Pego numa folha amachucada que tinha guardada e volto a ler o que agora me parecem notas soltas do que pensei enviar-te da última vez em que me sentei a escrever cartas. Aliso-a o melhor que posso, e nem sei o que te diga: não eram as palavras erradas, não estavam elas mal escritas. Daí alisar o papel e procurar reanimar a tinta das palavras.
5 de Novembro
Meu querido,
Como estás? Como tens passado? O que é feito de ti? Por onde correm os teus passos calmos, onde pára a tua certeza, onde mora a tua confiança? Onde te demoras tu?
Começo logo por te bombardear com perguntas, já sabes como sou e eu sei que sabes e aceitas daquela forma que não pede concessões. Aquela forma que até poderia ser dos outros mas que nunca é porque nela colocas tanto de ti; uma forma que eu agora sinto que só podia ser tua.
Sabes que por vezes tenho vontade de conhecer o teu fim de tarde? Perguntar-te como foi o dia. Saber como foi o acordar e o pequeno-almoço no café da esquina. Como foi o teu café depois de almoço. Saber de ti. Saber-te feliz. E enquanto conversamos, perguntas-me pelo meu dia e eu aproveito para contar-te...
Contar-te o meu dia, este dia, porque nem todos os dias são dias de te encontrar e abraçar a saudade deste tempo que já foi tanto tempo, tempo que parece não querer parar, tempo que continua a contar os dias, as horas; perde-se nos minutos e já nem conta os segundos. E é nestes dias que aproveito o bálsamo de um abraço, o sossego de um porto seguro, o aconchego do brilho de um olhar.
Dizer-te que hoje decidi, assim do nada, mas a querer algo em concreto, brindar o jantar com um belo tinto. Abri a garrafa, quase não deixei respirar e enquanto cozinhava, pensava: não há datas a celebrar, não é uma ocasião especial. Eu não preciso de um motivo qualquer para mimar o dia!, disse para mim mesma e sorri.
Enquanto te escrevo, tenho uma música a tocar em repeat; faz-me lembrar de ti de uma forma que eu não consigo precisar nem explicar. Sei não precisar. Quis enviar-ta (ei, não há por aí um cd com o meu nome?); juntá-la a esta carta porque a música sempre teve significado, e transcrever parte da letra que me diz tanto e faz sorrir.
Take me back to your place,
Show me how to dance
Let’s go watch the sunset
With me in your hands
Fly me on a jetplane,
Take me to the moon,
Wherever you go,
I’ll follow
Sabes o que é uma recordação querida? Uma memória que ganha corpo, e eu não sei se é do vinho, do aroma que se instalou pela casa, mas imagino que a poderia guardar numa caixinha. Como um tesouro.
Ouve. Escuta. Sorri. Discorda ou concorda. Neste refrão vejo a tua cara. Será que ainda te percebo e tu a mim?
Take me in your mustang,
Let’s go cruise the streets,
We’ll stay young forever,
Cos love knows my beat
Pergunto-me se o dia de hoje marca alguma coisa em especial. Passada. Pelo menos uma coisa te digo: marca o dia em que finalmente me sentei e escrevi uma carta para ti.
Um abraço. Daqueles. Do tamanho do mundo.
Da tua Blue.
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