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Blue 258

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Sakura

30
Mai14

Sakura (kanji : 桜 ou 櫻; hiragana: さくら) é o nome japonês dado às cerejeiras em flor, pertencentes à espécie Prunus serrulata. Dão menos frutos que a Cerejeira ácida e a Cerejeira doce.

 

 

 

Tenho paixão assolapada por sakuras (cerejeira japonesa) - daí a afinidade blogueira com as autoras dos blogues referidos no post anterior - e o  entusiasmo pela cultura nipónica não se fica por aqui (não esquecer dois dos meus autores predilectos, Murasaki Shikibu e Haruki Murakami): uma das minhas viajens de sonho é exactamente o Japão na Primavera - a mesma altura em que multidões rumam com o mesmo objectivo: apreciar este espectáculo maravilhoso.

 

 

Curisosamente, o Hanamiprática centenária de realizar um piquenique sob uma sakura ou ume (damasqueiro) em flor, começou por admirar inicialmente o ume, no Período Nara (710-794), e só mais tarde, no Período Heian (794-1185) é que as flores de cerejeira começaram a atrair multidões e  hanami se tornou sinónimo de sakura. Esta tradição, incialmente restrita à elite da Corte Imperial, em breve se alargou à sociedade samurai, estendo-se finalmente a toda a população no Período Edo (1603-1868) .

 

 

Palace Hanami Party by Chikanobu Yoshu

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Wikipedia

Post editado 

 

Literariamente desvirtuada. Ou não.

19
Jun13

É verdade. Estou a desvirtualizar-me literariamente. Já não obedeço meramente à paixão que tenho pelos autores clássicos e contemporâneos e cedo aos blockbusters literários do século. Sei como tudo começou. Conheço bem a sua génese e compreendo-a.

 

Por volta de 2008-2009, o burburinho em volta de A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo, era tremendo. Recordo-me perfeitamente de ter passado, ao de leve, os dedos pela capa. Mas não peguei nele. Andava a ler outros livros ou já distraída com a saga Twilight. Sim, sou fã incondicional de vampiros, e como tal, não poderia deixar de ter lido. Críticas e comparações à parte, Stephenie Meyer conquistou o seu lugar e ninguém lho tira tal como J.K. Rowlings conquistou o seu com Harry Potter. E ambas viram as suas histórias chegar ao cinema e ao sucesso da bilheteira.

Uns anos mais tarde - e eu fui confirmar no blogue a data em que o li pois sabia ter feito uma referência na altura - em 2010, o livro escolheu-me entre tantos outros e eu senti que aquele livro me escolhia. Sempre acreditei que os livros nos escolhem, já vos disse isto. E foi desta forma que o primeiro livro da trilogia Millenium veio comigo para casa. Se querem saber o resto, é só ler aqui

 

Depois veio Haruki Murakami. Não amasse eu a cultura nipónica. Não fosse ele japonês. E criou-se mais uma paixão. Comecei devagarinho com After dark - Os passageiros da noite, e logo depois com A sul da fronteira, a oeste do sol.  Depois veio o primeiro da trilogia 1Q84 (oferecido). Em busca do carneiro selvagem (também oferecido) e os dois últimos da trilogia. Tenho outros do autor em espera, numa readlist que não é anotada mas regista o que ainda quero ler. A paixão instalou-se, e não há mais nada a dizer. Só a ler.

 

And the plot thickens. Veio Game of Thrones, a série. Os livros já por aí andavam. Veio a vontade de os ler. Mas a minha consciência ditou que não, nem pensar. Se começas a ler A Game of Thrones, não terás tempo para mais nenhum (livro), disse-me ela. E eu, como boa menina que sou, acedi. Disse não aos quase dez livros de A Game of Thrones.

 

E pensais vós que a minha vida literária continuou sem problemas? É claro que não. Porque sabemos que há aqui um problema qualquer que já vos referi. A vida decorre, livros são lançados, filmes são estreados e belíssimas adaptações de clássicos são levadas ao cinema. Foi o caso de Anna Karenina e The Great Gatsby. Falo-vos aqui nos filmes, nos livros.

 

Vejo The Hunger Games. Gosto. Sei que é baseado num livro. Pesquiso. Descubro que vendeu um sem número de cópias, que foi traduzido em não sei quantas línguas, e que é, também ele parte de uma trilogia. Abismo. Quero. Tenho de ler. E assim sei que me perdi.