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Blue 258

Blue 258

...

#54 And we sail away

21
Out13

 

 

 

Tu e eu num abraço do tamanho do mundo. O teu. A minha cabeça apoiada no teu peito. Olhos semi-cerrados, como num sonho, a dormir. Mãos que acariciam... a tua pele. Pele, pele, pele. Sempre pele. Apenas pele. Pareces ser pele, pele onde mergulho, onde me delicio, onde me resguardo. Os teus braços seguram os meus, as tuas mãos deslizam: sobem e descem parecendo querer gravar na memória o contorno dos meus braços. Os teus olhos, sempre abertos, desatentos a tudo o resto. 

 

 

 

And then, you whispered these words:

 

Blue, songs are like tattoos
You know I've been to sea before
Crown and anchor me
Or let me sail away

 

 

 

 

Porque há palavras que são tatuagens indeléveis gravadas na pele com tinta invisivel. Porque há momentos que mapeados desenham constelações estreladas. Porque nunca foi preciso dizer adeus. O adeus não se diz, não se escreve, não é para nós. Não chegamos ao fim. Seguimos no caminho que os nossos passos escrevem a cada dia. 

 


You kissed me, held me tight and with our eyes closed you finally said:


Everybody's saying that hell's the hippest way to go
Well I don't think so
But I'm gonna take a look around it though
Blue, I love you

Blue, here is a shell for you
Inside you'll hear a sigh
A foggy lullaby
There is your song from me...

 

 

 

E de (o) mau humor porquê?

25
Jun10

Ponto 1: Não se trata apenas dos bilhetes esgotados para os Pearl Jam.

Ponto 2: Há pessoas que não devíamos reencontrar em certos dias. Ou em qualquer dia for that matter. Há coisas que nem devíamos sequer ver.

Ponto 3: Há dias em que deveria ser possível estarmos sozinhos, sem termos de falar com ninguém.

Ponto 4: Tenho 28 páginas de rascunhos. Já tinha 11 antes daquela mudança dos blogs do sapo. Multiplicaram na altura para 23 páginas (o número de posts por página foi reduzido). Continuam a aumentar.

Ponto 5: Aproximam-se semanas de maior intensidade no trabalho. O tempo tornar-se-à escasso para fazer o que gosto. Nem falo das visitas pelos vossos blogues, de vos acompanhar e de comentar. De escrever...

Ponto 6: O blogue precisa de obras e de uma valente reestruturação.

Ponto 7: A Blue precisa de férias. Hell, eu preciso de férias.

 

 

E já que sempre achei o número sete, um bom número, fico por aqui. Fuck it.

 


...

10
Jul09

Inevitavelmente, de tempos a tempos, surge a necessidade de falar, desabafar, ou pura e simplesmente, deixar o ser à vontade. Não é coisinha que se faça com toda a gente (ou com qualquer um), não, claro que não. O dia a dia farta-nos do blá blá blá vazio, consome-nos a individualidade, vai-nos fechando cada vez mais cá dentro. E pronto. 

Mas alturas há em que surge como que uma urgência - o ser torturadamente aprisionado, clama por um pouco de libertação. Sim, libertação. Deduzo que seja o termo apropriado. Se dentro de nós vive o ser, se o violentamos todos os dias, se o calamos, se o forçamos a esconder-se, a moldar-se aos demais - bom, é natural que de quando em quando, o ser procure ser.

 

Bem, a Blue, queixa-se que eu não tenho nada que vir aqui, e carregar-lhe o blog de nuvens escuras. Diz que o deixo pesado, soturno. E tem razão. Eu, por outro lado, aborreço-me com ela por permitir que me intrometa assim. Ontem, passou-me pela ideia acabar com o blog - passou, já passou. Se é aqui que me deixo ser...

 A Blue é bem mais divertida, espontânea, e acima de tudo, genuinamente eu. Aqui, ninguém lhe aponta o dedo, ninguém espera para ver se falha, se ultrapassa qualquer limite imposto pela sociedade cínica em que vivemos, ou qualquer limite imposto por mim mesma. Sim, por mim - convenhamos que esses são os mais ferozes.

Lá no fundo, até penso que não terei sido eu a impor esses limites, não , talvez não. Lá no fundo, sei que o problema é, ou foi, habituar as pessoas a esperar aquele determinado x de nós. Qualquer coisa acima ou abaixo desse valor - soam as sirenes (dos demais). Soa o alarme: não, não está bem, algo não está bem  - a única preocupação é saiu do normal  - ninguém quer saber dos motivos, da razão de ser que levou a essa oscilação. E esses é que importam.  

 

 

Tenho o m (abreviatura de meu-mais-que-tudo) - que me compreende, que nem é bem compreender, é mais um deixa-me ser.

It's not as if I can't talk to him. Cause I can. It's not that m doesn't know I'm screwed up. He knows. Trust me. Perhaps just not how bad.

 M's a bit screwed up too. I wouldn't have it - him - any other way. Couldn't figure out my life without someone not screwed up too.

 

 

 Daí que há "relatos" de ajuntamentos de, imaginem, screwed up people.

É verdade - tal como fazem os motoqueiros nas concentrações, também nós nos encontramos em local definido, reconhecemo-nos imediatamente, e não pensamos em mais nada, a não ser em sermos.

E vamos sendo, só sendo, por essa blogosfera fora.