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E dás por ti a querer abraçar, a querer envolver toda aquela luz e toda aquela escuridão. A querer ter o poder de apagar toda aquela dor; uma dor que nem é tua. Mas que reconheces. E abraças. Num abraço que é tanto. Porque queres proteger. Queres proteger e nem sabes nem pensas porque o queres. Apenas sentes que queres. Queres mostrar que há portos de abrigo seguros. Que tu és um porto de abrigo seguro. E quando dás por ti, toda a tua luz tem um só sentido, uma só direcção.
Quando dás por ti, já abraçaste mesmo sem tocar. Abraças de uma forma que nem sabias ainda ser possível. Abraças. Envolves. És envolvida.
Quando dás por ti, saltaste para o meio da tormenta, uma tormenta que nem era tua, sem pensar duas vezes. Não há tempestade que te assuste. O mar picado, a chuva torrencial, os relâmpagos que riscam o céu. E tu, lá no meio.
E quando deste por ela, já tu eras toda doçura. E de cada vez que o teu coração pulsa, inunda-te de doçura uma e outra vez mais. E os teus lábios sorriem sem pedir permissão. E é algo que não consegues explicar. Algo que não tem explicação. Algo para o qual nem sabes se há explicação. Embora saibas que aconteça. Muito raramente. Mas acontece. E tu sabes disso.
[E este post estava em rascunho. Há mais de uma semana. Na incerteza de o publicar ou não. Mas as palavras servem para isto mesmo]