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Blue 258

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3 favoritos

03
Jul13

Quando passei alguns meses do blogue em revista, para além das palavras, das músicas e das imagens repletas de significado que eu (re)encontrei, percebi que há 3 categorias de posts que tanto prazer me deram (e ainda dão):

 

 

A casa na praia, aquela, sem vizinhos por perto. Mar, praia, paixão, pele morena, olhos brilhantes, lábios ávidos de beijos intemporais perdidos em abraços mágicos. Sim, a magia existe e eu acredito nela. 

Palavras com banda sonora (reparei que alguns dos vídeos já não estão disponíveis e é algo que prometo resolver assim que possível).

Não vos posso dizer com toda a certeza se esta categoria encerrou as portas ou não. Talvez merecesse um grande final, uma sunset party (já que estão tanto em voga). Há capítulos que encerram uma história. E quem diz que não abrem também a janela para histórias infindáveis? Sim, tenho algo na manga e não são cartas.  

 

i hunt, o lado animal à luz da lua cheia. A lua, sempre a lua, o luar místico, a noite, o sangue quente. O sangue que nos marca a pele e tatua a alma. Sentimentos viscerais sempre, mas sempre à flor da pele. Merecia um mega post na altura da super-lua, e como estas coisas ficam gravadas na pele mesmo sem termos dado conta, creio que por aqui ainda ouviremos uivar. Não podemos silenciar o animal que há em nós.

 

E as minhas teorias, listadas ali ao lado. Quase todas sobre o coração e as relações. O amor, essa coisa estranha. Que nos enleva (as borboletas), lança ao ar (por isso andamos nas nuvens) e nos deixa... estatelar no chão! Depois, sobram os pedacinhos, que ninguém tem coragem para juntar. E andam por aqui (e por aí) aos pedaços sem saber como remendar um órgão tão vital para o ser humano.

Estas sim, para continuar sempre que a inspiração tiver algo novo a ditar ou o coração quiser falar - já sabemos que não podemos calar o coração - e seguir o coração sempre foi (mentira!) um dos mantras deste blogue.

 

O que é mais curioso nisto tudo é que sempre escrevi a meu bel-prazer e pelo simples prazer de escrever. Se a outros alcancei e encantei com as palavras foi com acrescida satisfação que recebi o seu contentamento. 

(este último parágrafo dói de tão polidamente estranho que me saiu.)

Leitura

02
Jul13

"Esta expressão «Leitura», há cem anos, sugeria logo a imagem de uma livraria silenciosa, com bustos de Platão e de Séneca, uma ampla poltrona almofadada, uma janela aberta sobre os aromas de um jardim: e neste retiro austero de paz estudiosa, um homem fino, erudito, saboreando linha a linha o seu livro, num recolhimento quase amoroso. A ideia da leitura, hoje, lembra apenas uma turba folheando páginas à pressa, no rumor de uma praça."

                                                                                                                                                                              Eça de Queirós


Se uma altura houve em que determinadas publicações eram raras (proibidas) e no entanto passadas de mão em mão e lidas ávidamente, hoje (o nosso hoje, em tanto diferente do de Eça) temos (ainda temos) a liberdade de lermos o que bem entendemos e onde bem entendemos. Lemos no comboio, à beira-mar, num jardim, no shopping e em casa. Ainda lemos nas bibliotecas. Ainda lemos que é o mais importante.

O leitor perde-se nas palavras de outrém apenas para encontrar pedacinhos de si próprio, pedacinhos de um caminho, de uma vida. Imaginamos, envolvemo-nos, perdemos a noção das horas e do tempo. O espaço faz-se nosso: meu (teu) e do livro nas minhas (tuas) mão(s). 

 




Exposição "Noites Brancas", de Julião Sarmento - Fundação Serralves, Museu de Arte Contemporânea


Imagens roubadas do Numa de Letra.