Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blue 258

Blue 258

...

Eu não sei quem trago comigo (quer dizer, lá no fundo, até sei - sabe o coração, que é parvo)

09
Nov10

 

Eu fui devagarinho, com medo de falhar, não fosse esse o caminho certo, para te encontrar. Fui descobrindo devagar... cada sorriso teu. Fui aprendendo a procurar, por entre sonhos meus. Eu fui assim chegando, sem entender porquê. Já foram tantas vezes tantas... Assim como esta vez. Mas é mais fundo o teu olhar, mais do que eu sei dizer. É um abrigo pra voltar ou um mar pra me perder.

 

Lá fora o vento nem sempre sabe a liberdade. A gente finge mas sabe que não é verdade. Foge ao vazio enquanto brinda, dança e salta. Eu trago-te comigo... e sinto tanto, tanto a tua falta.

 

Eu fui entrando pouco a pouco. Abria a porta e vi que havia lume aceso e um lugar pra mim. Quase me assusta descobrir que foi este sabor que a vida inteira procurei,  entre a paixão e a dor.

 

Lá fora o vento nem sempre sabe a liberdade. Gente perdida balança entre o sonho e a verdade, foge ao vazio, enquanto brinda, dança e salta. Eu trago-te comigo... E sinto tanto, tanto a tua falta.

 

 

 

P.S. A minha menina dos abraços tem uma pontaria...

...

21
Jul10

Apago a luz. Pode ser que deixe de te ver. Páro de escrever. Pode ser que deixe de te ler. Aprisionas-me os sonhos, escravizas-me as palavras.

 

Matas-me. Destilas veneno no meu sangue. Sinto o sabor na boca, e agora vejo que és como os outros. Matas-me. Se não em mim, para os demais. E isso é matar-me da mesma forma.

 

Silleda, 12 de Junho

#22 Sob as estrelas

07
Dez09

 

Ambos ardemos neste fogo que nos consome. Este fogo que deflagrou quando o teu corpo tocou no meu. Este fogo que pede mais... e que nos consumirá até nada restar de nós.

 

Quentes, sufocados no calor do nosso beijo, presos pela doçura do nosso abraço.  Queremos ver-nos livres das roupas que ainda nos prendem... que ainda nos detêm. Queremos espaço, queremos liberdade, queremos ter-nos... sim... eu quero ter-te... tanto como tu mostras querer-me a mim.

Perco-me na tua pele morena... delicio-me com o teu perfume... com o cheiro da tua pele... com o teu sabor... Colo os meus lábios aos teus... Derreto-me na doçura da tua boca... sinto os teus lábios doces que agora percorrem demoradamente o meu pescoço, os meus ombros, o meu peito... iniciando depois a viagem de regresso... partindo do peito... deslizando pelos ombros... até ao pescoço... e voltando... a colar-se aos meus.... em mais um beijo avassalador.

A nossa pele suada,  o teu perfume que se envolve com o meu... o teu sabor... o meu sabor... o nosso sabor. A tempestade agora confinada ao ensejo dos nossos corpos em se possuírem.

A acalmia paira lá fora. Fortes gotas de condensação deslizam através do vidro. São marcadores da tórrida paixão a que nos entregamos. Aquela que nos consome... aos poucos... e cada vez mais.

Apenas o ar frio da noite... poderá acalmar o calor dos nossos corpos... tonificar os nossos sentidos... e deixar-nos então mergulhar conscientemente na doce loucura que nos envolve.

 

Façamos do areal o nosso leito. Façamos inveja às estrelas... incapazes de arder como nós. Saciemos a tua sede... e a minha fome... de ti... da mesma forma. A única possível. Sob estas estrelas que brilham...