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Blue 258

Blue 258

...

Ó gente

11
Jun10

A Raquel Maria, já ia fazer das dela. Já estava a ler o que não devia. A lembrar o que deveria esquecer? É que nem sei responder.  Nem sei...

Só vos sei dizer que a melancolia vinha montada num jacto supersónico. Entretanto, com o barulho das turbinas e todas aquelas coisas, lembrei-me:

A vida é linda. E temos é de aproveitar. So... enjoy life!

 

Bom fim-de-semana :)

 

Do coração que é parvo

08
Jun10

Eu já vos tenho dito que o coração é parvo. E é. Decerto que por esta altura, já muitos concordam comigo. E o coração, para além de parvo, parece muitas vezes ser acometido de uma verborreia incontrolável. É que fala, fala, fala e não há modo de se calar. E se, quando começa a falar, nem lhe respondemos - que é logo uma tentativa de lhe cortar as bases - ele persiste, insensível aos nossos esforços, e debita incansável o que lhe vai na alma. E nada o parece deter. Nada.

 

A situação pode tornar-se caricata se, e quando, nos encontramos num local público acompanhados. Tentamos, logo à partida, não dar bandeira. O que não é nada fácil. E é ver-nos ali, compenetrados,  aparentemente atentos, quando cá por dentro, se desenrola a palestra mais dinâmica a que eu alguma vez assisti.

E o coração gosta de palestras. Oh se gosta. E de tempos a tempos, ostenta descarado as suas qualidades de orador. No entanto, não deixa de ser curioso, quando tal sucede e o cenário é outro. Quando nos encontramos sozinhos, tranquilos, de regresso a casa, passando pela praia  num dia de chuva. É que mesmo quando fala só para nós, mantém a mesma persistência e eloquência.

 

Mas o raio do coração quer falar. Diz que tem muito a dizer e que eu não o deixo. E a verdade é uma, se eu lhe permitisse escrever, oh se eu lhe permitisse escrever, o que ele não escrevia. O que ele não fazia. O que ele não dizia.

 

Se deixássemos que os corações falassem entre si, seria muito mais simples.  Podemos até imaginá-los, frente a frente, músculo , veias descarnadas  e sangue palpitante - são feitos do mesmo material, falam a mesma língua - seria bem mais fácil. Nós é que acabamos por complicar tudo.

Bastava então eliminarmos a variável indivíduo. Sim, tudo aquilo que somos, com direito a fosso e masmorras. Tudo o que nos prende, ou parece prender. Porque o coração é livre. Solta-se sem dar aviso prévio e voa. E voar é bom, muito bom. O pior é quando, depois de nos sentirmos nas nuvens, nos vemos obrigados a laçá-lo e a puxá-lo de volta. É quando dói. Depois de inflado por um sentimento, não é tarefa fácil voltar a encaixá-lo no mesmo lugarzinho de antes. Não cabe.

 

E o que fazer? Deixá-lo fora, preso por uma corda, não podemos; deixá-lo à solta, não convém; e metê-lo à força cá dentro mostra ser  doloroso demais. E o que é que acabamos por fazer? Primeiro, cortamos-lhe as asas. Depois, amordaçamo-lo. E isso não se faz. Não se faz mesmo. Por isso ele reclama. E com toda a razão.

 

 

Coisas

02
Jul09

Imaginem onde estava eu, ontem, ou melhor hoje, à uma da manhã?

Vá lá, tentem adivinhar.

Pronto, eu digo.

 

Sentada no chão da varanda.

Smoking a cigarette

E não, não é pra voltar a isso.

Just trying to blow off steam.

Olhava o céu. Sem estrelas. Cinzento.

Se procurava algo, acreditem que não havia nada para encontrar.

No entanto...

Sentia-me bem ali.

Sozinha. A noite e eu.

And all that was on my mind.

 

 

August Rush

05
Abr09

Ao longo da vida - lá estou a falar outra vez da vida, como se soubesse muito dela - sei o que sei, coisas minhas - há aquelas coisas que parecem muitas vezes passar por nós, mas se calhar o que acontece é que vão dar a volta por outros lados e regressam depois para nos esbarrarmos com elas. Foi o que sucedeu comigo e com August Rush - lançado em 2007, só agora veio ter comigo. Bem, que filme! Arrepiadamente "colada" do princípio ao fim, presa pela potentíssima banda sonora - e não só..... Fica aqui uma, não, duas das minhas faixas favoritas - quem viu e quem não viu bem pode deixar a melancolia entrar...

 

 

 

 

 

 Só mais uma....para terminar em grande!