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Blue 258

Blue 258

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Ana, I miss reading you

10
Jan13

Não pensem que não ando por cá, porque ando; com menos tempo, mas a mesma ou maior dedicação quando vos leio. Desde que voltei, visito um ou dois blogs de cada vez. Não sei porquê, mas não vou mais longe do que isso. Há blogs que já não são o que eram. Perderam a graça, perderam o brilho, perderam o que antes me cativava (ou então fui eu que mudei, porque também mudei, é um facto, só que nunca se pensa que se mudou tanto assim). Sinto-me como se em casa de estranhos. 

A outros, pelo contrário, encontro-os mais crescidos e não deixo de sentir uma certa satisfação por isso. Alguns mudaram de casa, e nem por isso o endereço se perdeu. Existe portanto uma tendência que é a minha, e  por isso mesmo inegável: há aqueles que se contam pelos dedos de uma, quase duas mãos e que eu não largo. E mesmo que não comente sempre, visito-vos e sinto-me em casa. E sabe-me mesmo bem.

Depois há aqueles que terminaram uma, ou mais uma viagem. As estrelas não duram para sempre, eu sei. Mas são esses que mais me custam. Apagaram-se, mas não deixam de existir.

 

Ana, I miss reading you. Hoje, sem razão aparente,  lembrei-me de ti, e procurei-te mesmo sabendo que já não te encontraria. Sem razão aparente, apenas a saudade de te ler. Resta-me desejar que esse autocarro te leve rumo ao que procuras, ao que nunca esperarias encontrar pelo caminho, e a muito mais. Quanto a mim, espero-te num sorriso envergonhado, de cada vez que passa um autocarro.

 

 

Bom Ano

05
Jan13

 

Natal. Ano Novo. Festas, excessos. Na passagem do ano acabei por compreender que já não sou pessoa de excessos. Só por vezes. E em pouca coisa. Quando a vida se mostra exuberante na forma de um riso, de um brinde, numa demonstração fortuita da essência de quem  somos.

Já não me agradam os sitios cheios de pessoas que se acotovelam por prazer, o barulho excessivo de música de má qualidade que me fere a alma. Sim, porque eu ainda sou alma, se bem que às vezes me perca no engarrafamento de pessoas do dia a dia.  Escolho a boa música em companhia do amor, da amizade, da alegria, naquela casa junto ao mar.

Sigo os passos que nos conduzem pela escuridão bem perto da praia tendo como banda sonora  o ensuredecedor som do mar que nesta noite, mais do que em qualquer outra noite, acompanha o fogo de artificio. 

 

Valorizo agora as poucas sms que recebo. Com o passar do tempo, o supérfluo deixa de nos encher a caixa de entrada, e é com um sorriso que recebemos quem nos saúda. Quem permanece. Quem resiste.

E quando se perdem contactos, e os caminhos se deixam de cruzar, como é bom aquele momento, aquele, assim, sem contar, envolvido apenas numa doce melodia,  em que nos lembramos de alguém. Porque podemos perder o contacto, mas não é por isso que deixamos de nos lembrar. E esta música é para relembrar. Com os votos de um Bom Ano.


 

This is my winter song to you.  The storm is coming soon, it rolls in from the seaMy voice; a beacon in the night. My words will be your light, to carry you to me. Is love alive?