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So come on, Love, draw your swords
Shoot me to the ground
You are mine, I am yours
Let's not fuck around
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So come on, Love, draw your swords
Shoot me to the ground
You are mine, I am yours
Let's not fuck around
Onde estás que não te vejo?
Onde estás que não te encontro?
Onde estás que não te abraço...
Onde estás... que não te beijo...
Onde estás quando te quero?
Onde estás... hoje... agora...
Como faço... para não te querer?
Eu e a D. somos muito diferentes. Muito mesmo. Como a água do vinho. A D. é uma maluca, não tem limites, goza a vida com tudo o que a vida tem para gozar. Eu sou controlada. Já lhe disse várias vezes que ela precisava de ser um bocadinho como eu, mas só um bocadinho, senão ficava chata demais. E que eu, eu, precisava de ser um bocadinho como ela, mas só um bocadinho também. E é verdade. No entanto, estas coisas não se adquirem como que por osmose, e cada um é como é, não há nada a fazer quanto a isso.
Pelo menos, e até agora, as nossas saídas resultavam em altas gargalhadas, em conversas animadíssimas e horas de boa disposição. Das últimas duas vezes que saí com a D., não vim assim muito bem disposta. Não gosto de estar com alguém que me deixe assim, em baixo, desanimada, e é o que tem acontecido. Disse a mim mesma que se à terceira vez acontecesse o mesmo, teria de tomar uma resolução. E aconteceu.
Sushi, jantar, eu e a D. - tinha tudo para ser um jantar bem divertido, mas não foi. Para ser sincera, ainda só estava a salada na mesa, e já eu queria fugir. Mas aguentei, claro. Mal, mas aguentei. A meio do jantar, lembrei-me do M., e dos nossos jantares. Digo-vos, aquilo é que eram jantares. Só os dois, fazíamos a festa, e que festa! Trocava naquele momento a D. pelo M., oh se trocava. Sem dúvida nenhuma. E sei que bastavam umas palavras, e ele viria a correr. E isso também me deixou a pensar.
Pareço ter uma formação que a D. não tem. Custa-me dizer que é isso que não quero. Quero pessoas como eu, quero pessoas que sabem ainda mais do que eu. Aquele saber que não vem dos livros, nem dos cursos, aquele saber que a pessoa adquire e assimila a cada dia, a cada experiência. Aquele saber que é próprio de quem quer saber. Aquele saber de quem vê o mundo com olhos de ver. Quero rodear-me de pessoas que me façam imaginar, ver, sentir. Quero pessoas que me façam querer voar. Fica provado que me rodeio das pessoas erradas.
Sushi time :)
Por vezes, o que aqui é escrito no blog, sai no calor do momento - é um desabafo exarcebado, todavia sentido, e sempre cá de dentro. Bem cá de dentro. Mas são desabafos, momentos - e para isso serve o blog, certo?
People.
segue em frente e não páres.
The world is yours for the taking!
pergunto-me: foda-se, porque não estás aí?
Ao final da tarde, saí com a D. para tomar café e dar uma volta. A determinada altura, e depois de eu ter recebido um telefonema de casa que me deixou visivelmente abatida, diz-me o seguinte:
R. não leves a mal que eu te diga isto, tu não vais levar a mal, pois não? Tu não desabafas, tu não contas nada da tua vida.
Fiquei em silêncio, por uns momentos. Para ser sincera, parecia-me que eu nem ia abrir a boca. Ela esperou. A dada altura, lá me saíram umas palavras, ordenadas como que num discurso.
Não falo, ou não conto nada de coisas que me parecem insignificantes e estúpidas. Desnecessárias. Pura e simplesmente acho que não há interesse nenhum em comentar. Mas queres que te conte o que foi? Eu conto.
E contei. O assunto do telefonema era perfeitamente banal. Se isso teve algum valor para ela? Não sei. Se teve para mim? Também não sei. Só sei que estas palavras assombraram-me durante todo o percurso até casa.
Entro em casa. Subo. Sento-me em frente ao pc. Ligo o media player. E neste momento, há um nó que me aperta a garganta. A água que me quer raiar os olhos. Porque é verdade. Porque é assim que sou. Porque foi assim que a vida me levou a ser. A contar comigo e só comigo. A não depender dos outros. Para nada. Porque a verdade é que não confio facilmente nas pessoas. A verdade é que não desabafo com qualquer um. É tão simples quanto isso.