Dia dos Namorados
Nem sei por onde começar. Vale a pena dizer-vos que as manifestações de amor não deveriam ter dia, ou sequer horas marcadas? Que o amor deve estar presente o ano todo? Que devemos amar, acariciar e agradar quem temos (ou queremos), a qualquer hora, em qualquer dia, faça chuva ou faça sol?
Bombons, flores, ursinhos, coraçõezinhos - o consumismo destes dias mata o verdadeiro sentimento, que devia imperar o ano todo!
Agora, se me falarem em aproveitar o fim-de-semana para fazer algo mais especial, a dois, aí sim, digo-vos: excelente. Massagens, Spa, turismo rural, uma viagenzinha a uma qualquer capital europeia - ideal para qualquer altura do ano - porque não aproveitar mais este momento?
Também há um sem número de ideias geniais, mas, lá está, servem para qualquer dia, e sendo uma surpresa inesperada, ainda melhor. Uma fabulosa lingerie e gelado - tão simples quanto isso - simplesmente delicioso.
Quanto a mim, e apesar de tudo, sabia que teria de me precaver - há mais de duas semanas, o M traz o assunto à baila, de jantarmos hoje - pois sim, claro, então não havia de ser? Claro que não - em primeiro lugar, na situação actual, não me parece que jantarezinhos fatelas encaixem muito bem na treta do tempo e do espaço. Para além do mais, odeio jantar fora nestes dias - confusão! No entanto, não me consegui esquivar de receber uma planta - eu, que tinha avisado: não quero flores, bombons, perfumes, não quero nada. Mas o meu Português não deve ser muito claro, pois não?
P.S. Sim, sim, ele é um querido e só mostra que gosta de mim e bla bla bla. Obrigada.