#34 Sei... (bolinha vermelha, bolinha vermelha)
Ergo o corpo e detenho o olhar... no teu rosto. Prazer. Satisfação. Os teus olhos brilham, deliciados. O teu sorriso, malandro, pede mais. Ou serão os meus olhos que apenas vêem o que querem?
Sei que adoras quando sou doce, terna e meiga... sei que adoras ter-me, assim, derretida, nos teus braços... sei que adoras amar-me assim, piano, pianíssimo. Sei o quanto te enlouquece ver-me ceder ao desejo. Deixar que tome conta do meu corpo, da minha vontade, a pouco e pouco, mezzo forte. Sei também que adoras ver-me possessa pelo prazer, pela vontade, pelo desejo... fortissimo.
Sei que adoras ver estampado em mim, o prazer que me dás.
Com o teu sabor na boca, mordo-te no peito. Beijo-te a morder nos ombros. Marco-te no pescoço. Lanço a minha boca na tua... e o meu corpo sobre o teu.
Adoro quando me lanço assim, sobre o teu corpo. A loucura de encaixar o teu corpo no meu. Querer-te assim, de uma só vez. De cada vez.
Sorrio. Vejo o brilho dos meus olhos reflectido nos teus. Movo-me ainda devagar. Ainda. Sorris. Sabes... oh como sabes! Sabes como sou. Como faço. Como quero.
Mordo os lábios. Oh... sabes o que quer dizer, não sabes?
Balanço. Imprimo velocidade ao movimento.
Dou impulso ao corpo. Sabes que me fazes delirar, não sabes?
Ergo o corpo cada vez mais, e cada vez mais... me afundo em ti.
Num doce movimento de constante erguer e afundar...
Balanço sobre ti.
Arqueio o corpo.
Deliro!
Os meus cabelos negros acariciam as costas, os ombros, os seios... a cada movimento do corpo... balanço a cabeça embalada pela música. E tu, extasiado, olhas para mim... e sorris.
As tuas mãos firmes seguram-me o rabo; dás-me uma palmada, duas, três. Sorrio! Deslizas as mãos pela anca... marcam-me agora a cintura... deslizas em direcção aos seios... seguras... apertas... aproximas a boca... e delicias-me... oh como me enlouqueces... a tua boca é... simplesmente deliciosa! Sentir as tuas mãos no meu corpo, o calor da tua boca... e ter-te, assim, desvairadamente... leva-me rapidamente à loucura...
E balanço... balanço sobre ti!
Arqueio o corpo...
E deliro!
Con spirito, com vigor, com espírito, o meu corpo nu, parece obedecer a cada vibratto. Sinto cada nota ecoar no mais recôndito do meu ser. A pele branca, adornada apenas pelo negro dos cabelos e pelo rubor que exibe - con fuoco - com fogo, vivo e agressivo.
Sinto o meu coração bater tresloucado. E o teu? Deixa-me sentir o teu! O que eu faço, ao teu pobre coração... que bate agora, descompassadamente.
Can you feel my heart beating... no no no... you don't