Há um grupo muito giro no Facebook
Bandas Sonoras Brilhantes. Procurem e participem.
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Bandas Sonoras Brilhantes. Procurem e participem.
Aquele quarentão jeitoso que me tinha adicionado no msn, sem-eu-o-conhecer-de-lado-nenhum, apareceu-me agora mesmo.
*
"A maior parte das pessoas está lá em substituição da vida real. Por isso é que eu acho uma coisa perigosa. Qualquer dia as pessoas não são capazes de se encontrar e falar. Dizem logo, "qual é o teu endereço no Facebook" e vão para casa e começam a falar com o outro, não têm outra maneira. Viciaram-se (...)
Eu acho que isto não é uma sociedade que se encontra, mas apenas comunica, que é uma coisa diferente. Eu acho que nós temos excesso de comunicação. As pessoas deviam, todos os dias, parar meia hora sem falar. Telemóvel desligado. Computador desligado. Tudo desligado."
Miguel Sousa Tavares, in 5 para a meia-noite
*Vídeo surripiado do Facebook
Odeio aquela treta de chat. Esse é o primeiro ponto. Aquele pseudo-chat-de-treta. Aquele barulhinho-irritante-que-faz-"bpuru". "Bpuru". "Bpuru." "Bpuru." Irrita-me solenemente. Mas vá, quem não me tem no msn e me apanha por ali, aproveita e lança-me um "olá".
Mas um aviso: meus caros amigos do sexo masculino, se na hora de almoço não têm nada a fazer - porque a esposa/mãe/namorada/colega/empregada está a tratar do almoço ou porque simplesmente compram tudo feito, lembrem-se que há quem tenha de tratar do almoço. Como eu. Caso contrário, ninguém almoça. Isto também serve para as meninas que de igual modo têm alguém que lhes trate do almoço. Eu também queria/gostava - não pensem que não.
Os convites de amizade pendentes, mantenho-os ali, pendentes. Lá está, nem me dou ao trabalho de os ignorar. Mantenho-os num limbo. Não incomodam, apesar de continuarem ali. Se não conheço, não aceito. "Ah mas podias aceitar e ficar a conhecer". Pois podia. Mas não era a mesma coisa.
Mais a mais, há a possibilidade de enviar uma mensagem quando se adiciona alguém - porque não fazer uso dela? Mas não. É só carregar no botão e adicionar alguém. E esperar que sem mais nem menos aceitem o convite.
Se me querem convidar para alguma coisa, convidem-me para um café. Olha, e que tal para almoçar numa bela esplanada frente ao mar? Isso é que é convite que se faça. Mas não. As redes sociais trouxeram tal facilitismo à convivência entre as pessoas que não tarda nada ninguém sabe o que é sair para tomar café ou beber um fino fresquíssimo ao final da tarde.
Convites para grupos: não aceito todo e qualquer um. Escolho os que me dizem algo. E é só. E há alguns bem engraçados. E muitos mais que nem conheço, mas a conhecer não me abstenho de fazer parte deles. Há até alguns que eu não me importava de criar.
Abracinhos, beijinhos, ursinhos e não sei que mais. De tempos a tempos lá vou aceitando alguns. Porquê? Simples. Porque quem mos envia tem algum significado para mim, não fosse isso, ignorava. Dou por mim a pensar: bem, que queridos, lembraram-se de mim e enviaram-me um. O problema é que muito raramente envio outro de volta. O que dirá o termómetro da amizade sobre mim? Corro o risco de ser desamigada? Prometo que vos compenso com um sorriso espontâneo, um abraço apertado e dois beijinhos. Que tal?
Reaccionária, me confesso. Querem dar-me um abracinho ou um beijinho, toca a fazê-lo pessoalmente. Por que não ao cumprimentarmo-nos, antes e depois de uma bela conversa, de muito riso e boa disposição. É que não há nada como um tête-à-tête. Nada.
Jogos: meus amigos, há muito que abandonei o Farmville. Pode ser que um dia lá volte a pôr os pés. Pode ser. Café World ou qualquer coisa do género: meus amigos, correndo o risco de me repetir, só vos digo: marcamos encontro numa esplanada qualquer. De preferência junto ao mar.
