temporizador daquele bomba tão sensível associada aos cromossomas XX. Porque nós somos muito emotivas -  sentimos e pensamos com o coração - e depois, agimos a quente. Se vos falhar a tradução neste caso, o mais provável é que ao primeiro motivo parvo que nos deixou a ferver, se junte um segundo: o da atitude parva. E aí, aí, é que somos nós a não falar, a não fazer o mínimo barulho, a desaparecer-vos do campo de visão. Quando o que queremos é esquecer todos esses motivos parvos e rir convosco do quão parvas fomos.

 

 

 

 

Atenção: é óbvio que todo e qualquer XY é culpado daquele motivo parvo inicial que nos deixou a ferver. O vosso problema é que não vos apercebeis sequer disso. O nosso problema, é que damos importância a tudo. Mesmo a coisas parvas. Pá, porque somos efectivamente emotivas ou qualquer coisa do género. Isto deve ter uma explicação científica plausível. Deve.

 

Jessica Rabbit

18
Jul10

 

 

— Quando era puto, a gaja do Roger Rabbit dava-me pica. Olha que te estou a dizer a verdade, não te rias...

— Eu acredito, ela com aquele decote e aquelas curvas...

 

— É como aquela cena do Hentai, aquilo dá pica... E é desenho animado também.

— Tu queres-me comparar a Jessica Rabbbit ao Hentai? É que não tem nada a ver! Mesmo nada a ver!

 

 

Fairytales

27
Jun10

Once upon a time in a faraway kingdmon, there was an Enchanted Princess and her Prince Charming. They met, fought the ugly witch, married and lived happily ever after. How's this for a short fairytale?

 


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Era uma vez uma princesa e o seu príncipe encantado...
O Príncipe Encantado não era perfeito, e tal como qualquer homem, tinha os seus defeitos. Provavelmente, também deixava o tampo da sanita levantado, respingava por todo o lado e não limpava.  Não era perfeito. De todo. Então porquê esta coisa toda de encontrarmos o nosso príncipe, se ele não é perfeito, e se em muitos casos, nem rasgos de perfeição possui?
Ora, a perfeição não existe. E então, porque é que a princesa se apaixonou? Fácil. O sentimento, o dito amor, tornava o príncipe perfeito aos olhos dela. Daí não adiantar nada procurarmos o homem perfeito. Ele não existe. Príncipes encantados, muito menos. São um mito. Princesas, só as do Mónaco e afins. Lembrem-se disso. E até essas casam com plebeus. Ah pois é. Por alguma razão, não vêem príncipes nos que o são efectivamente. Encontram-nos nos plebeus. A verdade é que encontram o amor. E é o amor que torna o mais comum dos mortais num príncipe encantado digno das histórias da Disney.
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E foram felizes para sempre. Foram? Não sabemos. É que a história ficou por ali. E as nossas histórias, também ficam por ali. Quando terminam. Quando o sentimento evapora. Mas no caso dos príncipes encantados e das princesas, caso houvesse continuação, a história seria igual a tantas outras. Bastava darmos-lhe seguimento. A princesa tem 3 ou 4 filhos, engorda 20 quilos, sente-se frustrada por estar no castelo e não fazer nada de útil com a vida dela, não tem sexo com o príncipe há sabe-se lá quantos meses,  dá-lhe no xerez como se não houvesse amanhã, e para cúmulo dos cúmulos, descobre que o príncipe anda é preocupado em montar... a filha da criada.

E por falar em filhos, as cozinheiras que ainda permaneciam no castelo - tinham salários em atraso por receber, por isso não arredavam pé dali tão cedo - fazem queixa à segurança social da época - não estão para aturar os filhos dos outros - que vai até ao castelo e trata de levar a pirralhada para um centro de acolhimento.

