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E depois há pessoas que entram de mansinho, quase sem te aperceberes. Que te inundam com toda a sua doçura. Mostraram-te a sua dor, a sua escuridão. Assim, sem meias medidas. Sem esperar. Sem pretextos. Estás aí, eu estou aqui e este é o meu oceano de dor. Esta é a minha escuridão. E eu ali, calada. A ver-te. A sentir-te.
I see you. I feel you.
Perdida num turbilhão que não era meu mas que reconhecia bem. E eu ali, calada. A ver-te. A sentir-te. A ver a tua luz, aquela luz que emerge no meio da tempestade que marca o horizonte. Aquela luz no meio da escuridão. A tua luz. A tua escuridão.
I see you. I feel you.
Há pessoas que tu abraças com toda a sua escuridão. Com toda a tua luz e toda a tua escuridão. Pessoas que possuem uma luz que encanta. Acabas por nem conseguir perceber se foi a luz ou a escuridão que te atraiu na sua direcção. Nem importa.
Há pessoas assim. Pessoas que possuem uma luz imensa e que no meio da sua própria escuridão nem se apercebem que são luz. Mas são. São luz e escuridão. Como tu.