Day to day
Where do you want to be?
'Cos now you're trying to pick a fight
With everyone you need

You seem like a soldier
Who's lost his composure
You're wounded and playing a waiting game
In no-man's land no-one's to blame

See the world
Find an old fashioned girl
And when all's been said and done
It's the things that are given, not won
Are the things that you earned

Empty handed, surrounded by a senseless scene
With nothing of significance
Besides a shadow of a dream
You sound like an old joke
You're worn out, a bit broken
Asking me time and time again
And the answer's still the same

See the world
Find an old fashioned girl
And when all's been said and done
It's the things that are given, not won
Are the things that you earned

You've got a chance to put things right
So how's it going to be?
Lay down your arms now
And put us beyond doubt
So reach out it's not too far away
Don't mess around now, don't delay

See the world...

Ou chove.

Ou troveja.

Ou faz sol.

Porque a verdade é que o que eu penso que é o certo, é muito diferente do que é correcto. Não fui correcta contigo. Agi como uma criança. Decidi sozinha. Nem te disse nada. E se me comportasse como uma adulta, ter-te-ia dito. O que te pretendo dizer daqui a pouco. Porque ontem, magoado com o silêncio deste lado, disseste: não respondes pois não, então esquece o meu número, esquece-me, esquece que eu existo. E doeu-me. Mas só pensei: melhor assim, torna-se mais fácil para mim. Porque sou egoísta. Como uma criança.

Porque hoje, ao ligar o cartão, lá no fundo, esperava receber uma mensagem tua. Lá no fundo, esperava que tu também não resistisses. Lá no fundo, desejava o bom dia a que já me habituaste. Lá no fundo, não queria outra coisa senão o  teu bom dia.

Mas isto não se faz, não assim. Mas tu, que és um doce, voltaste a enviar mensagens, voltaste a querer ligar. E eu não resisti. Respondi. Daqui a pouco falamos. Temo é ouvir a tua voz. Temo sentir a dor que te causei. Temo derreter-me toda. Outra vez. Porque lá no fundo, é o que quero. É o que desejo. Perder-me na tua doçura.

E porque espero que troveje. Espero que chova. E depois, que brilhe o sol.

 Porque me sinto exactamente como o dia de hoje - cinzento - sem sol, sem brilho, sem calor, sem alegria. Cinzento.

Porque expliquem-me lá a estupidez de cortar com algo de que se gosta, algo que nos faz feliz. Expliquem-me a estupidez de achar que é assim que tem de ser. Porque eu não compreendo. É que eu não compreendo mesmo.

Well it's been more than a year
Since I lived by the sea
And though we both have been moving
You came back to me
And I remember the old signs
We threw off the pier
They've been burning forgotten
They soon disappear.

Take one day of my lifestyle
Passing ghosts in the street
I chase them away with alcohol
But they don't get drunk

The ghosts around your city
Have all got no name
I wondered how they're flowing
I wondered why I'm glowing
I wondered how they're flowing
I wondered why I'm glowing
 

Voltando ao assunto inicial, depois de me ter perdido um bocado - acontece - eis que o dia parece terminar em desabafos. Que assim seja. Desabafa-se. Tira-se um peso de cima. Agora mais outro. Tenta-se prosseguir.

Passei as últimas 24 horas a tentar-me manter fiel ao meu propósito - um propósito que estabeleci para mim mesma, ontem à noite. Algo que não queria fazer, que continuo a não querer fazer, mas que acho que devo fazer.

Sinto-me estúpida pois só me lembro de ter querido fazer a mesma coisa com o chocolate - há 15 dias atrás. Disse para mim mesma: chocolate, só no Natal. Durou uma semana. E porque é que me sinto estúpida? Pela estupidez da coisa. Então, comprometer-me a deixar algo que gosto? Que me dá prazer? É uma estupidez de todo o tamanho, ou não é?

Ajudou estar sem telemóvel, confesso, mas das poucas vezes que tive o número ligado, tive de fazer um esforço para resistir. Mas resisti. Não respondi. Não atendi.

Custou. E custa. Mas pensei que custasse mais. No entanto, dói. Dói um bocadinho. E sei que a ti também te está a doer. Melhor assim. Melhor agora.

Queres o que eu não te posso dar. Precisas mais do que eu talvez te possa dar. Não és o que preciso. Acho eu - estas coisas não se podem saber ao certo.

Mas que eu tenho um dedinho para gente avariada, tenho. Sem dúvida. Mas tenho de me deixar disso. De me envolver nos problemas dos outros, de me embrenhar e de me esquecer dos meus. De me esquecer de mim.

P.S. N, acredita que gostava que as coisas fossem diferentes. Acredita que me está a custar. Acredita que me custa. Acredita quando digo que não queria ter de o fazer. Acredita que vou sentir a tua falta. Mas acho que é o melhor. Acho que é o que devo fazer.  Apesar de tudo, perdoa-me.