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Mais, com tanta festa, gente a fugir aos impostos, as contas começam a amontoar, e as ameaças dos credores sobem de tom. Há consertos e obras a fazer no castelo. O príncipe não quer saber.  Nunca teve queda para a bricolagem. E hoje em dia, é vê-lo agarrado ao cigarro, é que nem o larga para montar (a cavalo ou a filha da criada). A princesa quer vestidos novos. De tão gorda que está, são necessários metros e metros de tecido para lhe fazer um simples vestido. E discutem. O príncipe monta, no cavalo (desta vez), e vai galopar porque não está para aturar os gritos histéricos da princesa. Ela, devora chocolates até rebentar com as costuras do vestido. Berra e chora. Os seus gritos desalmados ecoam pelo castelo vazio e até às redondezas. De castelo encantado, passou a castelo assombrado.

 

 

Moral da história: qualquer princesa, pode tornar-se numa velha matrona. O encanto do príncipe,  evapora, tal como parecem evaporar os abdominais rijos e o sorriso pepsodent. E o que começa como uma história encantada, termina muitas vezes assombrada.

 

 

 

 

 

 

 

Homens e mulheres

18
Set09

 

Na sequência de me ter andado a dedicar à exportação das minhas teorias para o blog aqui ao lado, dei por mim a relê-las. E não pude deixar de sorrir. Coisas, enfim, que nem vale  a pena explicar. Coisas minhas. Mas isso tem-me feito pensar nelas (nas teorias), e por esse mesmo motivo, andam já outras a fervilhar.   

 

O contacto com outros seres da blogosfera - reparem, contacto; pensamos que não há, mas há - e as circunstâncias actuais - e porque tudo muda na vida, certo, as tais mudanças inerentes - levaram-me a ver muita coisa, e para falar verdade, ajudaram-me a crescer e a compreender as coisas de outra forma.

 

 Nós, mulheres e homens, ou homens e mulheres, não somos assim tão diferentes. No que respeita ao amor, claro. 

 

Ambos os sexos amam. Lutam. Conquistam. São conquistados. 

Ambos os sexos sofrem aquando da ausência desse amor.

Desfazem-se em pedacinhos. Quebram.

Deitam-se no chão com o olhar fixo no que ficou despedaçado.

Passam dias, semanas, meses (e até anos, posso ousar dizer) ali, a olhar para os cacos do coraçãozinho.

Os dias que passam apenas por ter de passar. A vida lá fora que se ri de nós. O nosso mundo desfeito em ruínas.

Mas, finalmente, lá é chegado o dia, de recolher os pedacinhos. De os tentar colar.

E tenta-se. Mas é difícil. Faltam pedaços. E convenhamos, o que fica colado nunca volta a ser igual ao original - as marcas estão sempre lá. Sempre.

Mas cola-se. E é um passo. É o primeiro passo. Depois é o da coragem. Sim, coragem para nos reerguermos com o coração ainda debilitado, ainda naquele estado. Coragem para voltar a amar. Coragem para voltar a ser amado.

 

Não é tudo escuro, não é tudo negro. Não. Se amarmos de novo e esse amor for grande e forte - as marcas, as cicatrizes começam a ser cobertas por um velo, progressivamente camufladas - camufladas pois continuam lá, visíveis, tão visíveis e aí permanecem -  mas chegará a altura, em que não esquecemos que as temos, porque tal, francamente não será possível, mas quase que já não recordamos a guerra em que foram feitas.

 

 

Porque eles, os homens, partem-nos o coração.

E nós, mulheres.... partimos o deles.

 

 

 

 

 

Mas shiuuuu, eu não disse nada...

 

 

 

Para que servem os homens - parte II

02
Jul09

Claro que o parte I teria inevitavelmente seguimento. E cá está. E não sei porque motivo, vejo-me um dia a escrever o parte XX  e seguintes.

 

 

Hoje, o post é mais a título de desabafo. E novamente, retrata o fosso entre os sexos. A roupa é o tema que serve de discussão.

Ora eu, trato de colocar a roupa a lavar e a secar - depois, e geralmente, faço a triagem: roupa para passar a ferro - coloco no cesto, e a restante, é para dobrar e arrumar. Por vezes, neste segundo caso, coloco-a em cima da cama, para, antes de deitar, a dobrar e arrumar.

