Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blue 258

Blue 258

...

A tarde, em 5 músicas

09
Fev10

Retidas na retina do pensamento.

 

Ao sair de casa, a escolha da banda sonora, embora não   premeditada, incidiu automaticamente na rádio. Se optasse por um cd, o meu estado de espírito reflectir-se-ia na escolha, e era isso  mesmo que pretendia evitar. Não deixa de ser engraçado como o estado de espírito, parece pré-definir automaticamente a banda sonora que nos apetece ouvir.  O problema é incentivar  o fluir desses mesmos pensamentos que procuramos barrar. A rádio,  torna-se uma roleta russa - o que nos pode correr bem, ou mal. Traz-nos, muitas vezes, uma miscelânea agradável de músicas. Por vezes, não, é certo, mas para alguma coisa servem aqueles botõezinhos encantadores que guardam a pré-definição das rádios.

 

 

Pouco depois de sair de casa, começa a tocar esta música, dos Clã - a banda sonora perfeita para eu continuar a pensar, exactamente no que procurava não pensar. Confuso? Pois...

  • Sexto Andar, Clã

 

 

 A meio caminho do Porto, esta música, que eu adoro, e não me canso de ouvir! Banda sonora perfeita para o calor que se fazia sentir, para aquele magnífico céu azul pejado de nuvens branquíssimas. Que tarde linda! Prendi o olhar no céu, e a ele se prendeu também o meu pensamento. Meio camuflado, mas estava lá.

  • Paper Planes, Mia

 

 

Na Boavista, esta, chamou-me a atenção por ser Pearl Jam. Aumentei o volume,   embora  muito rapidamente o meu pensamento se prendesse no título, e me deixasse a pensar no respirar. Basicamente isso. E o respirar tem história, claro. Coisas minhas.

  • Just Breathe, Pearl Jam

 

 

Ainda na Boavista, esta, da Macy Gray, que eu adoro desde sempre. Sabiam disso? (Que eu gosto de Macy Gray, não apenas desta música em particular...)

  • I'm so glad you're here, Macy Gray

 

 

Algum tempo depois de sair do Porto, cometi o erro crasso de pôr a tocar o cd que tinha no auto-rádio. Faço fast forward até esta música, e é esta que fica, até entrar em casa.  Volto com o pensamento preenchido pelas mesmíssimas coisas que o ocupavam ao sair de casa. Mas ainda pior, porque esta música deixa-me a querer aquele colo doce e aquele abraço quente.

  • In a little while, U2

"I caught myself"

31
Mai09

 

Maggie, outra para ti.

 

Não sabendo como correu - e esperando o melhor, sempre.

Mas devo confessar que esta música só me faz pensar em picking up the pieces - espero que não seja o caso.

 

 

 

 

 

 

Down to you
You're pushing and pulling me down to you
But I don't know what I

Now when I caught myself, I had to stop myself
From saying something that I should've never thought
Now when I caught myself, I had to stop myself
From saying something that I should've never thought of you

Of you
You're pushing and pulling me down to you
But I don't know what I want
No, I don't know what I want

You got it, you got it, some kind of magic
Hypnotic, hypnotic, you're leaving me breathless
I hate this, I hate this, you're not the one I believe in
With God as my witness

Now when I caught myself, I had to stop myself
From saying something that I should've never thought
Now when I caught myself, I had to stop myself
From saying something that I should've never thought of you

Of you
You're pushing and pulling me down to you
But I don't know what I want
No, I don't know what I want!

Don't know what I want
But I know it's not you
Keep pushing and pulling me down
When I know in my heart it's not you

Now when I caught myself, I had to stop myself
From saying something that I should've never thought
Now when I caught myself, I had to stop myself
From saying something that I should've never thought of you

I knew
I know in my heart it's not you, I knew
But now I know what I want, I want, I want
Oh no, I've should have never thought!
 
 
 
 
P.S. Não fiquem invejosos - há muita música para dedicar a todos. E imagino que tanta música do Twilight já enjoa; mas que a banda sonora é boa, é. 

         

 

Spotlight

31
Mai09

Because everyone would rather watch you fall
And we all are, yeah
And we all are, yeah

 

Função ipod on (e nem preciso dizer mais nada).

