...
04
Out10
Há um silêncio enganador. Uma calma aparente. A noite apresenta-se despida de preconceitos, fresca e jovial. Diz-nos, vem a mim, com voz lânguida e aquele brilho no olhar que nos hipnotiza. Voltei sem ver as estrelas. Há estrelas no céu, hoje?
À superfície, o mar mostra-se sereno, calmo, apaziguador. Mas os rugidos que ainda oiço, mostram-me que não. Não serena. Não acalma. Não apazigua. A grande profundidade, as correntes seguem o seu curso, endiabradas. Revolvem. Não esperam por ninguém.