 

Ponto 1: porque é que eu, depois de um dia que parece ter tido 25 h, ainda me obrigo a dobrar a roupa e a arrumá-la? Enquanto que o representante masculino, o mister, se limita a tentar enfiar na cama - apesar daquela pilha de roupa extremamente visível?

Isto é algo que me ultrapassa. Porque ambos tivemos um dia longo - e o meu que teima em não terminar! E porque não é verdade que 4 mãos despacham o assunto mais depressa? Bem mais depressa? Ou então, um dobra, e o outro coloca no seu devido lugar. Mas nãaaaaaaao. Pois não. É chato. Muito chato. No dia em que a roupa deixar de lhes aparecer lavada, passada, dobrada e arrumada na prateleira - eu quero ver. Mas somos vossas criadas ou quê? Isto vai dar origem a um cartão vermelho - acreditem.

 

Ponto 2: ontem, depois de preparar o jantar, lavar a loiça, arrumar a cozinha - sim porque eu gosto de  a deixar arrumadinha -  fui passar a ferro. Depois de 20 t-shirts do mister, mais 2 camisas, mais umas sweats e calças - ah e uma blusa minha e uma sweat - lá vou eu com a roupinha passadinha para o quarto. Mister, encontrava-se já na cama, ignorando uma pilha de roupa que já lá estava parcialmente dobrada. Pois acham que mister se dignou sequer a arrumar  a roupa que já estava dobrada? (Nem se tratando de roupa dele.) É que já nem falo em dobrar a roupa restante. Vociferei qualquer coisa, enquanto que arrumava a roupa que trazia passada a ferro e a restante que já estava dobrada. A que não estava, lá a deixei, enquanto que f-u-d-i-d-a da vida saía do quarto. Enervava-me ainda mais a cara do mister, de aborrecido que estava - pensaria ter razão? Fui regar o jardim. Pois... porque senão lá se vão as plantas todas com o calor - e eu bem, pronto, fui "arrefecer".

 

 

 

What men do... to women

19
Jun09

É isto o que fazem os homens, nada mais do que isto. Desfazem-nos em pedaços. But then, we just have to pick up the pieces, breathe in, breathe out and carry on. O ideal seria move on, mas sei que é difícil, ok - nada de argumentar. Portanto, M-a-g-g-i-e, faz favor, pick up those pieces, e deixa esse sol brilhar, porque aí está carregado de nuvens - dark dark clouds, f-ck!

 

 

 

 

Kryptonite
Well I took a walk around the world to ease my troubled mind
I left my body lying somewhere in the sands of time
But I watched the world float to the dark side of the moon
I feel there is nothing I can do, yeah

I watched the world float to the dark side of the moon
After all I knew it had to be something to do with you
I really don't mind what happens now and then
As long as you'll be my friend at the end

And if I go crazy then will you still call me Superman?
If I'm alive and well, will you be there holding my hand?
I'll keep you by my side with my superhuman might
Kryptonite

You call me strong, you call me weak
But still your secrets I will keep
You took for granted all the times
I never let you down

You stumbled in and bumped your head
If not for me then you'd be dead
I picked you up and put you back on solid ground

If I go crazy then will you still call me Superman?
If I'm alive and well, will you be there holding my hand
I'll keep you by my side with my superhuman might
Kryptonite

If I go crazy then will you still call me Superman?
If I'm alive and well, will you be there holding my hand?
I'll keep you by my side with my superhuman might
Kryptonite, yeah

If I go crazy then will you still call me Superman?
If I'm alive and well, will you be there holding my hand?
I'll keep you by my side with my superhuman might
Kryptonite
 

 

Para que servem os homens - parte I

13
Jun09

Já há algum tempo, que pretendia partilhar mais esta minha teoria: a utilidade dos homens para as mulheres. Nenhuma - não, estou a brincar. Para além das óbvias, claro, a que exponho aqui hoje, é uma em particular, passo a explanar:

 

Nada mais do que natural, do que um homem e uma mulher que se conheceram e sentiram, vamos lá, a seta do cupido, comecem a namorar, e depois de algum tempo - variável de pessoa para pessoa e de situação para situação - passem a dividir um espaço, uma casa, uma vida ou, simplificando, a partilhar simplesmente, o dia-a-dia.

