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«A tarde prometia chuva. Ela entrou em casa de repente, desligou a televisão e sentou-se no sofá ao lado dele. A conversa foi breve e áspera. Quando ela saiu, fechando a porta com um estrondo, ele entendeu finalmente o que era o amor.»
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«A tarde prometia chuva. Ela entrou em casa de repente, desligou a televisão e sentou-se no sofá ao lado dele. A conversa foi breve e áspera. Quando ela saiu, fechando a porta com um estrondo, ele entendeu finalmente o que era o amor.»
Passei pelo Shiuuuu. Lembrar-me de partilhar um segredo e das alturas em já por lá partilhei alguma coisa, fez-me ler os dos outros e esquecer os meus. Porque os meus já não se pesam como segredos, aprendi a chamá-los pelo nome, reconheço-os como aquilo que na verdade são.
Entristeceram-me as histórias (casamentos/relações) de amor que se cansam e ficam gastas como sapatos velhos, que perdem o brilho e ficam puídas como peças de roupa ou que exibem rachas e falhas no esmalte como a loiça de todos os dias.
Pessoas que parecem ter desistido, que parecem ter esquecido as milhas percorridas com aqueles mesmos sapatos, que parecem ter esquecido que a camisola, embora puída e coçada, ainda mantém o mesmo cheiro, aquele cheiro a casa, inconfundível, e que o esmalte partido de um prato guarda as recordações de uma vida a dois (a três, a quatro ou a cinco).
Porque sempre quis acreditar em mais, fazer por mais, ter mais. Ser mais. Porque ainda quero acreditar que é possível.