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Blue 258

Blue 258

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Descobri como calar o coração

30
Jun10

E como sou amiga, vou agora partilhar convosco. Pode ser que alguém se encontre na mesma situação, ou venha porventura a  precisar um dia mais tarde.

 

O coração, quer falar. Isso nós já sabemos, não é verdade? Pois é. Começa de mansinho e vai subindo de tom: ah, há algum tempo de não me deixas falar, não me deixas dizer nada, e eu quero dizer isto, e mais isto e aquilo. E como se não bastasse, insiste: e o que sentimos deve ser sempre partilhado, patati, patata.

A razão diz que não, e o coração, teimoso como é, insiste. Contra-ataque: a razão enumera todos os factos vísiveis e prementes. Constatações inabaláveis e realistas. O coração não tem como fugir perante tais argumentos, e remete-se ao silêncio. Pelo menos por uns tempos*.

 

*Umas horas, vá. Pelo menos deixa de nos chatear naquele momento.

 

Ó gente

30
Jun10

O dia de ontem, foi de cão. A manhã, foi de uma matilha inteira. Ou é da lua, ou do excesso de trabalho, fica toda a gente maluca.  É que  até em casa. Se se mantiver a calma, as coisas resolvem-se. Não é com certeza com o sistema nervoso alterado que as coisas se fazem melhor, ou mais rápido. E é por estas e por outras, que ao final da tarde de ontem, esteve quase para sair desta linda boca um sonoro estás a falar para mim, estás a falar para o caralho*.

 

 

*Não foi a educação que a minha mãe me deu, não, mas ironia do destino...

 

Prazos

30
Jun10

 

No Natal, disseram-me, e muito sabiamente, para não me impor prazos a mim própria. Confesso que na altura, fiz um esforço por o perceber, e talvez só agora, o consiga compreender em toda a sua extensão. Passaram quase sete meses. Sete. E por mais que uma pessoa o tente fazer, dá por si a desanimar quando vê o tempo decorrido, e o pouco ou nada conseguido.  Mas a verdade é só uma, cada dia, cada pequena coisa é uma vitória.

Lá para Setembro, e haja força de vontade para isso, umas das coisas que eu pretendia para mim, para a minha vida, irá ser agarrada com as duas mãos. Nove meses depois. Nove. É quase como gerar um filho. A ideia estava lá, e aos poucos, foi amadurecendo,  tornando-se cada vez mais  realidade. Quase que uma imposição, uma obrigação. E a minha vida só pode melhorar depois disso. Quanto ao resto, talvez me leve um ano. Ou mais. O que importa é viver. Não esquecermos os nossos objectivos. Quem somos. O que queremos.

 

 

 

«It took me nearly a year to get here. It wasn't so hard to cross that street after all, it all depends on who's waiting for you on the other side.»

Elizabeth



E a caça continua

28
Jun10

A aparente imobilidade dos nossos corpos mascara os músculos contraídos e o sangue em ebulição.  Sinto-me a ferver por dentro. Vejo-te, ali,  impávido, a dois metros de distância de mim. Eu procuro controlar a ânsia que sinto de te saltar em cima, de voltar a sentir o gosto do teu sangue na minha boca, de rebolar contigo na terra húmida. Pergunto-me em que pensarás tu.  Macho alfa, sem dúvida. Disso tenho a certeza. O teu olhar parece perscrutar-me as entranhas. Fico sem saber se a tua intenção é continuares o teu caminho ou demorares-te mais um pouco. Afio as garras, enterro-as na terra quente, não me esqueço - afinal, a caça continua. Tu e eu...  sob a lua cheia que se faz sentir esta noite.

 

Já cá cantam

27
Jun10

Dois posts, os mais recentes, em rascunho. Há muitos para rever, uns para aproveitar, outros para eliminar. Daí precisar de umas férias para pôr ordem na casa. Pintar paredes, mudar os móveis, a decoração. Para além do mais, estou com uma neura que a vontade que tenho é de partir alguma coisa.

