Arrumação: simples, básico, elementar
Os homens, são mesmo demais. Únicos. Sem dúvida nenhuma.
Desculpa M, mas tu és um prato. Sei que foi a tua mãe que te habituou mal, e agora, provavelmente eu. Porque não é normal, é que não é mesmo normal, tirares do armário a malinha com a máquina de cortar o cabelo - para cortar o cabelo, lógico - e depois pousá-la em cima do móvel... e deixá-la lá ficar. Naquele dia, ignorei. Pensei, oh amanhã deve arrumar, hoje está cansado. Mas não. Veio o dia seguinte e passou. Depois, mais um, e mais um, e mais um. Ainda lá está. Encontro-me seriamente a ponderar não lhe tocar. Porque não se justifica. Porque voltar a guardá-la no armário, não exigia assim tanto esforço. Era só um bocadinho mais do que colocá-la em cima do móvel.
Outra: entretanto, fizeste a barba. E para não variar - lá nisso és consistente - voltaste a deixar o frasco da espuma e a gilette em cima do lavatório. E tu não fazes a barba todos os dias. E mesmo que fizesses, era só abrir e fechar a gaveta.
Mais: dá um aspecto desarrumado. Não gosto. Para ti é irrelevante, eu sei. Para ti, seria até prático, deixar as coisas sempre ali, a jeito, até à próxima vez que precisasses de as usar.
Mas esqueces, que eu ou arrumo logo, como tenho feito até agora, ou deixo estar. Mas quando quero aproveitar para lavar a casa de banho, acabo por ter de arrumar as coisas primeiro.
E a mim, quer-me parecer que é de bom tom e de boa educação, voltar a deixar as coisas como as encontraste. E não custa nada. Tiras, usas e voltas a guardar.
Tão simples. Tão básico. Tão elementar.