Homens, mulheres... ou simplesmente, eu e o Natal
De tarde, e com aquele flow de energia, sentia-me incapaz de ficar fechada entre quatro paredes. O M, decidido a aplicar-se no seu desporto favorito - ficar na cama a dormir - ficou na cama a dormir. Eu, com apetite de corridas, cambalhotas e piruetas - na praia, na areia, atenção, mentes pecaminosas - pego na minha companhia predilecta para estas idas à praia, volto a salientar - a cadela (entusiasmo, é com ela, acreditem) - e lá fomos. Antes de sair, relembrei o M da lenha para a fogueira (e não é que ele tenha de pegar no machado e armar-se em lenhador, não, nada disso) e do pinheirinho de Natal - e, quando eu voltasse, trataríamos das decorações.
E então? Quando volto, já um frio de rachar, nada de lareira acesa (sistema do recuperador aquece a casa toda) nem pinheirinho. Muito delicadamente (cof cof) alertei-o para a hora e o frio que já se fazia sentir. Foi então tratar do que lhe tinha pedido. Acabei por ter de ir eu para o telhado colocar a escada do Pai Natal, o próprio Pai Natal, e o respectivo saco de presentes.
Talvez deva, neste ponto, informar os meus caríssimos leitores que, o Natal, cada vez menos me sabe a Natal. Já perdeu o cheiro... já perdeu o sabor... já perdeu o significado. E, aproveitando para ser, aqui, genuinamente verdadeira, posso dizer-vos que este ano, bem, este ano é o pior. É que por mim, nem colocava porcaria de enfeites nenhuns. É que por esta altura, já estaria normalmente animada a escolher os presentes de Natal... e já teria pelos menos grande parte deles em casa, prontos e embrulhados. E a verdade, é que... este ano dispensava essa treta toda dos presentes.
Calma... não quer isto dizer que esteja disposta a fazer tiro ao alvo a quem já deseja Feliz Natal, nem a quem demonstra ter o espírito natalício imbuído de tal forma, que já só é Jingle Bells. Nada disso. Pessoas assim, deixam-me feliz. Feliz por ver que ainda há quem acredite nesta época.
O post pretendia ser sobre a utilidade dos homens. Pretendia. Mas acabou nisto. Não fiquem é a pensar que a Blue odeia o Natal... não, isso não. Mas que cerro os dentes quando já me desejam Feliz Natal, cerro.