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Blue 258

Blue 258

...

Eu mando, e ele não obedece. O coração.

17
Out10

Escrevo apressada uma mensagem. Os dedos percorrem as teclas, na urgência de te falar. Escrevem a saudade. Desenham os contornos de um rosto que já delineou o meu. Espelham um olhar que marcou. Um sorriso que ficou. Na sua urgência, os dedos atropelam-se; são soldados em plena batalha. O passo marca o que aprenderam, o coração, o que almejam. E é nesta batalha, entre o coração e a razão, que prossigo.

 

O coração manda apressado, ordena sentimentos desenfreados como águas de um rio selvagem. Pontua margens nas quais me deito esperando por ti. O sol já vai alto. Mais umas horas e já se aduna na praia. Deixo que o crepúsculo espere comigo. Por ti... Por ti.

 

 

Este post autodestruir-se-à em 5 segundos

18
Ago10

Este blogue está a precisar de uma mudança nas linhas editoriais. Está. Já penso nisso há muito tempo. Já sinto essa necessidade há muito tempo. E a partir de agora, vamos estabelecer um código musical. Sim, musical. A partir de agora, sempre que eu quiser colo - sim, porque lá por não falar nisso, não quer dizer que já não queira, me lembre, apeteça ou precise -, aparecerá uma determinada música. De cada vez que eu estiver a pensar em ti, aparecerá outra música. De cada vez que eu sentir a tua falta, não o traduzirei por palavras, não. As palavras calaram-se de vez. É a ditadura que a razão impõe ao coração. E não tenho mais nada a dizer. Quer dizer, ter, até tenho, e muito, mas para quê, se tu não ouves?

 

 

Tu. Simplesmente tu. Eu. Nós, no tempo em que havia um nós. E aqueles quero-te, quero-te, quero-te. [...] Isto significa que voltei a reler... e a recordar. Recordo e o sentimento está todo cá. Guardado, preso, e o coração a querer rebentar pelas costuras. Quero-te, como te quero.

 

Caramel. Mel. Ponto rebuçado. Quero-te. Penso em ti. Na tua pele morena, no teu olhar doce, no teu beijo...

 

Acho que isto diz tudo. Ou quase tudo. E volto a sentir de novo a tua falta. E a querer-te. E a querer mimo e afundar-me no teu abraço.

 

Desgraça total. Quando for esta, o estado de espírito não é dos mais aconselhavéis. Aliás, não me recomendo minimamente.

 

 

A estória da tag "tu"

04
Jul10

Era uma vez uma tag que encerrava em si, pele, paixões e mel. Certo dia, deixa de ser usada, como que esquecida, deixada para trás num qualquer recanto obscuro da razão. Mas o coração, é ainda maior que a Torre do Tombo - guarda o que é invisível ao olho -  o que fazemos um esforço por esconder, por vezes, até de nós próprios. Erradamente, ironicamente, tresloucadamente. Esconder...

O que é nosso. O que é carne, veias e sangue palpitante. Palpitante, não. Corrente. Porque jorra destemido nos rápidos do coração. Palpita apenas quando em repouso forçado ditado pela Dra. Razão. Porque palpita mesmo que te mantenhas em silêncio. Palpita... o coração. E grita: tu, tu, tu. Tu.

 

 

P.S. E hoje, dói-me o coração. Não está partido, nem apertado. Dói-me.

 

Para que saibas

01
Jul10

Não é por me calar que não te quero ou deixei de te querer. Continuo a querer-te. E o querer não mudou. Apenas se metamorfoseou, emudecendo as palavras.

E quero-te da mesma forma ou de outra forma diferente perante as evidências. Mas o querer é o mesmo. O querer  que sinto no bater descompassado do coração quando leio o teu nome. O querer que apercebo pelo entontecer quando te vejo. O querer que me faz perder na doçura das tuas palavras quando as releio. Continuo a querer-te.

 

 

 

Me callo porque es más cómodo engañarse.

Me callo porque ha ganado la razón al corazón.

 

Descobri como calar o coração

30
Jun10

E como sou amiga, vou agora partilhar convosco. Pode ser que alguém se encontre na mesma situação, ou venha porventura a  precisar um dia mais tarde.

 

O coração, quer falar. Isso nós já sabemos, não é verdade? Pois é. Começa de mansinho e vai subindo de tom: ah, há algum tempo de não me deixas falar, não me deixas dizer nada, e eu quero dizer isto, e mais isto e aquilo. E como se não bastasse, insiste: e o que sentimos deve ser sempre partilhado, patati, patata.

A razão diz que não, e o coração, teimoso como é, insiste. Contra-ataque: a razão enumera todos os factos vísiveis e prementes. Constatações inabaláveis e realistas. O coração não tem como fugir perante tais argumentos, e remete-se ao silêncio. Pelo menos por uns tempos*.

 

*Umas horas, vá. Pelo menos deixa de nos chatear naquele momento.