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Blue 258

Blue 258

...

#33 Puro prazer (talvez precise de bola vermelha no canto, talvez...)

28
Fev10

 

 

 A minha boca delicia-se com a tua pele, mescla o doce e o salgado, estremece com o calor do teu corpo, e nele deixa um rasto  de saliva doce. Saliva. Marcas do desejo... na tua pele, no teu corpo.

Suave e lento, veloz e forte. Suave e lento... mordia-te agora, mas não. Suave e lento.  Sei que a expectativa te desespera. E provoca. E eu quero provocar-te. Suave e lento. Deslizo as mãos pelo teu tronco, apertando-te firmemente.

 


... )

 

 

 P.S.: Música roubada ao Alex

 

#24 Curvas

06
Jan10

 

Penso em ti, e o desejo apodera-se do meu corpo. Ou é o desejo que sinto... que me faz lembrar de ti? A tua pele, o teu perfume, a tua boca, o teu beijo, as tuas mãos, o teu corpo, tu. Tu. Fazes o meu corpo estremecer só de pensar em ti. Em nós, rendidos à doce loucura.

Como quero sentir o teu corpo próximo do meu... como quero diminuta a distância entre os nossos corpos. A tua pele quente colada à minha... ardente.

E eu ardo, como ardo. De desejo. Por ti. De vontade de te ter. Deixa-me perder no teu beijo. Oh! O teu beijo. Que beijo louco é o teu! Sinto o corpo estremecer. Cerro os dentes. Quero-te. Como te quero!

 

As tuas mãos firmes e decididas percorrem as curvas do meu corpo com doçura... plenas de toda a tua doçura. E é essa doçura que deixas na minha pele. A cada toque. A cada beijo.

O ondular do meu corpo chama pelo teu. E como te chama! E o teu corpo, apenas inflama o meu. De  cada vez que te sinto. E  sinto a tua presença.  Sinto-te. Lembro-te. E quero-te. Como te quero! Perco-me por entre doces recordações. Loucas, tão loucas.

A forma como me entrego a cada beijo teu. A forma como me dou. A tua saliva já não é só tua. A minha, tampouco minha.

A tua pele morena e o balançar dos meus cabelos negros enaltecem a minha pele branca.  O teu perfume. A tua pele. O teu cheiro. O teu cheiro envolve-me os sentidos e derrota a razão. Não há razão.  Apenas o sentir. E eu sinto. E eu cedo. E eu entrego. Toda eu. Toda tua. Rendida ao teu toque.  À tua doçura.

Cada toque teu solta um gemido dos meus lábios... e como gosto de gemer ao teu ouvido. E tu... como gostas de me sentir gemer. Como gostas de me sentir assim... perdida, rendida nos teus braços. Como eu quero...que me faças gemer. Quero cada centímetro do teu corpo. Cada milímetro da tua pele.

 

Refreia-me. Sabes como sou. Impetuosa. Obriga-me a saborear cada momento. Quero saborear cada momento. Refreia-me... refreia-me. Ou não. Não me refreies... e entrega-te a mim. Deixa o teu corpo ceder ao balanço serpenteante do meu. Quero que sejas meu. Todo meu.

Enfeitiçaste-me. Doce feitiço. Ah, doce feitiço! Enfeitiçaste-me. Agora toma-me. Faz de mim tua. Só tua. Para quê pensar? Quando apenas me quero entregar. A ti. Só a ti. E a esta doce loucura que me consome.

 

 

#19 Cadências

29
Nov09

 

Sentas-me no teu colo. Seguras-me pelos braços e manténs a distância suficiente entre os nossos corpos... para demoradamente percorreres o meu rosto, o meu pescoço, os meus ombros, o meu peito... com o olhar... esse olhar que diz tanto... sem palavra alguma.  Acaricias-me o  rosto com a mão, afastas o cabelo que emoldura o meu rosto... colocando firmemente a mão no meu pescoço... Sinto o meu coração que palpita tumultuosamente na ponta dos teus dedos... matas-me de desejo!

