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Blue 258

Blue 258

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Hoje

14
Set15

Um belíssimo fim de tarde, em que podíamos sentir a chuva na terra, nas folhas, no ar. Os frutos que ainda se escondem por entre uma folha e outra, provam que o verão esteve aí. O imenso céu a perder de vista, o horizonte que mergulha no mar... toda aquela luminosidade em campo aberto e a promessa do frio. Aquele frio que chega devagarinho e se vai enroscando em ti. Envolve-te devagarinho, baila nos teus pés, enlaça-te e beija-te no pescoço. E uma lareira a crepitar, mantas e écharpes assaltam-te o pensamento como se de recordações tratassem. E tu pensas em voltar porque são quase 8 e agora os dias escurecem mais cedo. O frio que começa a ganhar terreno aos poucos, convida-te ao aconchego de casa. E tu pensas no frio que está a voltar... e naquele abraço. Na saudade de um abraço.

Não me morras nunca

17
Out10

Dou por mim a pensar no tempo. No tempo que decorre e discorre intravenosamente, sem nos pedir licença, sem nos pedir perdão. Perdão pelos segundos, pelos minutos, pelas horas que nos rouba sem misericórdia, impiedoso, incontrolável, assassino a sangue-frio.

Perco-me na imagem desfocada que ainda guardo de ti. Fotografia corroída pelo tempo. Papel empedernido, desgastado pelas vezes sem conta que te voltei a segurar nas mãos, que te segurei junto do peito. Imagens, momentos, recordações. O teu olhar. O teu sorriso.  Os contornos do teu rosto. Temo a recordação que a ausência fará de ti.

Eis que o tempo se entranha no meu corpo. Debilita, como doença maldita que nos rouba a memória. De momentos, de quem fomos, de quem ainda somos. Discorro no tempo. Penso num mundo sem ti. Penso em mim, sem ti. Não encontrar mais esse sorriso. Esse olhar profundo que nos embriaga e desperta ao mesmo tempo. Não  me morras nunca.

 

 

"do they collide?"
I ask and you smile.
With my feet on the dash
The world doesn't matter.