Tinha lido isto, e da cabeça não me saiu durante todo o fim de semana. Tanto, que resolvi procurar onde o tinha lido. E é isto mesmo, é. E vamos ver no que isto dá. Quer-me parecer que ambos vamos aprender alguma coisa. Muita, muita coisa mesmo.
Faithfulness, distracts me from my ever changing tastefulness. My mouth upon the richest tongues, I run for this, static at the same time by it all. Common sense can slap me in the face, and yet I calm disent, embarrassed by your obvious indifference, disgusted at the same time by it all watching as my ego breaks your fall.
Don't you know that I've been running from your heart and I feel like you've been running too. Don't you know that I've been lying from the start and I feel like you've been lying too. Leave you now, can't convince myself that you're the one somehow to free me from this smile I call my loneliness. Stuck inside this need to feel complete, now I've left you standing on your feet.
Don't you know that I've been running from your heart and I feel like you've been running too. Don't you know that I've been lying from the start and I feel like you've been lying too. Faithfulness is just a little rule we break... still pretending lust was just a fool, we faked, we made...
Soprar-te ao ouvido e mentir-te que não és de ninguém
«São eternos os tempos e as nossas vontades sensíveis, mas não posso ver-te chorar. Quebra-me a alma ao meio por cada gota que me corta a pele. Queria soprar-te ao ouvido e dizer-te que não és de ninguém. Mentir-te porque és minha nas noites em que descobrimos, mais uma vez, o egoísmo do nosso amor.
Não quero ficar despido com as tuas lágrimas em mim. Deixa-me ser eu a levar-te nos braços e carregar teu peso.
Passo por ti em roda, sem te tocar. Os meus pés querem enlaçar os teus e marcar longas carícias. Os braços não se cruzam, abrem-se em outras direcções. E de costas voltadas sentimos o friozinho que nos faz girar. Mas resistimos e num instante soltamos a gargalhada do nosso encontro.
Não tarda, estaremos na cama que por preguiça não fizemos, mas enrolados servimo-nos mutuamente do calor, que nunca nenhum lençol nos soube dar.
Sei que hoje não vais dizer que me amas, bastará a tua pele em mim!»
Da saída de sexta. Das horas tardias a que não nos deitamos. Do alvorecer resiliente que entrava pelas janelas. Do almoço que se prolongou pela tarde. Do regressar a casa para jantar com as famílias. Das oito da noite de sábado. Um novo recorde, pensei eu.
Do muito que há para dizer. Do que fica por escrever. Do nada. Do tudo.
I’m like a soldier with no cause to fight. Playing with bar boys to test you just right. I watch your features, I check for a sign... of some kind of failure, then I feel sublime. Now I know I have to live without you... I can only bend so far. Guess it’s time to make some moves... without you. Now you’ve gone and trashed my heart.
*Nem todas as sextas se fazem sábado da mesma forma... mas eu já percebi que contigo, contigo, o tempo deixa de existir. As horas vergam sob um poder misterioso qualquer que pareces deter. Os minutos deixam de contar. Os segundos deixam de existir. Não sei como o fazes, só sei que o fazes. É assim sempre que estou contigo. Sempre.
Wake up look me in the eyes again I need to feel your hand upon my face Words can be like knives They can cut you open And the silence surrounds you and hunts you I think I might’ve inhaled you I could feel you behind my eyes You gotten into my bloodstream I could feel you floating in me
Ontem, bateu-me uma saudade... assim, de repente, como se estivesse à porta, à espera de entrar, à espera do acender de uma luz, do correr de uma cortina. Noite fria. O frio... lembras-te? E eu lembrei-me de ti.
Esqueci o burburinho do computador, recostei-me na cadeira, abracei o frio em mim, e com um sorriso nos lábios, lembrei-me de ti. Pensei em mais uma quarta-feira passada, e num ritual que deixa inevitavelmente de ter lugar. Porque evito procurar-te. Porque te deixo partir, aos poucos, de mim. E custa-me este avançar, este avançar que ainda dói, que ainda me custa. Porque ainda me lembro de ti. Ainda penso em ti.
Yesterday I saw the sun shinin', And the leaves were fallin' down softly, My cold hands needed a warm, warm touch, And I was thinkin' about you.
Eu, que por vezes pareço ter o dom da palavra, e disserto sobre qualquer outro tema, quando respondo aos teus emails, parecem-me faltar as palavras. Pareço poupá-las, como se fossem preciosas. Raras, tão raras. E não percebo porquê.
Dizes que não estás à procura de nada (de ninguém). Aliás, passas os últimos meses a repeti-lo aos amigos mais próximos: não quero ninguém nos próximos tempos, não quero ninguém. Quero estar sozinha, quero poder ser eu. Eu. Quero um tempo para mim, dizes tu. E acreditas no que dizes, sabes que é verdade, sabes ser aquilo que precisas, aquilo que queres, mesmo que aos olhos dos outros possa parecer estranho. Mas é o que queres. É o que sentes. Correu-te mal, ou não - porque estas coisas não correm mal, são como são, e com tudo o que vives, aprendes - aquilo de seguir o coração.
— ...
— Segui o meu coração até aqui. Segui o meu coração até ti.
— E por isso vales ouro.
— ...
Se naquele momento me pareceu bater de frente num beco sem saída, pouco depois compreendi que nada na vida são becos sem saída. São encruzilhadas, isso sim. Entroncamentos, diria eu. Tens um tempo para te deixar estar, indecisa/o sobre o rumo a tomar, duvidas sobre qual será o próximo passo a dar. Demoras o teu tempo, o tempo que é sempre teu, apenas teu. E a dada altura, dás por ti a caminhar, a seguir em frente. Porque é inevitável seguir em frente. Por mais que isso te custe. Por mais que... ainda te lembres. O raio do coração não te deixa esquecer tão facilmente. Não. É parvo, quantas vezes o disse eu? O coração é parvo.
