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Blue 258

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Ainda do Natal e dos livros (sempre dos livros)

22
Jan16

A deliciosa tradição islandesa de dar livros no Natal

 

«Há poucos dias, descobri a mais deliciosa tradição de Natal, um hábito magnífico desse pequeno país perdido nas águas frias do norte do Atlântico, que faz as delícias de qualquer viciado em livros.

 Na Islândia, a prenda que todos oferecem no Natal são livros e, pelos vistos, a consoada pode ser passada a ler os livros que recebemos.

 Mais: publicam-se tantos livros antes do Natal que a língua islandesa têm uma palavra só para esse fenómeno:Jólabókaflóð — literalmente, inundação de livros do Natal.»

 

Fiquei a conhecer esta tradição na altura do Natal no Livros & Outras Manias; faltou-me tempo mas tinha de guardar isto no blogue. E que bem que me soa  inundação de livros do Natal. Infelizmente, no naufrágio do Natal só um (sim 1!) veio dar à praia. Pelo menos vale por dois. Até por três.

 

 

E porque Livros nunca são demais... segue-se este texto original de Cláudia Oliveira, encontrado na mesma altura no Inominável. Adorei a sugestão para surpreender; sempre defendo que o embrulho, e a expectativa que ele cria (ou pode criar) são das melhores coisas ao receber um presente.

 

Livros nunca são demais para quem os ama. Quando oiço, “não comprei um livro porque tens muitos” o meu coração chora lágrimas de papel. Eu fico eternamente agradecida quando recebo livros como presente. E só por acaso, apesar dos meus quatrocentos livros, acho que nunca falta espaço para mais um. Mais dois, cinco, dez.

Dou-vos três motivos para não deixarem de oferecer livros a quem gostar muito deles. Primeiro, há sempre mais um na lista de desejados. Lista perma-nentemente a crescer. Segundo, os livros estão com preços de fugir. É dinheiro que se poupa mais tarde. Terceiro, não há nada igual ao cheiro de um livro novo. A surpresa de um título novo, a descoberta de uma história por ler.

É fácil adivinhar o embrulho de um livro. Por isso, deixo-vos mais uma sugestão para surpreender e não cair no “ é sempre a mesma coisa”. Coloquem o livro dentro de uma caixa de cereais velha. Já fizeram isso comigo. Deviam ter visto os meus olhos quando dei com a caixa. Para além dos dias a olhar para aquela prenda debaixo da árvore e tentar descobrir o que seria. Também podem embrulhar o livro dentro de um cachecol. Facilmente vão induzir o presenteado em erro.

Posto isto, uma dedicatória na primeira página é sempre bem-vinda. Um marcador com uma singela frase “Bom Natal” também. Os livros são amor em forma rectangular. Não há como enganar na hora de presentear um amante de livros.

 

 

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27
Dez15

O Natal, chegou, passou e não deixa saudades. Não cheira a Natal, não parece Natal e não sabe a Natal, são palavras que já não saem apenas da minha boca (porque na verdade, já me cansei de as dizer): oiço-as penduradas nos lábios de muita gente. Pode parecer que não, mas isso custa-me. Custa-me porque (ainda) tenho a memória do Natal ser uma época especial. Linda. Mágica. E a magia faz-me falta. 

Oiço dizer que é um dia como qualquer outro. E isso gela-me o coração. Repetem-me que é um dia qualquer e sinto o gelo enterrar-se mais um bocadinho. Dizem-me que o Natal perdeu o sentido, que o consumismo matou o Natal. Nós matamos o Natal. Não tarda nada, passa a ser mais uma data no calendário, mais um feriado do qual não sabemos nada.

Porque o Natal não é consumismo desenfreado, não são smartphones, tablets, playstations, centros comerciais apinhados. O Natal está nas pequenas coisas. Na escolha dos presentes, nos embrulhos cuidados que antecipam a surpresa da descoberta. Está na decoração da árvore de Natal, nos aromas que nos vão tentando a caminho de casa, no prazer daquelas estrelinhas que nos recebem ao chegar. Porque o Natal está nas pequenas coisas. Naquele miminho com que não nos esquecemos de presentear alguém. No agradecimento do inesperado. Da atenção. Do carinho. Do calor que exala da gente quando se diz Feliz Natal! 

E eu quero voltar a sentir a alegria do Natal. A doçura dos gestos, o carinho das palavras sentidas, a presença daqueles a quem queremos por perto. Porque eu quero continuar a sonhar com neve, quero que isso nunca deixe de ser aquilo que eu peço ao Pai-Natal. Quero as pequenas coisas que nos dizem tanto, que nos dão o sabor, a cor e o brilho. Sem isso não nos resta nada. Porque o Natal está nas pequenas coisas.

Faltam... quantos dias para o Natal? #7 [Wraping]

17
Dez14

Para mim, o embrulho é parte do presente: pode completá-lo e é o que muitas vezes lhe dá vida. É sinónimo de carinho, atenção e dedicação. Prova que o presente é mais do que personalizado numa época em que o mais importante parece por vezes ser esquecido.

 

#1 Japanese Gift Wrapping - Kimono Style*

 

 

#2 Japanese Furoshiki

 

 

 

 

* Os meus livros podem vir todos embrulhados assim :)

Dos presentes de Natal #2

03
Dez14