Rascunho
Quando aqui chego, ao universo dos blogs, retiro a armadura do dia a dia, deponho-a no chão, logo à entrada - que é para, ao sair, não me esquecer de a colocar de novo. Mantenho por vezes o elmo, noutras, encontro-me ainda de espada na mão.
Mas sou eu. Aqui sou eu. Sou eu, intensamente eu - ou pelo menos o quão intensa posso ser. Ou então não. Ainda não sou eu em toda a minha totalidade.
Porque ainda me refreio. Porque ainda penso e repenso em certos posts. Porque alguns acabo por não os escrever. Porque não escrevo todos os que gostaria. E ainda outros há que são despromovidos à categoria de rascunho - que é o que nós somos no mundo real: um rascunho daquilo que poderíamos ser.