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Blue 258

Blue 258

...

E esta, esta música, veio ter comigo... é minha, tão minha. Sou eu. Hoje, sou eu.

09
Fev11

 

 

 

 

"Estou em mim como um soldado que deserta, dá meia volta ao mundo em parte incerta. Não sei como cheguei aqui... quis ser tudo.

Estou mais só do que sozinho, chega mostra-me o caminho, leva-me pra casa. Corre, vem depressa, o tempo voa, só anda às voltas, dá um nó...

 

Não sei como cheguei aqui

Quis ser tudo

Estou mais só do que sozinho
Chega mostra-me o caminho
Leva-me p'ra casa

O tempo voa... o tempo voa

Nem sei como cheguei aqui..."

 

 

Tu, sim tu, tu, chega aqui, mais perto, aproxima-te, mais, mais um pouco, quero falar-te ao ouvido, em sussurro, chega aqui, bem juntinho de mim, mais, mais perto ainda, vou falar-te ao ouvido. E sussurro, devagarinho, tão devagarinho, e páro, olho-te nos olhos, sorriem-me, só eles ouviram, tu não, e eu sorrio também, e os meus brilham, brilham tanto, mas tanto, e eu volto a falar-te ao ouvido, assim devagarinho... ouviste? Ouviste agora?

Chego mais perto, mais perto ainda, encosto o meu corpo ao teu, envolvo-me no teu calor, entrego-me no teu abraço e rendo-me ao teu colo. Posso dormir no teu colo hoje? Deixa-me sonhar contigo... Deixa.

 

 

 

Uma gota só... de loucura

09
Fev11

A minha Dani, sim, minha, porque também é minha, tão minha, um pedaço minha, um pedaço que é tanto, a minha Dani, já há muito que tem um dedinho para escolher as músicas, e hoje, hoje, pedi-lhe, pedi uma música, queria uma música, porque eu queria, e porque sim. E foi esta. E, como sempre, ela tem o dom de acertar. E a música é linda e ela é linda e eu hoje estou numa de dizer tudo assim de rompante. Tudo de uma vez, sem parar para respirar, sem parar para pensar.

 

 

 

 

 

"Eu sinto os teus passos, na escuridão. Pressinto o teu corpo no ar, aqui... E vou como se o mundo todo fosse sugado para dentro de ti e não houvesse nada a fazer senão deixar-me ir. Pressinto os teus gestos, quando não estás... Procuro os teus sonhos, perdidos
E hoje mais que qualquer outra noite, há qualquer coisa que me fere, que me faz querer tanto ter-te aqui... não importa que às vezes tudo é breve como um sopro, não importa se for uma gota só de loucura que faça oscilar o teu mundo e desfaça a fronteira entre a lua e o sol.

Se o gesto cair assim, despedaçado, se eu não souber recolher, a dor, se te esperar a céu aberto onde se esconde... O que tu és que eu também sou. É que hoje mais que qualquer outra noite, há qualquer coisa que me fere, que me faz querer tanto ter-te aqui...

Não importa se às vezes tudo é breve como um sopro
Não importa se for uma gota só
De loucura que faça oscilar o teu mundo
E desfaça a fronteira entre a lua e o sol"

 

 

 

 

E tu, tu, sim tu, tu que tens uma tag que preenche este blog, tu que és tanto mas tanto, porra tanto, e eu que sou parva, que sou uma tonta, que fazia melhor se estivesse calada, mas olha, hoje, hoje, sinto-te tanto, mas tanto, mas tanto... como se estivesses aqui. Pareço sentir o teu cansaço e quero, mas quero tanto, despir-te o casaco, massajar-te os ombros, beijar-te na testa, nos olhos, no rosto, no pescoço, nas mãos. E sim, hoje sai-me isto tudo, é parvo eu sei, que raios tenho eu hoje, que sinto, que te sinto, assim. Tanto.

 

Das palavras que nos cantam

09
Fev11

Já lhe efectuei um roubo, e hoje, não resisto a perpetrar o segundo. Não sei se é o chegar ali e sentir-me presa, docemente emaranhada nas palavras, se é o sentimento em si, um sentimento que reconheço, que se adequa perfeitamente ao momento. A este preciso momento. Mais do que um roubo, um destaque, tão merecido, pela qualidade da escrita, pelo sentimento que desenha as palavras, pela pessoa que escreve. E começando a ler, não se consegue parar sem ler todas as palavras. Todas. Visitem, deixem que as palavras vos cantem aos ouvidos. Garanto-vos que assim o fazem. Aqui, no Não desistas de mim.

 

 

 

(Co)Existir

«O meu interior é tempestuoso e sombrio. Carrega um sentimento invisível e vazio. Sinto-me impotente para travar o seu desatino. Procuro na solução uma interrogação para resolver a sua questão. Começo pelo fim para impedir o início de acontecer. A minha mente confunde o meu coração e impede a sua evasão. Não é uma simples prisão, é por vezes uma ilusão. O reflexo engana na mesma proporção e assume a sua intromissão. Lentamente o dilema trava a sua batalha entre a razão e a emoção. Desalinhado observo sem reacção. A omissão é por demais evidente e a acção renitente. Perdido, continuo a persistir sem desistir. Ou somente a (co)existir.»

 

 

someone4u