It's official: won't be seeing anything of me any time soon.

 Ipod on mode.

  Engraçado. Tinha um buraco (de bala de canhão).

  Agora tenho outro mais pequenino.

  E não é que este dói ainda mais? 

E pronto. Posso dizer-vos que me vou deitar despedaçada.

Hoje não há cá jardins nem praias que resultem.

Porque me sinto despedaçada. Porque permiti que me despedaçassem.

Mais um bocadinho. Só um bocadinho mais.

Mas pronto. Agora a culpa é minha. Toda minha.

Quem me manda abrir a porta? E deixar alguém entrar?

Estúpida. Muito estúpida.

Shame on me for inviting you in.

E pronto, hoje é dia... de lançar palavras como dardos... agora outro... com as tuas palavras puff... lá se foi o encanto todo.

Todos gostamos de nos sentir especiais. Todos.

Todos gostamos de nos sentir amados. Todos.

É bom quando os nossos caminhos se cruzam. É.

É bom, quando, de tão perto que nos sentimos, parecemos partilhar o calor dos nossos corpos. É. Bom, mesmo bom.

Mas tal como os caminhos se cruzam, mais à frente, facilmente se podem descruzar.

São os cruzamentos da auto-estrada da vida.

E é mesmo esse desejo ardente,

de não querer estar em mim,

desligar-me.

Consumir-me.

Como é que palavras, simples palavras, conseguem perfurar o escudo, e infligir dano, tanto dano, no mais profundo e recôndito recanto do nosso ser?

Porque deve ser lá que nos procuram atingir, é para lá que apontam, é para lá que disparam. Sabem que é lá que guardamos tudo, tudo o que temos de melhor, tudo o que acarinhamos, tudo o que procuramos preservar - e o que pretendem é tirar-nos isso, deixar-nos sem nada, tornar-nos fantoches nas suas mãos.

O pior é que dói. Tivesse eu sido atingida por bala de canhão, não me teria despedaçado tanto.