Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Blue 258

Blue 258

...

"O Romeo, Romeo, wherefore art thou Romeo?"

03
Jun10

Juliet:
O Romeo, Romeo, wherefore art thou Romeo?
Deny thy father and refuse thy name;
Or if thou wilt not, be but sworn my love
And I'll no longer be a Capulet.

Romeo:
[Aside] Shall I hear more, or shall I speak at this?

Juliet:
'Tis but thy name that is my enemy:
Thou art thyself, though not a Montague.
What's Montague? It is nor hand nor foot,
Nor arm nor face, nor any other part
Belonging to a man. O be some other name!
What's in a name? That which we call a rose
By any other word would smell as sweet;
So Romeo would, were he not Romeo call'd,
Retain that dear perfection which he owes
Without that title. Romeo, doff thy name,
and for thy name, which is no part of thee,
Take all myself.

Romeo And Juliet Act 2, scene 2, 33–49

Ainda há quem acredite no amor romântico e espere desalmadamente (ou não) pelo seu  Romeu. Será que os há? Há. Ocasionalmente encontramos um ou outro. Por vezes, ouvimos apenas relatos.  E o que será afinal um Romeu? Será aquele que nos escreve os versos mais profundos e canta  as músicas mais doces? Não me parece. Lembrem-se que por mais bonita que possa ser a  música desses Romeus que andam por aí,  não é a música de qualquer um que nos deixa rendidas a seus pés. É um facto.

O que é então um Romeu para vós? O que é que realmente importa? Será...

Aquele homem que nos prende num encantamento, aquele homem cujo sangue faz fervilhar o nosso, aquele homem cujo abraço é um porto seguro. Um homem que nos transmite calma, segurança, serenidade e uma jovialidade proveniente desse encantamento com que nos aprisiona. E que acima de tudo mexe connosco, atribula a nossa forma de pensar e revolve os nossos sentimentos. Porque um Romeu  na nossa vida é como uma descarga eléctrica que atravessa cada célula do nosso corpo. Atinge-nos como um raio e parece despertar-nos para a vida.

 

 

Julietas? Há-as todos os dias. Ou havia. Agora, cada vez menos. O amor tornou-se comercial, um produto à venda munido de uma belíssima campanha publicitária. E a publicidade é enganosa, já se sabe. Mas a sociedade parece ter-se habituado a procurar determinados  produtos e marcas. Quando falta em stock o chamado ideal (ou produto alvo) - e aqui há assunto para outro post - a tendência é munir-se de um sucedâneo qualquer.

Temos também de ter em atenção que muitas vezes vemos apenas o que queremos ver. Ah e tal, parece  mesmo de marca, não parece? É mais barato e faz o mesmo. E esquecem-se que isto não é bem assim. Levam-nos para casa e surpreendem-se quando ao fim de dois ou três dias aquela porcaria avaria e deixa de funcionar.

 

Vejo as mulheres procurarem homens com algum estatuto - leia-se bom emprego, boa conta bancária, boa casa e bom carro - e com um embrulho apresentável. Esquecem-se do mais importante: aquilo que não se vê no extracto bancário, aquilo que não se vê pelo carro, pela casa. Não se vê, simplesmente. Sente-se.

 

 

14 comentários

Comentar post