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Blue 258

Blue 258

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28
Set10

Tomar café, logo depois de jantar, junto ao mar. O frio salgado que nos envolve o corpo, as malhas suaves de meia estação que nos acariciam a pele. Sente-se o retumbar do mar, a areia salgada,  o vento e a noite que brindam entre si. Sente-se a  serenidade de uma alma reconfortada. Um frio bom, que nos enrubesce a pele, acelera a circulação sanguínea e faz bombar o coração apressado. E apressado já ele é.

 

 

 

 

bum bum bum bum bum bum bum bum
bum bum bum bum bum bum
bum bum bum bum bum bum

 

 

...

25
Set10

 

Porque eu sou terra. Sou água. Sou chuva, rio e mar. Sou as luzes que se reflectem nas águas. Sou o crepúsculo que abraça a cidade. Fui pele, paixão tórrida e querer louco. Fui areia, sol, mar, lua e estrelas. Fui. Deixo que me invada agora o Outono e procuro que me tempere a alma e apazigue o coração. Procuro ser... Eu.

 

 

# 46 Silêncios

22
Set10

 

 

Lá fora a chuva cai sem vontade. O vento embate no mar. Sem vontade. A água decalca a areia ainda quente. Sem vontade. O dia amanhece sem querer. Dentro do quarto, deixamos cair a chuva lá  fora. Mergulhamos mais uma vez por entre os lençóis. Embatemos o desejo nos corpos. Sucumbimos. À nossa vontade.

A minha pele é o mapa da tua viagem. Guarda o perfume do teu corpo como um tesouro. Encerra beijos e segredos. Só meus. E teus.

Beija-me. Aqui. Beija-me outra vez. Aqui. O dedo indica onde se detêm os teus lábios. Aqui. Ali. Aqui e ali. Na minha pele. No meu corpo.

 

Tinha os pés entrelaçados nos teus. Chamei-te meu amor em surdina. Calei-me num sorriso. Disse que te amava num silêncio. E esse silêncio retumbou cá dentro como o mar em dias de tempestade. Sempre disseste que o meu  silêncio diz tanto. Tanto. E diz.  Desenha o meu mundo quando estou contigo. Quando me fazes inteira.

 

 

I'll stop the world and melt with you
You've seen the difference and it's getting better all the time
There's nothing you and I won't do
I'll stop the world and melt with you

 

 

Beijamos como quem faz amor, entretecemos bordados na pele, encetamos viagens sem destino. Tu e eu. Dentro de quatro paredes que deixam de existir no momento em que os nossos corpos se tocam.




 

 

 


Quero amar-te à beira-mar

22
Jun10

Quero amar-te com salpicos de água salgada na pele.

Quero encontrar-te no mar, perder-me na areia, abraçar o sol.

 

A minha pele... na tua pele.

 

Quero amar o cheiro da tua pele, o brilho dos teus olhos, o sorriso dos teus lábios. Quero amar-te pele com pele, olhos nos olhos, lábios nos lábios.

E quero a minha pele, na tua. Os meus olhos nos teus. Os meus lábios em ti.

 

A tua pele... na minha.

 

Quero amar-te como só as nossas bocas sabem amar: pele com pele.

Cedem. Renunciam... amam. Como se deve amar.

 

Pele com pele.

 


Clichés

11
Abr10

Retiro um prazer imenso em caminhar pela areia, descalça, e de calças arregaçadas. Em molhar os pés, os tornozelos, as pernas. Em caminhar constantemente ao longo da linha de água. Em perder o olhar no azul do céu, no reflexo prateado do mar,  no areal dourado. Em deliciar-me com todos os sulcos esculpidos pela água. Em contemplar a areia molhada e a areia ondulada pelo vento. Em me absorver por completo no vento a roçar as ondas, no sibilar resultante do seu encontro com todas as coisas. Em esperar que o horizonte abrace o sol cor de fogo. Em sentir o rosto quente da exposição ao sol. Em regressar a casa com areia nos pés, a pele salgada.

 

Coisas parvas, eu sei.

 

 

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11
Abr10

Apetecia-me agora refrescar os pés na água salgada do mar.

Caminhar pela areia, pés nus, sapatos numa mão. Na outra, a tua.

Sentar-me sob este magnífico céu estrelado, contemplar as estrelas.

Já repararam neste magnífico céu que a noite de hoje nos presenteou?

Apetecia-me enrolar-me nos teus braços. Envolver-me no teu calor.

Beijar-te os lábios. Mergulhar na tua boca.

Descobrir a tua pele. Beijá-la. Saboreá-la.

Apetecia-me a tua pele, na minha pele.

O teu sussurro, no meu ouvido.

O teu olhar, no meu.

 

Apetecias-me.