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Blue 258

Blue 258

...

Para que saibas

01
Jul10

Não é por me calar que não te quero ou deixei de te querer. Continuo a querer-te. E o querer não mudou. Apenas se metamorfoseou, emudecendo as palavras.

E quero-te da mesma forma ou de outra forma diferente perante as evidências. Mas o querer é o mesmo. O querer  que sinto no bater descompassado do coração quando leio o teu nome. O querer que apercebo pelo entontecer quando te vejo. O querer que me faz perder na doçura das tuas palavras quando as releio. Continuo a querer-te.

 

 

 

Me callo porque es más cómodo engañarse.

Me callo porque ha ganado la razón al corazón.

 

Descobri como calar o coração

30
Jun10

E como sou amiga, vou agora partilhar convosco. Pode ser que alguém se encontre na mesma situação, ou venha porventura a  precisar um dia mais tarde.

 

O coração, quer falar. Isso nós já sabemos, não é verdade? Pois é. Começa de mansinho e vai subindo de tom: ah, há algum tempo de não me deixas falar, não me deixas dizer nada, e eu quero dizer isto, e mais isto e aquilo. E como se não bastasse, insiste: e o que sentimos deve ser sempre partilhado, patati, patata.

A razão diz que não, e o coração, teimoso como é, insiste. Contra-ataque: a razão enumera todos os factos vísiveis e prementes. Constatações inabaláveis e realistas. O coração não tem como fugir perante tais argumentos, e remete-se ao silêncio. Pelo menos por uns tempos*.

 

*Umas horas, vá. Pelo menos deixa de nos chatear naquele momento.

 

#42 Have me in your arms

23
Jun10

I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck, my fingers laced to crown.

I was a heavy heart to carry, my feet dragged across the ground... and he took me to the river, where he slowly let me drown.

My love has concrete feet. My love's an iron ball. Wrapped around your ankles... over the waterfall.

 

 

 

Cala-me. De paixão. Atordoa-me. De querer. Sufoca-me. De desejo. Mata-me. De prazer. Morde-me o pescoço, os ombros. Marca-me a pele. Tolda-me o espírito. Acorrenta-me. Prende-me com a paixão. A ti, a ti, a ti.

Encaixada, enlaçada. Presa, perdida. Os meus braços, no teu pescoço.  Os teus, sustentam o peso do meu corpo. A minha boca, na tua pele. A tua, desvairada, morde, beija e marca. As minhas pernas envolvem-te pela cintura. As tuas, encaminham-nos para o mar.

 

Corpos entrelaçados sob um manto escuro, sobre uma cama molhada. E a água fria beija-nos a pele. Arrepia a exultação dos corpos na água. A animação do teu... no meu. E do meu, do meu, do meu...

Abraço. Arranho. Beijo. Mordo.  Sacio a fome. A fome... Mitigo a sede. A sede... Do teu corpo. Da tua boca. De ti.

Solto o teu pescoço. Deito as costas no mar. Pairo sobre a água. Agarro o céu.  As tuas mãos comandam sucessivas invasões. Fortes e destemidas.

Abrandas o ritmo. Avanças... e eu deliro. Recuas... e eu espero, insaciável.

A cadência das estrelas. O compasso do mar.  O balanço dos corpos. O batimento do coração. A força  maior que rege o universo.

E eu sou tua. E tu, meu. E eu recebo-te, todo. Em mim, em mim, em mim.

 

 

This will be my last confession... I love you never felt like any blessing. Whispering like it's a secret, only to condemn the one who hears it with a heavy heart. I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck. My fingers laced to crown.

 

I was a heavy heart to carry
But he never let me down
When he had me in his arms
My feet never touched the ground