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Creio que o mês de Dezembro não poderia ter terminado de melhor forma: No meu peito não cabem pássaros é lindo e o autor conquistou-me; A Rapariga que Roubava Livros, é surpreendente, tocante e inesperado. É aquele livro que faz a chuva cair nos olhos mesmo quando não estás a contar.
«Há poucos dias, descobri a mais deliciosa tradição de Natal, um hábito magnífico desse pequeno país perdido nas águas frias do norte do Atlântico, que faz as delícias de qualquer viciado em livros.
Na Islândia, a prenda que todos oferecem no Natal são livros e, pelos vistos, a consoada pode ser passada a ler os livros que recebemos.
Mais: publicam-se tantos livros antes do Natal que a língua islandesa têm uma palavra só para esse fenómeno:Jólabókaflóð — literalmente, inundação de livros do Natal.»
Fiquei a conhecer esta tradição na altura do Natal no Livros & Outras Manias; faltou-me tempo mas tinha de guardar isto no blogue. E que bem que me soa inundação de livros do Natal. Infelizmente, no naufrágio do Natal só um (sim 1!) veio dar à praia. Pelo menos vale por dois. Até por três.
E porque Livros nunca são demais... segue-se este texto original de Cláudia Oliveira, encontrado na mesma altura no Inominável. Adorei a sugestão para surpreender; sempre defendo que o embrulho, e a expectativa que ele cria (ou pode criar) são das melhores coisas ao receber um presente.
Livros nunca são demais para quem os ama. Quando oiço, “não comprei um livro porque tens muitos” o meu coração chora lágrimas de papel. Eu fico eternamente agradecida quando recebo livros como presente. E só por acaso, apesar dos meus quatrocentos livros, acho que nunca falta espaço para mais um. Mais dois, cinco, dez.
Dou-vos três motivos para não deixarem de oferecer livros a quem gostar muito deles. Primeiro, há sempre mais um na lista de desejados. Lista perma-nentemente a crescer. Segundo, os livros estão com preços de fugir. É dinheiro que se poupa mais tarde. Terceiro, não há nada igual ao cheiro de um livro novo. A surpresa de um título novo, a descoberta de uma história por ler.
É fácil adivinhar o embrulho de um livro. Por isso, deixo-vos mais uma sugestão para surpreender e não cair no “ é sempre a mesma coisa”. Coloquem o livro dentro de uma caixa de cereais velha. Já fizeram isso comigo. Deviam ter visto os meus olhos quando dei com a caixa. Para além dos dias a olhar para aquela prenda debaixo da árvore e tentar descobrir o que seria. Também podem embrulhar o livro dentro de um cachecol. Facilmente vão induzir o presenteado em erro.
Posto isto, uma dedicatória na primeira página é sempre bem-vinda. Um marcador com uma singela frase “Bom Natal” também. Os livros são amor em forma rectangular. Não há como enganar na hora de presentear um amante de livros.