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Blue 258

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...

# 47 Some kind of wonderful

22
Set10

[Post não recomendado para mentes tacanhas. Se o caso for esse, é favor não ler. Nem ver o vídeo, já agora. Be open-minded, please.]

 

 

 

 

Aproveitamos os dias solarengos que nos restam.  Os finais de tarde na praia. Os mergulhos no mar. O pôr-do-sol.  Os beijos entontecidos.  Os jantares no alpendre à luz de velas. A noite quente que ainda nos envolve quando as estrelas se deitam. Pool party: casa de  férias de um casal amigo. Amigos em comum, amigos novos. Caipirinhas e muito álcool. Piscina. Banhos nocturnos. Diversão pela noite dentro.

 

 

Água. Sabes que não resisto. Dispo-me e mergulho em roupa interior. Uma amiga do casal, faz o mesmo. Esbelta, corpo atlético. Toda ela é insinuante. Já tinha reparado nela, claro. Olhar penetrante, decidido. Já o havia sentido em mim. Senti aqueles olhos escuros queimarem-me a pele. Nada na minha direcção. Aproxima-se. Não diz nada. Apenas sorri. Sinto as suas mãos tocarem o meu peito, apertarem-me os seios. Mãos decididas e determinadas. Seguro-a pela cintura, passo as mãos pela barriga, firme e lisa. Sinto-lhe os seios pequenos, duros, excitados. Que corpo, penso eu. Aproxima a boca da minha e beija-me. Aperta o meu corpo contra o dela, e sinto a sua boca, a pele suave e a língua quente... e tão feminina. Sinto a respiração dela colada à minha. Saboreio o seu beijo. E que beijo. Aproveito para  lhe delinear as costas e sentir a firmeza do corpo. E que corpo. Saboreamos. Sem perguntas, sem respostas. Sem o intuito de as procurar sequer.

 


When I hold her in my arms
You know she sets my soul on fire
Oh, when my baby kisses me
My heart becomes filled with desire
When she wraps her loving arms around me
And it drives me out of my mind
Yeah, when my baby kisses me
Chills went up and down my spine

 

Mergulhas na água  e nadas na nossa direcção. Ela sorri e afasta-se quando te aproximas. Sorrio. O teu olhar mostra-me a suspeita do que acabou de se passar, mas são suspeitas, apenas isso. Duvidas deliciosamente e... beijas-me. Envolves-me no teu corpo forte, e afundas-me nesse teu beijo. Os meus braços enlaçam-te pelo pescoço, as minhas pernas pela cintura. Encostas o meu corpo no azulejo azul. E apertas-me ainda mais nesse teu abraço.

 

Pergunto-me qual é o filme que se desenrola na tua cabeça ao sentir-te pronto e a invadir o meu corpo. O teu corpo... tão viril. Exalas essa virilidade pelos poros da tua pele. Na tua forma de estar, de te movimentar. Ou será a lua quase cheia que nos deixa a todos... com o desejo à flor da pele? Talvez. Ou então... Viste  tudo. Só pode. Malandro.

 

Naquele canto escuro da piscina, as águas balançam ao nosso ritmo. Ao nosso. Hoje, tresloucado, perigoso. Pareces querer mostrar-me algo. O teu desejo. A tua fome. De mim. E como te alimentas tão ferozmente. A lua cheia solta o felino que há em ti. E marcas-me as costas, desvairado. Vamos acabar o que começamos, diz-te o meu corpo com todas as letras. Vamos para casa, aquela, na praia, sem vizinhos por perto.

 

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