Há uma semana, a tarde pintava-se de azul; cristalino como as águas que balouçavam do céu e as do ribeiro que corriam inquietas para o rio. Água que corria desnorteada, presa numa moldura outonal. Por entre o castanho das madeiras, e o verde do musgo, ouvia-se esta mesma música, e sentia-se o toque das gotas de chuva nas folhas, a carícia da chuva nas árvores e as águas que se deitavam no ribeiro. A música transbordava, projectando-se em cada elemento que nos rodeava, só para depois voltar, feito boomerang, atordoando-nos com cada uma das notas de música.
Porque eu sou terra. Sou água. Sou chuva, rio e mar. Sou as luzes que se reflectem nas águas. Sou o crepúsculo que abraça a cidade. Fui pele, paixão tórrida e querer louco. Fui areia, sol, mar, lua e estrelas. Fui. Deixo que me invada agora o Outono e procuro que me tempere a alma e apazigue o coração. Procuro ser... Eu.
[Post não recomendado para mentes tacanhas. Se o caso for esse, é favor não ler. Nem ver o vídeo, já agora. Be open-minded, please.]
Aproveitamos os dias solarengos que nos restam. Os finais de tarde na praia. Os mergulhos no mar. O pôr-do-sol. Os beijos entontecidos. Os jantares no alpendre à luz de velas. A noite quente que ainda nos envolve quando as estrelas se deitam. Pool party: casa de férias de um casal amigo. Amigos em comum, amigos novos. Caipirinhas e muito álcool. Piscina. Banhos nocturnos. Diversão pela noite dentro.
I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck, my fingers laced to crown.
I was a heavy heart to carry, my feet dragged across the ground... and he took me to the river, where he slowly let me drown.
My love has concrete feet. My love's an iron ball. Wrapped around your ankles... over the waterfall.
Cala-me. De paixão. Atordoa-me. De querer. Sufoca-me. De desejo. Mata-me. De prazer. Morde-me o pescoço, os ombros. Marca-me a pele. Tolda-me o espírito. Acorrenta-me. Prende-me com a paixão. A ti, a ti, a ti.
Encaixada, enlaçada. Presa, perdida. Os meus braços, no teu pescoço. Os teus, sustentam o peso do meu corpo. A minha boca, na tua pele. A tua, desvairada, morde, beija e marca. As minhas pernas envolvem-te pela cintura. As tuas, encaminham-nos para o mar.
Corpos entrelaçados sob um manto escuro, sobre uma cama molhada. E a água fria beija-nos a pele. Arrepia a exultação dos corpos na água. A animação do teu... no meu. E do meu, do meu, do meu...
Abraço. Arranho. Beijo. Mordo. Sacio a fome. A fome... Mitigo a sede. A sede... Do teu corpo. Da tua boca. De ti.
Solto o teu pescoço. Deito as costas no mar. Pairo sobre a água. Agarro o céu. As tuas mãos comandam sucessivas invasões. Fortes e destemidas.
Abrandas o ritmo. Avanças... e eu deliro. Recuas... e eu espero, insaciável.
A cadência das estrelas. O compasso do mar. O balanço dos corpos. O batimento do coração. A força maior que rege o universo.
E eu sou tua. E tu, meu. E eu recebo-te, todo. Em mim, em mim, em mim.
This will be my last confession... I love you never felt like any blessing. Whispering like it's a secret, only to condemn the one who hears it with a heavy heart. I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck. My fingers laced to crown.
I was a heavy heart to carry But he never let me down When he had me in his arms My feet never touched the ground