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Pouso o portátil, deixando-o ainda ligado (parece que adivinhava), enfio-me na cama e pego no livro. Serão os meus dedos que enlevam as folhas, ou serão elas que me embalam a mim?
Começo a ler. Procuro concentrar-me na história, nas personagens, na escrita, mas depressa vagueio a pensar numa tarde quente de Domingo. Ambos deitados na erva, a tua cabeça no meu colo, um livro na minha mão. E eu a ler para ti. Deixas-me ler para ti?
Quero ler para ti, numa tarde quente de Domingo. Ambos deitados no chão e a tua cabeça no meu colo.