Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blue 258

Blue 258

...

#42 Have me in your arms

23
Jun10

I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck, my fingers laced to crown.

I was a heavy heart to carry, my feet dragged across the ground... and he took me to the river, where he slowly let me drown.

My love has concrete feet. My love's an iron ball. Wrapped around your ankles... over the waterfall.

 

 

 

Cala-me. De paixão. Atordoa-me. De querer. Sufoca-me. De desejo. Mata-me. De prazer. Morde-me o pescoço, os ombros. Marca-me a pele. Tolda-me o espírito. Acorrenta-me. Prende-me com a paixão. A ti, a ti, a ti.

Encaixada, enlaçada. Presa, perdida. Os meus braços, no teu pescoço.  Os teus, sustentam o peso do meu corpo. A minha boca, na tua pele. A tua, desvairada, morde, beija e marca. As minhas pernas envolvem-te pela cintura. As tuas, encaminham-nos para o mar.

 

Corpos entrelaçados sob um manto escuro, sobre uma cama molhada. E a água fria beija-nos a pele. Arrepia a exultação dos corpos na água. A animação do teu... no meu. E do meu, do meu, do meu...

Abraço. Arranho. Beijo. Mordo.  Sacio a fome. A fome... Mitigo a sede. A sede... Do teu corpo. Da tua boca. De ti.

Solto o teu pescoço. Deito as costas no mar. Pairo sobre a água. Agarro o céu.  As tuas mãos comandam sucessivas invasões. Fortes e destemidas.

Abrandas o ritmo. Avanças... e eu deliro. Recuas... e eu espero, insaciável.

A cadência das estrelas. O compasso do mar.  O balanço dos corpos. O batimento do coração. A força  maior que rege o universo.

E eu sou tua. E tu, meu. E eu recebo-te, todo. Em mim, em mim, em mim.

 

 

This will be my last confession... I love you never felt like any blessing. Whispering like it's a secret, only to condemn the one who hears it with a heavy heart. I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck. My fingers laced to crown.

 

I was a heavy heart to carry
But he never let me down
When he had me in his arms
My feet never touched the ground

 


#40 Quero-te. Já. Agora. (bolinha vermelha, mas pequenina... pequenina)

03
Jun10

 

 

 

Os meus lábios perdem-se nos teus. As nossas bocas envolvem-se na saliva doce. O meu corpo  balança de encontro ao teu. Descubro a tua pele... e saboreio-te. Beijo-te, mordo-te, quero-te todo neste beijo. Quero-te. Já. Agora. Quero-te!

 

I can hardly wait

 

As minhas mãos perdem-se no teu corpo. As tuas não largam o meu. E a tua boca beija a minha sem pudor, marca-me o pescoço e morde-me os ombros. E eu gemo e deliro. E balanço o meu corpo de encontro ao teu.

As  minhas mãos percorrem a tua pele ávidas de desejo. E eu quero-te. Já. Agora. Quero-te. E é este mesmo desejo que não nos deixa chegar a casa... aquela, na praia, sem vizinhos por perto.

 

It's been so long
I've lost my taste
Say angel come
Say lick my face
Let fall your dreams
I'll play the part
I'll open this mouth wide
Eat your heart

 

I can hardly wait

 

Unes os nossos corpos num abraço apertado. Nem o desejo permites respirar. A boca, ofegante, morde-te a orelha:  Tenho fome de ti. Quero-te. Já. Agora.

Deliras com a certeza do meu querer. O teu corpo quer o meu e sem demora. Num rompante, fazes da duna, sofá. E já eu liberto o teu corpo da camisa. Arranho-te as costas. Mordo-te os ombros. Beijo-te a morder. É a fome deste querer. De te querer. E eu quero-te. Como te quero!


Lips cracked, dry
Toungue blue burst
Say angel come
Say lick my thirst
It's been so long
I've lost my taste
Here Romeo
Make my world as great

 

Prevejo o meu corpo na areia fria. Deliro ao sentir as tuas mãos no meu corpo quente. A tua boca, na minha. O teu beijo, no meu. E eu bebo despudoradamente o teu sabor. E a sede da minha pele quer engolir a tua. Tenho sede...  sede de ti.

E deixo-me perder no teu beijo molhado. Deixo a saliva marcar-te de desejo. Saboreio o teu na minha pele. As minhas pernas enlaçam-te pela cintura. Prendem-te contra mim. A minha boca não deixa a tua. As minhas mãos saciam-se da vontade do teu corpo. Fome. Sede. Fome. Sede. Fome... e sede.

Capturados num abraço de querer. Um abraço que é desejo. Mordo-te. Beijo-te. Deliro. Gemo. Quero. Quero-te. Já. Agora. Aqui.

 

 

 


#12 Fome

12
Nov09

 

Embalada por esta mesma música dos Portishead... envio-te uma mensagem:

O jantar está pronto... e eu, quase no ponto ;)

Ao que rapidamente respondes: que bom ;) estou esfomeado... chego em 10 min

Não sei bem qual era a tua fome... mas talvez fosse igual à minha, pensei. Chegas desperto, irradiando vitalidade em cada traço do teu rosto. Trazes até mim, a frescura agreste que se faz sentir lá fora. Os teus olhos cercam-me. Praticamente desnuda, envergando apenas a camisa.  No chão, em frente à lareira, que agora crepita, lançando as suas chamas como tentáculos hipnotizantes até nós.

Devoras, cada pormenor, com a tua atenção. O meu olhar, o que te mostra o  meu olhar... A minha boca... que diz querer-te. A pele fina, tocada pelos raios de fogo... mostra o que me inflama a alma.

O teu olhar  centra-se agora no escarlate que me cobre a pele... e perde-se a percorrer a pele rosada... Aproximas-te... beijas-me, e como me beijas! Como se colocasses nesse beijo, tudo de ti... toda a tua fome, todo o teu desejo, toda a tua paixão, todo o teu amor. Deliro, de cada vez que me beijas assim.

Saboreias o Black Label nos meus lábios, na minha boca... também queres. A garrafa, ao meu lado. Sobre a mesinha, dois copos. Vazios, intocados. Alcanças a garrafa.. e eu sinto o líquido cor de fogo, na tua língua, na tua boca, a mergulhar dentro de ti. Dentro de mim?  Hipnotizada, mergulho no castanho provocante do teu olhar... perco-me. Lanço-me no teu beijo.

Percorres os meus lábios, sedentos. Beijas-me ardentemente o pescoço... fazes-me arrepiar... e descobres o ombro. Revelas o negro rendado, que se escondia  até agora, sob o escarlate. Afastas a seda. Beijas... a renda negra.

Sinto a tua mão... que me percorre... a palma, o peito do pé... o tornozelo... até ao joelho... sinto as tuas mãos nas minhas coxas... que deliciosamente se escapam sob a seda escarlate... novamente, de encontro ao rendado. 

Perco-me no teu beijo. Perdida, completamente perdida, sinto os teus dedos, que rasgam agora, a renda negra. Pergunto-me, será a fome?

Insaciavelmente, procuramos saciar essa fome. Insaciavelmente insaciável.

 

 

 

Numb by Portishead on Grooveshark