E porque não deitar umas paredes abaixo?

 

 

I'm not gonna write you a love song

27
Jun10

Nope, I'm gonna write you a love letter. You just wait and see.

 

 


I'm not gonna write you a love song
'cause you tell me it's make or break in this
If you're on your way
I'm not gonna write you to stay
If your heart is nowhere in it
I don't want it for a minute
Babe, I'll walk the seven seas when I believe that
There's a reason to
Write you a love song today

 

Fairytales

27
Jun10

Once upon a time in a faraway kingdmon, there was an Enchanted Princess and her Prince Charming. They met, fought the ugly witch, married and lived happily ever after. How's this for a short fairytale?

 


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Era uma vez uma princesa e o seu príncipe encantado...
O Príncipe Encantado não era perfeito, e tal como qualquer homem, tinha os seus defeitos. Provavelmente, também deixava o tampo da sanita levantado, respingava por todo o lado e não limpava.  Não era perfeito. De todo. Então porquê esta coisa toda de encontrarmos o nosso príncipe, se ele não é perfeito, e se em muitos casos, nem rasgos de perfeição possui?
Ora, a perfeição não existe. E então, porque é que a princesa se apaixonou? Fácil. O sentimento, o dito amor, tornava o príncipe perfeito aos olhos dela. Daí não adiantar nada procurarmos o homem perfeito. Ele não existe. Príncipes encantados, muito menos. São um mito. Princesas, só as do Mónaco e afins. Lembrem-se disso. E até essas casam com plebeus. Ah pois é. Por alguma razão, não vêem príncipes nos que o são efectivamente. Encontram-nos nos plebeus. A verdade é que encontram o amor. E é o amor que torna o mais comum dos mortais num príncipe encantado digno das histórias da Disney.
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E foram felizes para sempre. Foram? Não sabemos. É que a história ficou por ali. E as nossas histórias, também ficam por ali. Quando terminam. Quando o sentimento evapora. Mas no caso dos príncipes encantados e das princesas, caso houvesse continuação, a história seria igual a tantas outras. Bastava darmos-lhe seguimento. A princesa tem 3 ou 4 filhos, engorda 20 quilos, sente-se frustrada por estar no castelo e não fazer nada de útil com a vida dela, não tem sexo com o príncipe há sabe-se lá quantos meses,  dá-lhe no xerez como se não houvesse amanhã, e para cúmulo dos cúmulos, descobre que o príncipe anda é preocupado em montar... a filha da criada.

E por falar em filhos, as cozinheiras que ainda permaneciam no castelo - tinham salários em atraso por receber, por isso não arredavam pé dali tão cedo - fazem queixa à segurança social da época - não estão para aturar os filhos dos outros - que vai até ao castelo e trata de levar a pirralhada para um centro de acolhimento.

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Mais, com tanta festa, gente a fugir aos impostos, as contas começam a amontoar, e as ameaças dos credores sobem de tom. Há consertos e obras a fazer no castelo. O príncipe não quer saber.  Nunca teve queda para a bricolagem. E hoje em dia, é vê-lo agarrado ao cigarro, é que nem o larga para montar (a cavalo ou a filha da criada). A princesa quer vestidos novos. De tão gorda que está, são necessários metros e metros de tecido para lhe fazer um simples vestido. E discutem. O príncipe monta, no cavalo (desta vez), e vai galopar porque não está para aturar os gritos histéricos da princesa. Ela, devora chocolates até rebentar com as costuras do vestido. Berra e chora. Os seus gritos desalmados ecoam pelo castelo vazio e até às redondezas. De castelo encantado, passou a castelo assombrado.

 

 

Moral da história: qualquer princesa, pode tornar-se numa velha matrona. O encanto do príncipe,  evapora, tal como parecem evaporar os abdominais rijos e o sorriso pepsodent. E o que começa como uma história encantada, termina muitas vezes assombrada.

 

 

 

 

 

 

 

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