Até aqui tudo bem. Nada de extraordinário. O que me leva às diferenças estonteantes entre cada um dos sexos.

 

Primeiroos homens nunca se lembram de nada, mesmo tratando-se de algo que lhes diz respeito a eles. Sai-se de casa, e Kms (quilómetros) mais tarde é que se lembram, se é que se chegam sequer a lembrar, de algo que deveriam ter trazido - e que, como é óbvio, esqueceram.

Cabe a nós, mulheres, lembrarmo-nos das nossas coisas, das deles e de tudo o restante - sim, porque a roupa aparece lavada, a cozinha arrumada, a cama feita, mas não é uma empregada invisível que lá vem tratar disso enquanto nós não estamos em casa - se bem que eles parecem agir como se assim fosse; ou então, simplesmente nem lhes ocorre pensar em como as coisas aparecem feitas). 

Nós, mulheres, é que temos de nos lembrar de tudo, de tudo mesmo - e ainda tirar a roupa da máquina de lavar, colocá-la a secar para depois, à noite, passá-la a ferro; tirar algo do congelador para o jantar, ou então deixar a marinar antes de sair de casa; levar o que já está a abarrotar no balde cheio, para o ecoponto, etc, etc. E depois, digam-me lá, quem é que é básico?

 

 O que me leva à questão da data dos aniversários, bem como a respectiva idade de cada um (de modo a que se saiba nos seus aniversários quantos anos fazem - questões de logística: as velas do bolo - convém saber a idade correcta, não?) - da família dele.  E este último ponto é que é importante - volto a salientar, da família dele. Nunca se lembram ou recordam qual a data precisa de aniversário dos membros da sua família - é que já nem se coloca a questão de saberem os da nossa.

 

Outra questão, e é esta o ponto principal da teoria, é o de ao termos um homem na nossa vida, e ao com ele partilharmos essa vida, termos como que uma preparação para quando vierem os filhos. Passo a explicar melhor - e pergunto-me, quantas de vós se vão identificar com isto?

Imaginemos uma ocasião mais especial/formal: um baptizado, um casamento, ou qualquer outra situação do género - quase de forma inata, sabemos o procedimento a efectuar: dispôr-lhes a roupa a usar em cima da cama - sem esquecer boxers, meias, e os sapatos já engraxados no chão, junto à cama.

Sabemos que assim, o que têm a fazer se resume ao banho, toilette pessoal e pronto - nada pode correr mal. Mesmo assim, por vezes, não é tão simples como parece: resolvem, sabe-se lá por quê, fazer alguma alteração à indumentária, como por exemplo, usar outros sapatos. Quando acabamos por reparar, já estamos prontos a sair, junto do carro, pensando está tudo ok, podemos ir e eis que temos de os mandar, neste caso sim, é mesmo mandar, trocar de sapatos (devo esclarecer que os sapatos em causa não são adequados nem ao fato, nem à cerimónia).

Casos há, no entanto, que são excepção à regra, nomeadamente se se tratar de um metrosexual - nesse caso, desnecessário será delinear-lhes a roupa - se bem que um contra poderá ser o demorarem ainda mais tempo do que nós, mulheres, na casa de banho.

 Portanto, acabamos por ter de, além de nos ocuparmos de nós próprias, nos ocuparmos do (nosso) homem e de tudo a que ele lhe diz respeito - ou pelo menos deveria dizer.