Mantendo sempre a mesma distância, como que para poder apreciar o espectáculo... Acaricias-me agora o peito... e os teus olhos deliram deliciosamente perante o frio que se torna tão visível sob  a seda índigo...  entreabres ainda mais a blusa, revelas o negro brilhante que me cobre os seios... inclinas-te e pareces querer beijar o frio do meu corpo...   e com o calor da tua boca, procuras mitigar esse frio.  Sinto os teus lábios quentes  que envolvem a pele fina, contorcida... sinto a tua boca quente, que envolve... ora um , ora outro...  sinto a tua boca que desliza  sinuosamente para o pescoço... que se demora nos ombros... Meu Deus... que doce tormento!

Quero lançar-me impetuosamente nos teus lábios, no teu beijo... e tu, pareces  manter-me hipnotizada sob o toque das tuas mãos. Já não é o frio que sinto... é o calor que me abrasa a pele!

 

A chuva tempestuosa parece perfurar impiedosamente a areia, a cada gota... com cada gota... mas não, apenas a beija.... acaricia.

O mar ruge, rebentando furiosamente as ondas contra os rochedos. Parece querer destrui-los, mas não... permanecem imóveis, intactos perante a sua fúria...  e afinal, apenas se serve deles para lançar as suas ondas ainda mais alto.

As tuas mãos deslizam agora até ao fundo das minhas costas... tal como a onda afaga a areia. Sinto o seu aperto firme... que me pressiona ainda mais contra ti... balanças o meu corpo... sobre o teu... queres levar-me à loucura... seguramente. Vês-me lamber os lábios, mordê-los... e só então, só assim é que finalmente procuras o meu beijo. Finalmente, finalmente, bebo a doçura da tua boca... finalmente. Como te quero, como te desejo...

 

Balançamos nós, agora juntos, em uníssono, como um só. Já não há o meu querer... e o teu querer... apenas um querer. Parecemos acompanhar a cadência das ondas do mar. E acompanhamos. Mergulhamos na imensidão do calor da nossa paixão. Entregamo-nos. Rendemo-nos. Um ao outro. Sucessivamente, como o vaivém das ondas... eu sou tua... e tu és meu... e eu sou tua... sempre tua. O desejo parece inflamar cada vez mais. Cedemos... cedemos... cedemos.

E agora... já não acompanhamos a cadência das ondas... são elas que procuram seguir o nosso ritmo, são elas que procuram acompanhar-nos e...  falham, como falham...

 

Assim como o mar culmina o seu abraço  com a espuma da rebentação... também nós explodimos de prazer... Como a areia húmida brilha docemente sob a luz desta lua que nos ilumina... também a nossa pele reflecte a doçura perspirada pelos poros. Como o mar, agora calmo, jaz  rendido aos pés da praia... também nós...  assim permanecemos... neste doce abraço... doce, tão doce...

Os teus olhos castanhos exalam a doçura do mel... procuro bebê-lo mais um pouco dos teus lábios... só mais um pouco... e agora sim, vamos para casa... aquela, na praia, sem vizinhos por perto.

 

 

#14 Shoot me down

22
Nov09

 

Bang Bang by Nancy Sinatra on Grooveshark

 

 

Baby... shoot me down... the way you know how...

 

 O mar encrespado, salpica de sal o horizonte cerrado, apenas raiado pela chuva que tempestuosamente teima em riscar o céu escurecido. A areia, negra,  parece esquecida. A luz do alpendre, que se revela incapaz de vencer o combate com a noite. Aquela casa na praia, aquela, sem vizinhos por perto, mergulhada na imensidão.

A música aconchega a sala, os tons quentes da lareira, determinam as cores que pintam o ambiente... o jasmim, que sinuosamente se intromete com o aroma da madeira - lutam, degladiando o espaço, acabando por se combinar inusitadamente, de forma algo perfeita.

