Se eu fosse a tua pele. Se tu fosses o meu caminho. Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho. Trocamos as palavras mais escondidas que só a noite arranca sem doer. Seremos cúmplices o resto da vida. Ou talvez só até amanhecer.
Yesterday, today, tomorrow Fade away like frozen photographs. Remember, forget The stakes, the ways you take, The ways you make the moments pass. For every regret, I tell a beautiful lie. And I would die if you find out. I tell a beautiful lie every time that I did not open up my mouth. All the same, it’s a game, it’s a play, it’s a war, it’s a shame that we’re always fighting for. I don’t mean to cast no blame, I don’t intend to pretend, I could, never loved you more. But in the blink of an eye, everything you ever knew can change And it’s a beautiful lie if you think everything will always stay the same.
Quinta-feira passada, em casa de uma amiga. A lua estava deslumbrante. A lareira acesa lá dentro, e eu, apesar da noite um pouco fria, cá fora, a disparar a objectiva vezes sem conta como se a lua mudasse a cada minuto. A lua estava deslumbrante. O meu olhar fixo nela, e o meu pensamento, a 40 km dali. E eu sei em quem estava a pensar. E eu sei o que estava a sentir. Por isso me dizem tanto as palavras que se seguem.
Sexta, ao final do dia, viagem de regresso a casa. Já desde terça-feira que eu me andava a mentalizar que este fim-de-semana não saía (coisinha que tem umas 3 ou 4 implicaçóes por trás).
De repente, dá-me uma vontade de algo que nem costuma ser habitual. Fico parva comigo mesma: tipo, o que é que te deu para te lembrares/quereres uma coisa destas? Lembro-me dele, que ele poderia ter a mesma vontade, que poderíamos estar em sintonia - é que a última vez até tinha sido com ele. Digo para mim mesma: cala-te e não sejas parva. Controlo-me então e fico caladinha que nem um rato. No sábado proporcionou-se sair com ele. A dada altura ele, ele, fala-me dessa mesma vontade. Fiquei ainda mais parva. Contei-lhe o que se tinha passado comigo na sexta. Tratamos disso nessa mesma noite.
Atenção: não me refiro a sexo, porra. Aposto que é o que toda a gente já está a pensar. Antes fosse. Não é que... isso não nos passasse também pela cabeça. Sintonia. Ou química, vá. O raio da química.
Mais: no sábado à noite, esta música não me saía da cabeça. Estive mesmo para a publicar no facebook. E qual não é o meu espanto quando chegamos a bar e a música que está a tocar é uma versão mix desta.
E no sábado, no sábado, a je aqui queria sair. Mas não tinha vontade de conduzir nem de ir para muito longe. A je aqui sabia muito bem onde queria ir e com quem. Tentaram que a je aqui fosse para Viana ou Ponte de Lima, mas a je recusou. A je aqui sabia muito bem o que queria, e a je deixou-se estar por casa até que acabou por lhe passar a vontade de sair. A je recebe mensagem: onde tas? tou em casa. porquê?, responde a je. Mensagem vai, mensagem vem, dali a uma hora já a je aqui estava a caminho do sitio onde queria tanto ir e com quem queria tanto estar.
Nota 1: e a je aqui, carrega sem querer em publicar, e pumba, publica o raio do post sem o ter terminado.
Nota 2: a je ainda queria falar da sintonia, mas não sabia se o fazia neste post ou se num à parte. É já a seguir.
Não, isto no amor não há tarde nem cedo. Há o momento. Aquele, sem jeito, a meio jeito ou mesmo sem jeito algum. Porque o amor não tem horas marcadas nem datas previstas. O amor acontece sem pedir licença. Entra-nos pela casa adentro, desarruma-nos a certeza do ser, perturba-nos a confiança do acreditar. E mexe connosco, mexe, altera-nos, mesmo sem darmos por ela, faz-nos sonhar acordados, e ostentar um sorriso parvo nos lábios. Isso é o amor*.
Whenever I'm alone with you...
You make me feel...
* É o que eu penso... claro que posso estar enganada.
«...não há mundos perfeitos...pessoas perfeitas...há gestos perfeitos...que encaixam com perfeição...como se tudo no mundo fizesse sentido...como o teu.»
Quando me dás um abraço, porra? Parece que tens medo que te arranque algum pedaço... tu sabes que eu me sei comportar, não sabes? Só abuso das palavras, e mesmo dessas, com jeitinho, e só de vez em quando. Eu não sei o que te diga, gostar é um eufemismo, amar é... parece-me pouco, tão pouco, tão subestimado e ao mesmo tempo tão sobrevalorizado. Hoje diria que te sinto. Sinto-te. Tanto.
"Estou em mim como um soldado que deserta, dá meia volta ao mundo em parte incerta. Não sei como cheguei aqui... quis ser tudo.
Estou mais só do que sozinho, chega mostra-me o caminho, leva-me pra casa. Corre, vem depressa, o tempo voa, só anda às voltas, dá um nó...
Não sei como cheguei aqui
Quis ser tudo
Estou mais só do que sozinho Chega mostra-me o caminho Leva-me p'ra casa
O tempo voa... o tempo voa
Nem sei como cheguei aqui..."
Tu, sim tu, tu, chega aqui, mais perto, aproxima-te, mais, mais um pouco, quero falar-te ao ouvido, em sussurro, chega aqui, bem juntinho de mim, mais, mais perto ainda, vou falar-te ao ouvido. E sussurro, devagarinho, tão devagarinho, e páro, olho-te nos olhos, sorriem-me, só eles ouviram, tu não, e eu sorrio também, e os meus brilham, brilham tanto, mas tanto, e eu volto a falar-te ao ouvido, assim devagarinho... ouviste? Ouviste agora?
Chego mais perto, mais perto ainda, encosto o meu corpo ao teu, envolvo-me no teu calor, entrego-me no teu abraço e rendo-me ao teu colo. Posso dormir no teu colo hoje? Deixa-me sonhar contigo... Deixa.