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Blue 258

Blue 258

...

Quero amar-te

22
Ago10

Perder-me nos teus braços. Deliciar a minha pele na tua. Saciar a sede da minha boca, esta sede, na tua. Matar o desejo do meu corpo, no teu.

Despir a alma e deitar-me contigo. Perdidos sem espaço, sem tempo, sem palavras. Mudos em qualquer uma das línguas que falamos. Silenciosos no querer. No dar e receber.  Na entrega.

Deitar-me contigo. Amar-te devagarinho, em câmara lenta. Saborear-te. Aos poucos. Provar-te de cada vez como se fosse a primeira vez. A  cada vez. Entranhar-te cada vez mais em mim. Marcar a minha pele com o teu perfume. O meu corpo com o teu cheiro. A minha alma com o teu querer. Deitar-me contigo. E amar-te muito mais depois.

 

...

08
Abr10

Mordia-te agora o lóbulo da orelha, no escuro, sem que ninguém visse, sem que ninguém desse por ela. Sem encostar o meu corpo ao teu. Assim, ao de leve. Mordia-te... e afastava-me.

Voltava a aproximar-me de ti... e afagava o teu pescoço apenas com a respiração.

Afastava-me de novo, mordendo os lábios. Assim, como os mordo agora...

Ao voltar a aproximar-me, ofuscava-te com o brilho dos meus olhos, e encurralava-te num canto.

No escuro, sem ver, as minhas mãos percorriam o teu corpo, ávidas de desejo.

Enlaçava-te. Prendia-te num abraço que diz tanto. Deixava que os nossos corpos, colados, lessem o desejo à flor da pele. Deixava que falassem... um com o outro... a comunicação ao mais alto nível.

Deixava que o meu corpo transmitisse ao teu, o desejo... este desejo...

Acariciava o teu rosto com o meu. Deixava que a tua boca, sentisse a minha, assim, tão perto. Provocava-te. Deixava-te sentir o calor da minha boca, os meus lábios quentes na tua pele.

Desabotoava a tua camisa, e beijava-te os ombros. Deslizava os meus lábios nos teus. Mordia-os de novo. Os meus. Depois os teus. Encostava-te à parede.

E aí sim... lançava a minha boca na tua, e o meu corpo contra o teu.

Aí sim, o meu corpo mostrava a sofreguidão com que espera pelo teu.

E perdia-me. Sim, perdia-me. Mordia-te. Beijava-te. Mordia-te.

 

Pudesses tu imaginar... o que te fazia agora.

 

Dia 2

02
Jan10

Segundo dia do novo ano. Chove lá fora. O vento ruge que é uma loucura. Lá me levantei da cama a muito custo. Comi qualquer coisinha. Liguei o pc - quase que me dá uma coisinha má quando vejo a quantidade de emails que tinha para ler (pensei logo que a maluca tinha andado a fazer das dela, mas não, nada disso). Respondi a um comentário ou dois, e a um email - os outros que esperem - hoje não estou em condições. Queria dar uma volta pelos blogues, mas nem para isso tenho disposição.

As mesmas dores de cabeça alucinantes - as mesmas que tive há duas semanas (give or take) - voltaram. Aquela dor de cabeça com que me deito. E a mesma dor de cabeça com que pareço acordar. E o engraçado  (ou estúpido) é que da outra vez atribuí-a ao cansaço, à falta de descanso. Hoje (bem, ontem) compreendi que não é nada do cansaço - é do stress. Estou parva comigo mesma. Garanto-vos. Sempre me considerei forte. Nunca me deixei abater por qualquer coisinha. E no entanto, percebo agora que o corpo apenas procura  traduzir algo que não está bem. Daí a temperatura elevada. Daí sentir o corpo dorido, massacrado. Tal como a cabeça. Onde posso arranjar uma nova? Não fazem trocas?

#16 My body is your wonderland

22
Nov09

 

Desnuda a minha pele. Palmilha o meu corpo. Dedilha-me docemente. Toca-me... e faz-me vibrar.