 

 E porque é que acaba por ser uma preparação para os filhos? Fácil - enquanto bebés e crianças, a simples (parece, mas não é) rotina antes de sair de casa passa por lavá-los, vesti-los e preparar aquele saco que é só deles - e que parece um gémeo siamês, apareceu ao mesmo tempo, e que sempre, mas sempre, o vemos com a criança - e que inclui fraldas - das descartáveis e das de pano -, toalhetes, cremes, biberões, chupetas, boiões de fruta, iogurtes e tupperwares com a sopa, xaropes, gotas, aquelas-coisas-para-os-dentes, brinquedos e brinquedos, e tudo o mais que me falta nomear (um dia vou saber ao certo) - para além da responsabilidade que passa por nos lembramos de tudo o que lhes diz respeito e que sabemos não se poder descurar nunca.

 

A modos de conclusão, quando chegam os filhos - e com eles, o arsenal com que uma pessoa se tem de munir, continuamos a ter de nos ocupar do homem, da casa e de tudo o que ela comporta. No final de tudo, nós, mulheres, acabamos por  ter de  procurar ainda a disponibilidade, o tempo e a paciência para nos ocuparmos de nós. E ainda têm eles, os homens, a lata de dizer que uma mulher, se acaba por desleixar com o tempo. Pudera!

 

 

 

P.S. Não quero de modo algum, ferir susceptibilidades - homens há, que são melhores pais do que as mulheres - isso é um facto. Ser mulher não implica, infelizmente, a capacidade genética de cuidar o melhor possível dos filhos. Mais, homens há, que se ocupam de uma casa, das roupas, da cozinha, da limpeza, melhor que muitas mulheres. 

Twilight

21
Mai09

 

Finalmente vi o filme - sim.

 

Mas atenção: teenagers malucas que criam blogs a torto e a direito sobre o filme/actores/e tudo o mais que se lhe relaciona - este blog não é assim. Já tinha tomado conhecimento deste fenómeno estranho/ou não assim tão estranho com os 1001 blogs dos Tokio Hotel - isso sim pandemia generalizada.

 

 Mas pronto. Eu até compreendo. Vamos deixar as teenagers sonhar. Enquanto sonham com os actores, não fazem outras coisas - digo eu. A culpa é dos homens, claro está. É sempre dos homens. Como não podia deixar de ser. Deviam compreender que a nós, mulheres, nos falta algo - algo que eles não nos proporcionam - aceder a um mundo de fantasia.

 Recordem que em miúdas brincávamos ao faz-de-conta, com os peluches, com as nossas bonecas, depois com a Barbie e o Ken, fazíamos café, chá, bolos imaginários. Agora crescemos, e tivemos de largar as bonecas - arranjem-nos outra coisa. Ou até nem é preciso - nós arranjamos. Precisamos é da comparência do sexo masculino. ( Ai que acho que isto não saiu bem - ou sou eu que já vejo malícia em tudo?)

 

 Adiante, que o post é sobre o Twilight. Sempre gostei da ideia romantizada do vampiro - da ideia de viver para sempre. E convenhamos, a ideia de um borracho vir devagarinho, e com jeitinho dar uns beijinhos gelados no pescoço, e finalmente morder... e o sangue docemente a fluir...ai que deve ser mesmo muito bom! Mas pronto, eu tenho esse fetiche - no meu caso compreende-se que imagine gostar.

 

Vamos então voltar ao filme: soube-me como um aperitivozinho - a pouco. Até foi bom, mas soube-me a pouco, muito pouco. Valeu-lhe o pedacinho residual de teenager que ainda tenho em mim. Só que já sou crescida - portanto já não me chega. Queria o Twilight2 logo de seguida. ( Ui que isto continua a não me agradar - não sei se me sai bem o que quero dizer, ou por outra até sai.) 

 

E como o novo filme - New Moon - só em Novembro - e como já comprei o livro (para confirmar se este é um daqueles casos em que a obra perde na adaptação para o cinema) - decidi comprar o segundo livro da saga também (quero saber como continua a história, e nem pensar que aguento até Novembro sem saber - a minha curiosidade não o permite.) 

 

A minha apreciação: não foi mau - estava à espera de melhor - achei pouco - queria mais - o argumento quase que me parecia fraquinho (mas quem sou eu?).

 

 

P.S. O facto de me dar vontade de mais, digo, o facto de querer saber o que acontece a seguir - deve valer alguma coisa, não?