Não pensem que não ando por cá, porque ando; com menos tempo, mas a mesma ou maior dedicação quando vos leio. Desde que voltei, visito um ou dois blogs de cada vez. Não sei porquê, mas não vou mais longe do que isso. Há blogs que já não são o que eram. Perderam a graça, perderam o brilho, perderam o que antes me cativava (ou então fui eu que mudei, porque também mudei, é um facto, só que nunca se pensa que se mudou tanto assim). Sinto-me como se em casa de estranhos.
A outros, pelo contrário, encontro-os mais crescidos e não deixo de sentir uma certa satisfação por isso. Alguns mudaram de casa, e nem por isso o endereço se perdeu. Existe portanto uma tendência que é a minha, e por isso mesmo inegável: há aqueles que se contam pelos dedos de uma, quase duas mãos e que eu não largo. E mesmo que não comente sempre, visito-vos e sinto-me em casa. E sabe-me mesmo bem.
Depois há aqueles que terminaram uma, ou mais uma viagem. As estrelas não duram para sempre, eu sei. Mas são esses que mais me custam. Apagaram-se, mas não deixam de existir.
Ana, I miss reading you. Hoje, sem razão aparente, lembrei-me de ti, e procurei-te mesmo sabendo que já não te encontraria. Sem razão aparente, apenas a saudade de te ler. Resta-me desejar que esse autocarro te leve rumo ao que procuras, ao que nunca esperarias encontrar pelo caminho, e a muito mais. Quanto a mim, espero-te num sorriso envergonhado, de cada vez que passa um autocarro.