Na terriola da minha mãe (cof cof) há um E.Leclerc. Ora, este estabelecimento, como muitos outros, tem um  parque de estacionamento amplo. Tem linhas, sinais, tudo direitinho de forma a evitar o caos. Até aqui tudo bem. 

Muita dona de casa da terriola, faz lá compras. Conduz o seu carrinho, e pé no pedal que é tudo nosso. Há umas vias centrais com prioridade, e outras perpendiculares, que não o são - devidamente assinaladas com o sinal de cedência de prioridade. Pois, o que me quer parecer, é que essas senhoras, não sabem o código da estrada. Ou então, têm o rei na barriga - o que se nota. Acreditem que se nota.

Dizem, que não se aprende nada com os mais novos, que os mais novos não têm educação - eu pelo menos, cresci a ouvir isto - pois eu não concordo. De todo. Há uma coisinha ou duas - até mais, mas não vale a pena - que eu vos podia ensinar. Uma delas, e já que o assunto permanece ainda nos hipermercados, é a seguinte: viram o espaço que eu mantive do cliente que se encontrava à minha frente na caixa? Viram que fui capaz de colocar as minhas coisinhas em cima do tapete, sem avançar nesse espaço? Viram que mantive esse espaço até o cliente da frente fazer o pagamento, pegar nos sacos e sair da caixa? Viram?

Com certeza que não viram. Ou então não estão interessadas em aprender. Só pode. Burro velho não aprende línguas novas, não é assim que se diz?

Minha querida senhora que-se-encontrava-logo-atrás-de-mim-na-fila-e-fez-o-favor-de-me-empurrar, ainda eu não tinha recebido o troco e o talão das compras: sorte a sua, a minha mãe ter-me educado bem. Sorte a sua, estarmos na dita terriola. Sorte a sua muita coisa. Só lhe digo: acção - reacção. Era o que eu tinha em mente. Apenas isso. E da próxima vez que me der um empurrão - acção - prepare-se para a reacção. Acção. Reacção. E tenho dito.