Perde-te. Quero que te percas... em mim. Sente cada curva... desliza nas contracurvas. Delicia-te em cada saliência. Demora-te em cada ponto do meu corpo, descobre  novas fontes de prazer.

Beija cada centímetro da minha pele. Prova cada milímetro. Saboreia-me. Morosamente. E volta a saborear-me.

Faz com que o sangue aflore à pele... em cada um desses pontos chave. Faz com que o sangue circule freneticamente. Leva-me à ebulição. Derrete-me. Deixa-me extasiada. Sem palavras. Sem reacção.

Faz do meu corpo montanha russa... faz do meu corpo o teu parque de diversões. Entra comigo nessa viagem... vamos perder a cabeça. Leva-me até à lua!

 

 

Your Body Is a Wonderland by John Mayer on Grooveshark

#7 Aperitivo... ou sobremesa...

27
Out09

 

Abres a porta - sinto o ar frio e salgado que me desperta os sentidos. Pequenos choques eléctricos percorrem-me o corpo... fazem palpitar as papilas da língua. Atordoada, apenas sorrio. Ao sorrir, a sala parece iluminar-se.

Entras. Os teus olhos brilham, o teu sorriso atordoa-me um pouco mais. Não avanças. Observas-me, furtivamente. Parecemos embarcar numa dança, parecemos mergulhar na dúvida... hoje, quem será a presa... e o predador?

Recupero do transe, e avanço. Como um felino. Graciosa e veloz. Ataco-te. Sinto os meus lábios nos teus. Os teus nos meus. Sinto as minhas mãos que percorrem o teu corpo. E as tuas mãos, que percorrem o meu. Sinto. Sinto sem saber os limites do meu corpo ou do teu. Reconheço as mãos, a língua... e tudo o resto... sou eu e tu... sem fronteiras, sem limites definidos. 

Passo as mãos pelo teu cabelo orvalhado.  Procuro concentrar-me no frio do teu rosto que contrasta com o meu. Quente, tão quente. Sinto o coração que bate a mil... esse sim, em uníssono com o teu.

Esquivo-me em direcção da mesa. O vinho já servido, o jantar pronto. Ergo o copo como que perguntando, queres? Não te moves. Não dás um passo.  Pareces a presa hipnotizada pelo predador - imóvel. Pensarás em como me escapar? Não, isso não...

Encosto-me à mesa. Vês a provocação nos meus olhos, nos meus lábios, no meu corpo. Sorris - pensarás que agora me encontro à tua mercê? Assim, tão facilmente? Sem luta? Desengana-te. Tinha-te avisado.

Confiante, caminhas na minha direcção. Com um movimento brusco, repentino, levantas-me e  apoias-me na mesa. A contrastar com este rompante, sinto as tuas mãos a percorrerem-me as pernas... que docemente enlaças na tua cintura. Sinto as tuas mãos na cabeça, no pescoço, nos ombros... e a percorrerem-me as costas. Sinto os teus lábios nos meus. Sinto o meu corpo que quer o teu. Sinto o teu... a querer fazer parte do meu.

Pressiono-te com as pernas e ergo-me da mesa. Sorris. Pensas imaginar o que quero. Desço do teu abraço, e procuro encurralar-te... encosto-te à mesa. Tinha-te avisado.

Rasgo-te a camisa. Mordo-te. Beijo-te o peito. Deliras. Desaperto-te as calças. Com o meu corpo, deito as tuas costas sobre a mesa. Desarmo-te. Procuro dispor-te na mesa  ao meu gosto. Tinha-te avisado.

Também eu subo para a mesa. Avanço. Felina. Sentes o desejo em cada poro da minha pele. Apercebes a loucura nos meus olhos. Finalmente compreendes. Sabes. Quero partir a loiça toda. Rendes-te. Pensavas ser a sobremesa... mas não... e eu tinha-te avisado.