Ainda há dias pensava eu: este blogue já foi pele, paixão e... tu. Porque foi. Escrevi as coisas mais lindas, ditadas pelo coração. Senti. Orgulho-me delas. Orgulho-me de ti. De mim. De teres aparecido na minha vida. Porque foste importante. És. Tanto. Mas a vida continua, e eu deixei-me levar, empurrada pela inevitabilidade das coisas. Estava numa fase em que não queria que me falassem em seguir o coração, em deixar falar o coração, estava, confesso que estava. Mas o coração prega-nos partidas. Oh se prega. E aqui entram os clicks. Pois é. Os clicks.
Os clicks são como que sopros no coração - fazem-te sentir uma fraqueza estranha imiscuída na força que sentes, que sabes sentir - e são um problema, oh se são. Podes estar determinada/o em não os querer, mas eles dão-se sem sequer pedir a tua permissão. Podes lutar contra eles, dizer que nem pensar, que não queres, mas quando se dá o click, não há volta a dar. Está lá, e é como se tivesse aberto uma janela no coração quando havias decidido fechar a porta. Fechado para obras. Era o letreiro que inconscientemente pensavas ter pendurado à porta. Mas esqueces-te que não mandas no coração. E que o coração é parvo.
Dás por ti a ter que lidar com algo que dizias não querer. Começas por querer esconder, até negar, mas tu sabes como estas coisas funcionam. Chegas a um ponto em que por mais que tentes, não o consegues ocultar. E esta história toda ainda se torna mais complicada quando do outro lado, também se dá o click. Porque deduzo que pudesses sentir um click e do outro lado não ser correspondida/o, o que tornaria as coisas muito mais simples. Pensas tu. E nisto dos clicks, também entram os sinais. Os sinais que procuras evitar e que mesmo assim não consegues controlar. E o que é que tu fazes? Tentas mostrar algo que não corresponde à verdade, iludir o que sentes, e que ainda nem sequer sabes bem o que é, e cuja dimensão ainda desconheces por completo. Confundes a pessoa que está do outro lado. E recebes os mesmos sinais trocados de volta. Porra que o coração é mesmo parvo! Pensas até estar destreinada/o destas coisas - e se calhar, na verdade, até estás. Mas não estamos sempre?
Mas quando há algo, não há como negar. Nem como esconder. Quem está de fora, percebe, percebe aquilo que queres esconder, ou que ainda te negas a aceitar. E tu vês-te envolvida/o. Resistes. Mas acabas por te deixar que te envolvam ainda mais. Mas como o coração é parvo, e parecemos sempre novatos nestas coisas do coração, temos medo. Damos um passo para logo depois darmos dois atrás. E disso eu não gosto. Sou controlada. Muito. Demais. Até um ponto. Gosto de saber com o que posso contar. E não gosto nada de me ver assim envolvida. Que é bom, é. Mas até certo ponto. Quando se assume, quando o colocas em palavras, cruza-se uma linha, e todo e qualquer retrocesso que eu me veja obrigada a fazer depois, incomoda-me. E muito. Acabo a pensar em que deviam existir uns requerimentos quaisquer em que se pudesse pedir o impedimento destes clicks. Porque não estava mesmo nada à espera. Porque não os procurava. Mas isto serve para aprender que estás sujeita/o. Ao que te dita o coração. E depois? Depois dás por ti a ter de fazer controlo de danos. Vá lá que sou perita nisso.
E o que decides fazer? Deixar-te ir. Viver um dia de cada vez. Não ter expectativas. De nada. De ninguém. Viver a tua vida, seres tu própria/o e esperar que o coração não te volte a pregar partidas tão cedo. Porque lá no fundo, não estás à procura de nada. Mas compreendes que mesmo que não procures, mesmo que tentes caminhar pela berma da estrada, estás sujeita/o a embates. A atropelamentos.
Sempre fui muito boa a fazer controlo de danos. É algo que me sai naturalmente: mantenho a cabeça fria e arregaço as mangas e faço o que tem de ser feito. Fi-lo imensas vezes com a D. E ontem, por ironia do destino, tive de o voltar a fazer outra vez com alguém que não ela, mas lembrei-me inevitavelmente dela. Pensei cá para mim, oh que porra, lá estou eu a fazer controlo de danos outra vez. Mas que sou boa nisso, sou. No que diz respeito aos outros. Quando é comigo, ora quando é comigo, primeiro deixo que a nuvem negra se abata sobre a minha cabeça. Fico perdida, sinto-me perdida, alimento ainda mais a tempestade. Mas depois, depois, quando acalmo e volto a mim, começo a pensar racionalmente. E o que percebi eu? Está na hora de fazer o controlo de danos para mim própria.
Did I disappoint you or let you down? Should I be feeling guilty or let the judges frown? 'Cause I saw the end before we'd begun, Yes I saw you were blinded and I knew I had won. So I took what's mine by eternal right. Took your soul out into the night. It may be over but it won't stop there, I am here for you if you'd only care. You touched my heart you touched my soul. You changed my life and all my goals. And love is blind and that I knew when, My heart was blinded by you. I've kissed your lips and held your hand. Shared your dreams and shared your bed. I know you well, I know your smell. I've been addicted to you.
I am a dreamer and when I wake, You can't break my spirit - it's my dreams you take
P.S. Com o patrocínio do João. Whomever he might be.