 

 

You got a whole lot left to say now
You knocked all your wind out
You just tried too hard and you froze
I know, I know

What to say, what to say

Just take the fall
You're one of us
The spotlight is on
Oh the spotlight is on, oh

You know the one thing you're fighting to hold
Will be the one thing you've got to let go
And when you feel the wall cannot be burned
You're gonna die to try what can't be done
Gonna stay stay out but you don't care
Now is there nothing like the inside of you anywhere

Oh just take the fall
You're one of us
The spotlight is on
Oh the spotlight is on, yeah it's on

Because everyone would rather watch you fall
And we all are, yeah
And we all are, yeah
Just take a fall
You're one of us
The spotlight is on
Oh the spotlight is on
(Just take the fall)
Now you're one of us
Now you're, now you're, now you're, now you're one of us
Now you're, now you're, now you're one of us
Oh the spotlight is on


 

Decode

30
Mai09

As pessoas não são todas iguais - certo? Até aqui concordam comigo.

Umas parecem levar a vida, com os seus altos e baixos, como a chuva que caía no outro dia - caía porque tinha de cair - e pessoas há que levam então a vida como quem tem que a levar - porque se tem de a viver e não vale a pena pensar mais nisso. Quantas infindáveis vezes ouvimos alguém dizer: a vida é assim?

 

Outro tipo de pessoas há - vou atrever-me a designá-las pensantes - que pensam até doer. Quer se tratem de aspectos importantes, ou mesmo banais e porventura insignificantes - para a restante maioria, claro. 

 Nunca ninguém consegue conhecer-nos totalmente - certo? Não percebem a realidade do nosso ser - não conseguem conhecer-nos como realmente somos - não conseguem sequer saber o que pensamos - mesmo no exacto momento em que com elas encetámos uma conversa, não imaginam por onde anda o nosso pensamento. Alguns continuam a concordar comigo, certo?

 

Ontem, e não posso deixar de me rir, andei com uma ideia no pensamento, e passo a explicar como me surgiu:

 

No dia-a-dia, temos de nos relacionar com as outras pessoas - como indivíduos integrantes da sociedade, tem de ser - na escola, na universidade, no trabalho, no supermercado, no café - somos obrigados a manter aquelas conversas que no fundo, bem cá dentro, não nos dizem nada. Nada. O vento tem mais significado.

 

E o que é que me ocorreu então?

Se o nosso corpo pudesse ter a função de ipod: os olhos mostravam aquelas linhas da batida da música, o título da faixa, nome do álbum e autor; os ouvidos poderiam ser como colunas e transmitir o som - não estava presente a função de ouvir  - só transmitíamos a música, nada mais.

 

Logo, ao olharem para nós, os restantes demais, já sabiam: nada de conversas dispensáveis. Hoje pelo menos não. E podiam oferecer-nos um sorriso ou até um aceno com a mão. Nós simplesmente, e por razões de boa educação, assentíamos ao seu gesto com a cabeça. Perfeito, não?

 Obviamente, que da parte de outros, a reacção não seria esta, não. Seria mais do tipo, cara-carrancuda-que-mostra-de-tal-forma-o-que-estão-a-pensar-que-já-sabemos: olha-me esta outra vez, é mais do mesmo. Quanto a estes, a função ipod a tocar, permitia-nos simplesmente ignorar (só mais tarde, quando desligássemos a função ipod, ou  à noite se calhar, é que iríamos analisar os rostos que por nós passaram).

 

Ah! Não posso deixar de referir, e com muito agrado meu, devo dizer, que para grande felicidade do meu ser, encontraria na rua outros em função ipod, tal como eu. E isso provocaria um sorriso infindável no meu rosto. Seria provavelmente o único motivo de alegria do dia. E quando uso o pronome nós, e não tão somente o eu, é porque sei que mais há por aí, destes seres pensantes. 

 

E podíamos então ser nós, durante todo o dia. Simplesmente nós. Naqueles dias em que falar é um sacrifício, e uma música parece dizer e encarnar tudo aquilo que sentimos, bastava pôr ipod on e deixar a banda sonora do dia tocar.

 

 

 

 

How can I decide what’s right?
When you’re clouding up my mind
I can’t win your losing fight
All the time

Nor could I ever own what's mine
When you’re always taking sides
But you won’t take away my pride
No, not this time
Not this time

How did we get here
When I used to know you so well?
How did we get here?
Well, I think I know

The truth is hiding in your eyes
And it’s hanging on your tongue
Just boiling in my blood
But you think that I can’t see

What kind of man that you are
If you’re a man at all
Well, I will figure this one out
On my own

(I'm screaming, I love you so)
On my own
(But my thoughts you can't decode)

How did we get here?
When I used to know you so well?
How did we get here?
Well, I think I know

Do you see what we’ve done?
We’re gonna make such fools of ourselves
Do you see what we’ve done?
We’re gonna make such fools of ourselves

How did we get here
When I used to know you so well?
How did we get here
When I used to know you so well?

