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Blue 258

Blue 258

...

Do sábado

14
Nov10

Consegui deitar-me uma hora mais cedo do que na semana passada. Lembrei-me de ter dito que ia trocar o pôr-do-sol pelo nascer. Sabia que às nove tinha de me levantar. Levantei-me às dez menos vinte. Dormi três horas e vinte minutos. Olheiras deliciosas: cada vez mais gosto de mim. À tarde, trocam-se de novo mensagens. Um devagarinho delicioso. Sem pretensões. Amiga liga para sair à noite: veste-te e vou-te buscar. Quanto tempo demoras? À noite chove e venta como se fosse o fim do mundo. Sair assim à rua? Claro.

Amiga está impossível, mostra-se cada vez mais impossível, e eu com cada vez menos paciência. Vamos buscar o amigo da amiga, agora, também meu. O mesmo bar do Halloween. Mas hoje mando eu: kalashinkov's. Amigo alinha deliciosamenrte.

A noite é passada entre muita gente, música alta, fumo, álcool, e sussurros. Dos sussurros falarei mais tarde.

 

 

 

 

Alors on sort pour oublier tous les problèmes. Alors on danse…
Et la tu t'dis que c'est fini car pire que ça ce serait la mort.
Qu'en tu crois enfin que tu t'en sors quand y en a plus et ben y en a encore! Ecstasy dis problème les problèmes ou bien la musique. Ça t'prends les trips ca te prends la tête et puis tu prie pour que ça s'arrête. Mais c'est ton corps c’est pas le ciel alors tu t’bouche plus les oreilles. Et là tu cries encore plus fort et ca persiste...
Alors on chante. Lalalalalala, Lalalalalala,
Alors on chante. Lalalalalala, Lalalalalala
Alors on chante . Et puis seulement quand c’est fini, alors on danse.
Alors on danse. Et ben y en a encore.

 

Da sexta-feira

14
Nov10

Telemóvel calmo. Amiga que se corta: estou tão cansada, mas tão cansada que hoje não conto sair. E eu a pensar, hoje, logo hoje... tinha de ser hoje. E aparentemente resolvo: bom, aproveito para arrumar as minhas coisas e descansar. Aparentemente, porque me conheço bem.

Continuo a querer sair. Mensagem recebida. Mensagens trocadas devagarinho. Um devagarinho delicioso. Saída combinada. O sítio que eu não queria mas acedi. E tudo tem uma razão de ser. Tem.

 

 

Sexta-feira,

07
Nov10

O meu telemóvel parecia uma central telefónica. Como é possível que uma simples saída possa implicar tanta logística?

 

Saiu-se. Bebeu-se. Fumou-se. Bebeu-se mais um bocado. Fumou-se ainda mais. Conversou-se até altas horas da madrugada. Ouviu-se Placebo, Massive Attack, Portishead. Boa música, portanto.

 

Girl talk

23
Out10

Pela quarta ou quinta vez consecutiva ao telefone, e mesmo depois de eu ter passado em casa dela ao final do dia, e de já se ter falado no assunto. Se eu não nos conhecesse tão bem...

 

— Que fazes? Estás aborrecida?

— Eu? Não, estou aqui a ouvir música (era John Mayer).

— Ah... pensei que fosses sair.

— Hum, não, por acaso não. Estou cansada. Também estou doente e assim... Mas não vou sair porque muito sinceramente não tenho disposição. Se a tivesse, pegava no carro e saía.

— É como eu. Também não vou sair, estou de todo com esta alergia, e também estou cansada...

— Então fazes bem em descansar. Vá, vai lá. Eu vou pôr a música mais alto e deixar-me estar por aqui...

— Está bem, falamos depois.

— Pronto, falamos depois.

— Beijinho.

— Beijinhos.

 

(nem dois minutos volvidos - que dois minutos, dois segundos, toca o telemóvel mais uma vez)

 

— Diz...

— Oh, vamos sair! Não podemos ficar em casa feitas velhas! E é sexta-feira à noite! Logo numa sexta-feira!

(eu a querer dizer logo que sim, mas a pensar vá-se lá saber em quê, e ela insiste)

— Vamos Raquelinha, vamos beber um copo, um, só um, e vimos cedo.

— Ok, vamos então. Mas não é para demorar muito.

 

E eu adoro estas alturas em que se diz: é só um copo, vimos cedo, não vamos demorar. Adoro. Porque geralmente, acaba por não ser um só copo, as horas parecem correr, nós parecemos não nos importar, e o cedo faz-se um não tão cedo assim, e o demorar pouco transforma-se naquele, ficava mais, a música está boa, mas já estou no ponto para me atirar para a cama e adormecer em menos de 30 segundos.