Tenho estado a pensar nisso. Não me sai do pensamento. Não me deixa em paz. Karma, universo ou whatever - não interessa. Não interessa o que foi, onde foi, como foi, qual a banda sonora que o acompanhou. Procurava conter-me e não escrever. Se não posso escrever, para que serve o blogue? What's the fucking point then? No entanto, tenho de aliviar o peso do peito. Tenho de o fazer, é imperativo que o faça. Porque quero algo que acho que não devia. Porque resisti, lutei, procurei convencer-me a mim mesma de que não era isso que sentia. Mas é. E nada posso fazer. É o que sinto. E o que faço agora ao que sinto? Espeto uma adaga no coração e tento cirurgicamente retirar a parte infectada, contaminada? E isso resolve? Quem se ilude? Eu não. Eu não. Pressinto que mesmo cirurgicamente eliminada, continuaria a sentir o mesmo. Só que ainda pior. Sim, pior. O sentimento todo lá, igual, exactamente igual, ou ainda mais forte, e a juntar a isso, a dor deixada pela lâmina afiada, que perfurou o meu peito, que impôs o aço ao meu coração. E pela minha mão. Pela minha própria mão. Acreditem que dói. E ser eu a fazê-lo... dói ainda mais.