Que eu sou teimosa, certo? Se não sabeis, já era hora de saber. Não satisfeita com esta treta dos convites no msn de quem não conheço de lado nenhum, decidi aceitar o último convite. Convicta da lata que tinha (e tenho) em perguntar, assim sem rodeios, como obteve o meu mail. Acabadinha de chegar a casa, ligo o pc, ligo-me no msn e o fulano estava ligado: bem, foi logo, nem precisei dizer nada primeiro. Aqui fica a conversa:
Marco diz:
ola
Raquel diz:
olá
curiosidade:
não nos conhecemos, certo?
Marco diz:
realmente nunca te vi
nem sei de onde és
Raquel diz:
ah, ok
e como tiveste acesso ao meu mail?
só por curiosidade
Marco diz:
n sei
olha apaga o meu mail
Raquel diz:
não sabes como tiveste acesso ao meu mail?
estranho
mas ok
Depois, eliminei-o da minha lista, mas a janela de conversação continuava aberta, e para minha surpresa (não fazia ideia de que isso era possível - continuar a conversação, mesmo depois de o ter eliminado), ele insiste:
Marco diz:
tu és de onde?
Raquel diz:
bem, eu já te retirei da lista, mas continuas aí
se me disseres como conseguiste o meu mail
até te respondo
Marco diz:
n respondas então
xau
Conclusão, fiquei a saber o mesmo. Ainda insatisfeita, ocorre-me fazer uma pesquisa no facebook: encontrei-o logo. Ou seja, terá mesmo sido através do facebook. A minha dúvida é: não se lembra como conseguiu o meu mail - memória fraca? Mais lhe valia ser sincero. Não entendo. Ainda por cima, não se trata de nenhum puto, pelo menos pelo que vi, deduzo que terá uns trinta e tal anos, quarenta, e com boa figura. E a minha dúvida é, o que leva um homem a fazer este tipo de coisas. Ok, o que leva, eu sei, mas resulta? Isto resulta? Homens e mulheres, explicai-me lá.
São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão
Principalmente, quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
Que a vida não quer de tão perfeita
Uma mulher que é como a própria lua
Tão linda, que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua
Vinicius de Moraes
Eu, cansada, e ainda a estas horas por aqui - o meu raciocínio não está no seu melhor - e o César às voltas com o Facebook, o Caravagio com a trovoada, e um Touro perdido por aí ;)
Já aqui falei do facebook. Já vos contei que fiquei encantada com o Farmville - agora já me aborrece um bocado, mas pronto. Semeia-se, colhe-se, ara-se, e volta-se a semear. Critérios do plantio: nenhuns - os meus são pelas cores - ou pelo que me der na real gana. Mas tem a sua piada, acreditem que tem.
Vim a descobrir, que uma vaquinha cor-de-rosa que apareceu perdida, e, que eu acolhi de bom grado lá na quinta, imaginem, produz leite de morango. Mais, tenho agora uma vaquinha castanha que produz o quê? Leite achocolatado. Parvoíces destas, só no Farmville.
Mais: como me ando a fartar do trabalho da quinta, resolvi virar-me para os peixinhos. Tenho um aquário com 6 peixes e uma estrela-do-mar. Comprei-os, consoante a piada que lhes achava - desconheço portanto, se são espécies que podem sequer coabitar.
Dizeis vós, assim, muito prontamente: ah, isso não interessa, não é que eles morram. Pois eu discordo. Cheguei de lá agora mesmo, e até fiquei parva: o aquário estava uma completa sujidade e os pobres peixes famintos. E faziam uma carinha assim de help, toxic environment!
E é suposto ser o Happy Aquarium, estão a ver a ironia?
Hoje, e não sei porquê, estava no facebook, a tratar da quinta, e a alimentar os peixinhos, quando resolvo experimentar os bolinhos da sorte - coisas do facebook. O meu dizia:
We all have extraordinary coded within us, waiting to be released
E não sei porquê, automaticamente quis retirar um cd da gaveta - Vanessa Mae.
Fez-me lembrar quando era miúda - o que eu ouvia este cd. Fez-me lembrar o que eu gostava de ter aprendido a tocar violino - em vez de desperdiçar o tempo com o piano.
Fez-me ver o que ainda gosto de Vanessa Mae. Fez-me ver que ainda gostava de aprender a tocar violino. Fez-me pensar em todas aquelas coisas que todos gostaríamos de fazer, e que acabamos por não as concretizar.
Ainda tenho de chegar a uma conclusão: perceber porque me lembrei disto. A dificuldade agora, permanece em escolher só uma musica para colocar aqui.
Pronto, duas:
Ok. Só mais esta, uma das minhas preferidas: