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Blue 258

Blue 258

...

Ponto.

15
Abr16

Tenho saudades tuas. 

 

 

 

(E tenho que o dizer de alguma forma. Tenho que o escrever, descrever o que me corre agora no coração, porque de alguma forma tem de ser dito. E eu prefiro assim. Eu escolho esta forma. Desta forma, e não de outra qualquer. Para olhos que não vêem, coração que não sente.)

E isto é... tão bom

15
Abr16

But if I be wrong, if I be right
let me be here with you tonight
Ten thousand cars, ten thousand trains
there are ten thousand roads to run away
But I am not lost, I am not found


 

"If I Be Wrong," as a song, means an awful lot to me — but I have to say, the making-of this video means just as much. If there is a medal for Random Acts of Friendship and Creativity, let the record show that I have several exceptional candidates in mind.

...

14
Abr16

há quem diga que o amor não vê. e depois há olhos que te invadem a alma, como quem te lê. há quem diga que o amor não abraça. e depois há sorrisos que te cativam o coração, como quem te enlaça. há quem diga que o amor não cura. e depois há abraços que te salvam do mundo, como quem te segura. há quem diga que o amor não toca. e depois há mãos que te sossegam os medos, como quem te suporta. há quem diga que o amor não sente. e depois há corações que te falam em silêncio, como quem te pressente.

 

 

É. E  a minha menina dos abraços parece acertar sempre. 

Se isto não é o Universo a mandar-me mensagem

13
Abr16

 Então não sei o que será.

 

às vezes.jpg

 

 

trago em mim a gratidão por todas as coisas e pessoas que deram errado, que saíram do meu caminho e que deixaram espaço, tempo e ar para que as outras, as certas, pudessem entrar, conquistar um lugar e ficar.

trago em mim a gratidão a quem me disse ''não'', a quem me obrigou a dar passos atrás e a recomeçar do zero: mais forte, melhor, de coração maior.

trago em mim a gratidão pelos dias em que remei contra a maré, pelos dias em que aprendi o valor da palavra resiliência, pelos dias que me fizeram tatuar na pele o mantra que está sempre presente em mim:

«duas coisas nos definem e nos distinguem: a nossa paciência quando não temos nada, e a nossa atitude quando temos tudo.»

 

às nove no meu blogue

 

 

Diz que é dia do beijo

13
Abr16

 

 

Beijo é sempre, é agora ou nunca, é beijo roubado, é beijo nos lábios, é beijo com língua, é beijar como quem morde, como quem tem fome de mais. Beijo é nos teus olhos, nos teus lábios, na tua boca... Beijo é um beijo nessa boca que te sai, assim, quase sem pedir. 

...

13
Abr16

Neste mar imenso,
Debaixo de água com os olhos turvos,
Todos parecem iguais
Está demasiado ameno o clima
E tudo o que é normal demais cansa

Cansa viver onde todos querem ser iguais
E o riso torna-se "inespontâneo"
E o grito está cada vez mais preso

Mas olhei para o lado e os teus olhos
Ah, eram os teus olhos
Então já não era preciso gritar nem ser amado
O meu riso voltou aquele lugar inesperado
E tu foste no tempo e no espaço
A paixão que me acordou e acordou o mar

O tempo já bate ao segundo
De quem vive ansioso por amar
Às escuras não sei quem és
Era impossível recordar a tua voz debaixo daquele mar

Passas na minha mente fragmentada
Pelos ideais que nos rodeavam
Não consegui encontrar naquele momento o caminho
Era tudo demasiado água

Mas olhei para o lado e os teus olhos
Ah, eram os teus olhos
Então já não era preciso gritar nem ser amado
O meu riso voltou aquele lugar inesperado
E tu foste no tempo e no espaço
A paixão que me acordou e acordou o mar

Não te vejo, não te encontro
Preciso desenhar-te sem faltar qualquer traço
Não me adormeças, não me prendas
Quero ficar aqui fora do mar
Mas olhei para o lado e os teus olhos
Ah, eram os teus olhos
Então já não era preciso gritar nem ser amado

Quero ficar aqui
E ser feliz

 

 

E isto dos pedaços

12
Abr16

Tem sido inevitável para mim pensar no tempo dedicado (quando o que eu queria dizer era desperdiçado mesmo) a uma pessoa quando se está numa relação. Quando se investe, quando nos damos, porque nos damos de facto - damos o melhor e o pior de nós.  Deixamos de ser um "eu" e com outro "eu" passamos a ser um "nós". Nós somos saídas, jantares, somos brincadeiras, somos gargalhadas, somos obrigações e deveres; somos tudo o que já éramos e mais ainda porque somos também tudo o que o outro é. Ou quase tudo.

Sempre acreditei que não nos devemos (e não podemos mesmo) esquecer da nossa individualidade, de sermos o "eu", de termos o nosso tempo, de sermos. Só. Porque somos, não deixamos de o ser. Não fizemos uma operação em que nos tornámos siameses: continuamos a ser quem somos, a pensar como pensamos e a querer o que queremos. Mas a vida em conjunto é isso mesmo e é inevitável que mude muita coisa. Cedemos, porque temos de ceder, fazemos espaço para o outro porque temos que o fazer. É assim uma relação.

E quando essa relação acaba? Como justificar aquele sentimento de tempo perdido? Poderemos nós afirmar que foi tempo perdido quando na realidade foi um caminho, que a dada altura, decidimos percorrer? Foi parte da nossa vida. Foi. E é disso que nos devemos lembrar.

E os pedacinhos de nós que fomos deixando ao longo do caminho? Um aqui, outro acolá, mais outro ali. E esses pedacinhos de nós, que demos, por vezes embrulhados em fita de cetim, com tanto cuidado, tanto carinho. E esses pedacinhos? O que é feito deles? Não podemos agora voltar atrás e recolhê-los um a um. E na próxima vez? Voltarei a dar mais de mim, voltarei a deixar pedacinhos meus ao longo do caminho? Parece que sim. E se um dia fico sem pedacinhos para dar?

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