O sangue que nos corre freneticamente nas veias, o coração que bate assoberbado pela proximidade  dos nossos corpos. O teu olhar que me despe.  Os teus lábios que me provocam, a tua boca, que me enlouquece. O meu olhar que te pede: despe-me. Os meus lábios que te dizem: beija-me. A minha boca, faminta de doçura, da tua doçura, que te pede: sacia o meu desejo.

Apenas a tempestade fustiga a clarabóia tão veementemente como o desejo fustiga cada centímetro do meu corpo. Toma-me nos teus braços, acaba com o meu tormento. Depõe-me rendida, no chão. Envolve-me, beija-me, faz de mim tua... Faz de mim tua.

 

#9 Subjugada...

07
Nov09

 

... pelo desejo. Pelo fogo, que me verga à sua vontade. Por ti. Por ti...

Por ti, que hoje, te revelas meu dono e senhor. Por ti, que hoje, me tens nas tuas mãos.  Por ti, que aqui, me tens ao teu dispor. Por ti, que hoje, provas poder fazer de mim o que queres.  O que queres. O que quiseres...

Pelo fogo que hoje te consome.

 

E eu... desejo consumir-me no teu fogo. Nesse teu fogo que a mim alastra. Temerariamente. Esse teu fogo que me incendeia... e ardo, como ardo. Esse fogo que já não é teu, apenas teu. É meu, também meu. E daqui a pouco... um, e apenas um, que  nos consumirá aos dois.

 A cada vez que esse teu fogo  doce e envolvente, me penetra, sinto o seu poder alastrar, atingir proporções desmedidas. A cada vez... e  cada vez mais.

A cada vez que te sinto, inflama o fogo que arde em mim. A cada vez que me possuis, inflama o fogo que arde em ti. À medida que alastra, revela a sua força escondida, o seu poder oculto. Tal como tu. 

E eu, apenas... ardo, como ardo! Como me fazes arder... A cada vez que me possuis - colocas mais de ti, dás mais de ti - a cada vez. Quisesse eu resistir... não o conseguiria. Já não sou dona de mim. Já não tenho poder, vontade... apenas ardo. Sinto a alma escapar-se do corpo, soltar-se de mim. Levita. Acima do meu corpo em chamas. Levita. Etérea. Imortal.

Pelo fogo que hoje me consome.

 

Sei bem que atinges o limiar da loucura, quando sou assim, tua, sem limites - e  mais ainda raias a loucura, ao sentir que hoje, é um desses dias. Sinto que saboreias na boca o poder que  possuis  sobre mim, quando me entrego desta forma. Quando me possuis desta forma. Procuras não pensar nisso, afastar esses pensamentos da tua mente... mas não consegues.

Apercebo nos teus olhos a tresloucada luta pelo poder - entre o  controlares esta possessão nas tuas mãos, em a saboreares até ao máximo, em a fazeres perdurar... e o lançares-te no fogo que já nos consome.

 Não sorris. Procuras não te distrair. Procuras resistir ao avanço das chamas. Procuras atrasar o momento em que te entregas, em que te  dás por perdido, em que finalmente te lanças no fogo.

Até chegar o momento em que cedes. Sem restrições.

E eu ardo, como ardo! Como as moléculas volatilizadas do malte que bailam à nossa volta, também eu sinto as moléculas do  meu corpo que entram em combustão, e se soltam, por  breves momentos, levitando limitrofemente. Separam-se... e voltam a encaixar-se. Repetidamente. Incessantemente.

Concentrado, no entanto balançando entre duas vontades, balançando como as  chamas deste fogo que nos consome... Balançando entre o desejo  de encerrar este poder nas tuas mãos, de o dominar, e entregares-te, cederes ao fogo... fogo  esse que já te consome. Fogo esse, que já nos consome... a ambos.

E ambos subjugados pelo mesmo fogo... somos fogo, apenas fogo.

 

 

 

Running Up That Hill by Placebo on Grooveshark