I think I know
I think I know
There is something I see in you
It might kill me, I want it to be true

 

 

 

 

Supermassive Black Hole

29
Mai09

Dos Muse. Já a coloquei aqui. E não resisto a colocá-la de novo.

Saber que o posso fazer quantas vezes me apetecer, deixa-me radiante.

 

 

 

 

 

 

 

Ooh, baby don't you know I suffer?
Oh, baby can you hear me moan?
You caught me under false pretenses
How long before you let me go?

Ooh, you set my soul alight
Ooh, you set my soul alight

Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul alight)
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul)

I thought I was a fool for no one
But ooh, baby I'm a fool for you
You're the queen of the superficial
And how long before you tell the truth?

Ooh, you set my soul alight
Ooh, you set my soul alight

Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul alight)
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul)

Supermassive black hole
Supermassive black hole
Supermassive black hole
Supermassive black hole

Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive

Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul alight)
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
(Ooh, you set my soul)

Supermassive black hole
Supermassive black hole
Supermassive black hole
Supermassive black hole

 

Twilight: filme vs livro

28
Mai09

Quando vi o trailer - bum! - soube naquele momento que tinha de ver o filme.

Visto o filme, e apesar de ter gostado, ficou aquém das minhas expectativas. O tal aperitivo, de que já vos falei. Não se pode dizer que seja um grande filme, mas é um bom filme - vejam o sucesso nas bilheteiras - por alguma coisa isso tem de valer, não?

Quanto a mim, perdeu muito com a adaptação - como perdem todos, certo? Inevitável.

 

No entanto, não posso deixar de referir certos aspectos que, quanto a mim, poderiam ter sido mais bem conseguidos.

 

1. A infindável quantidade de tempo que Edward Cullen - para quem não sabe, o vampiro protagonista que se apaixona pela humana - e Bella - a humana que se apaixona pela vampiro, claro está; pelo menos o amor é correspondido, vá lá, já basta a questão vampiro/humana - empatam, sim empatam, o primeiro beijo.

Minha nossa! Eu pelo menos destaco 3 excelentes momentos no filme para a cena do beijo - antes do dito ter acontecido - cheguei a um ponto de pensar: anda, vamos, vá lá, é agora. Mas não, o filme já estava feito - as minhas vontades não surtem qualquer efeito.

 

Para minha surpresa e vísivel agrado - sim, visto que aproveitei as horas de espera que me aguardavam na terça-feira no Porto para dar início à leitura, e naquela enorme sala de espera não me coíbi de sorrir e até efusivamente, para espanto de uma senhora que lá estava, e não conseguia tirar os olhos de mim (também queria) - o livro, neste aspecto, é bem melhor. Beijam-se mais prontamente do que na tela do cinema, e mais frequente, para meu regozijo.

 

2. Este vem no seguimento do anterior: jovens, apaixonados, e no entanto, pouco se tocam, agarram, e beijam. Ok. - convenhamos, se há coisa que se faz, quando se é jovem e está apaixonado - como no caso dos protagonistas - é verbalizar essa paixão em abraços e beijos aqui, ali e acolá. Bons tempos.

 

Novamente, o livro supera. Agarram-se mais, tocam-se mais vezes - ele agarra-a pela cintura, emoldura-lhe o rosto com ambas as mãos; em suma, é bem mais activo do que no filme. Assim, sim.

 

3. Considerando o enredo do filme, não pude deixar de pensar que faltava um pouco mais de acção - lutas e coisas assim, ok? Mentes pecaminosas. No livro, este aspecto é bem mais conseguido. Só lendo.

 

Se bem que o filme respeita aspectos, atrevo-me a dizer fulcrais da escrita da autora, outros há que omite - claro, se assim não fosse, teríamos um filme de 4 horas - e quanto a mim, poderiam ter ajudado o argumento (achei-o um pouco fraquinho, pronto). Também notei que a sequência de alguns acontecimentos havia sido trocada - o que se torna indiferente, no final. 

 

A vantagem de ver o filme primeiro, é a de podermos atribuir às personagens um rosto, e usarmos as cenas já vistas como se de uma história se tratasse, uma história que alguém nos havia contado, e que agora, ao ler o livro, podemos descobrir, como tudo se passou exactamente - e com detalhe.

 

Deixo-vos o meu conselho: vejam o filme. E leiam o livro.

 

 

P.S. E com este, já são 3 posts sobre o Twilight.