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Blue 258

Blue 258

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#53 ...

16
Out13

 

 

A casa.  Prática e funcional. Sólida. Elegante e despretensiosa. Um espaço encerrado nas memórias agora habitado pelo som do mar que invade a sala, o vento que percorre as traves de madeira, a luz que ainda ousa reluzir os tons vibrantes e a música que ecoa em cada pedra.  

 

Uma casa, uma história de peles. Escrita na pele pela sede, uma sede que  nunca se saciou, que se sacia a cada dia, que sorve o amanhã.

Uma história de reticencias, faladas, escritas, sentidas, nunca explicadas. Porque há coisas que simplesmente não se explicam.

 

Long days, short nights. Heart rate, sky high. Time flies. Come to me, you know what to do. You say the things that i wanted to hear. But i'm not sure if you are what i need...

Long days, short nights. Heart rate, sky high. Time flies. Can you hear that sound... It's the sound of my heart and it's beating just for you.                                    Hope you feel it too.

 

Uma casa agora vazia. Faltas tu, falto eu. Falta a minha pele na tua. Peles que se tocam, que se falam, que se adivinham a cada gesto. Agora resta o vazio.  A espera. O relógio conta os segundos. Os minutos. E a cada hora os dias tornam-se mais longos. O coração bate compassado com a cadência do mar e é dessa forma (apenas dessa forma) que ainda (sobre)vive. Porque o mar não morre. O mar não morre nunca!

Uma casa visitada por almas errantes que apenas saciam a sede, a sua própria sede, uma sede que se agarra às memórias como os moluscos se agarram às rochas negras. Que se entranha na pele. 

 

Aquela casa na praia, aquela, sem vizinhos por perto... 

 

 

#42 Have me in your arms

23
Jun10

I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck, my fingers laced to crown.

I was a heavy heart to carry, my feet dragged across the ground... and he took me to the river, where he slowly let me drown.

My love has concrete feet. My love's an iron ball. Wrapped around your ankles... over the waterfall.

 

 

 

Cala-me. De paixão. Atordoa-me. De querer. Sufoca-me. De desejo. Mata-me. De prazer. Morde-me o pescoço, os ombros. Marca-me a pele. Tolda-me o espírito. Acorrenta-me. Prende-me com a paixão. A ti, a ti, a ti.

Encaixada, enlaçada. Presa, perdida. Os meus braços, no teu pescoço.  Os teus, sustentam o peso do meu corpo. A minha boca, na tua pele. A tua, desvairada, morde, beija e marca. As minhas pernas envolvem-te pela cintura. As tuas, encaminham-nos para o mar.

 

Corpos entrelaçados sob um manto escuro, sobre uma cama molhada. E a água fria beija-nos a pele. Arrepia a exultação dos corpos na água. A animação do teu... no meu. E do meu, do meu, do meu...

Abraço. Arranho. Beijo. Mordo.  Sacio a fome. A fome... Mitigo a sede. A sede... Do teu corpo. Da tua boca. De ti.

Solto o teu pescoço. Deito as costas no mar. Pairo sobre a água. Agarro o céu.  As tuas mãos comandam sucessivas invasões. Fortes e destemidas.

Abrandas o ritmo. Avanças... e eu deliro. Recuas... e eu espero, insaciável.

A cadência das estrelas. O compasso do mar.  O balanço dos corpos. O batimento do coração. A força  maior que rege o universo.

E eu sou tua. E tu, meu. E eu recebo-te, todo. Em mim, em mim, em mim.

 

 

This will be my last confession... I love you never felt like any blessing. Whispering like it's a secret, only to condemn the one who hears it with a heavy heart. I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down. My arms around his neck. My fingers laced to crown.

 

I was a heavy heart to carry
But he never let me down
When he had me in his arms
My feet never touched the ground

 


Sede de luar

23
Jun10

A noite cai e doce se aduna o luar.

E eu ainda te bebo, beijo e  mordo. Bebo-te.

Uma sede que não tem fim, que se alimenta de si própria.

 

 

Sede de te beber, beijar a tua pele morena, inebriar-me no teu perfume.

Sede de me abandonar ao teu abraço e esquecer-me de mim.

Sede de momentos perdidos no tempo. Sem hora, sem lugar.

Sede de luar. E de pele. Da tua. Sede de ti.

 

 

#40 Quero-te. Já. Agora. (bolinha vermelha, mas pequenina... pequenina)

03
Jun10

 

 

 

Os meus lábios perdem-se nos teus. As nossas bocas envolvem-se na saliva doce. O meu corpo  balança de encontro ao teu. Descubro a tua pele... e saboreio-te. Beijo-te, mordo-te, quero-te todo neste beijo. Quero-te. Já. Agora. Quero-te!

 

I can hardly wait

 

As minhas mãos perdem-se no teu corpo. As tuas não largam o meu. E a tua boca beija a minha sem pudor, marca-me o pescoço e morde-me os ombros. E eu gemo e deliro. E balanço o meu corpo de encontro ao teu.

As  minhas mãos percorrem a tua pele ávidas de desejo. E eu quero-te. Já. Agora. Quero-te. E é este mesmo desejo que não nos deixa chegar a casa... aquela, na praia, sem vizinhos por perto.

 

It's been so long
I've lost my taste
Say angel come
Say lick my face
Let fall your dreams
I'll play the part
I'll open this mouth wide
Eat your heart

 

I can hardly wait

 

Unes os nossos corpos num abraço apertado. Nem o desejo permites respirar. A boca, ofegante, morde-te a orelha:  Tenho fome de ti. Quero-te. Já. Agora.

Deliras com a certeza do meu querer. O teu corpo quer o meu e sem demora. Num rompante, fazes da duna, sofá. E já eu liberto o teu corpo da camisa. Arranho-te as costas. Mordo-te os ombros. Beijo-te a morder. É a fome deste querer. De te querer. E eu quero-te. Como te quero!


Lips cracked, dry
Toungue blue burst
Say angel come
Say lick my thirst
It's been so long
I've lost my taste
Here Romeo
Make my world as great

 

Prevejo o meu corpo na areia fria. Deliro ao sentir as tuas mãos no meu corpo quente. A tua boca, na minha. O teu beijo, no meu. E eu bebo despudoradamente o teu sabor. E a sede da minha pele quer engolir a tua. Tenho sede...  sede de ti.

E deixo-me perder no teu beijo molhado. Deixo a saliva marcar-te de desejo. Saboreio o teu na minha pele. As minhas pernas enlaçam-te pela cintura. Prendem-te contra mim. A minha boca não deixa a tua. As minhas mãos saciam-se da vontade do teu corpo. Fome. Sede. Fome. Sede. Fome... e sede.

Capturados num abraço de querer. Um abraço que é desejo. Mordo-te. Beijo-te. Deliro. Gemo. Quero. Quero-te. Já. Agora. Aqui.

 

 

 


#36 All that is thirst

26
Abr10

 

A casa na praia, aquela, sem vizinhos por perto, é a única testemunha do prazer a que nos entregamos esta noite. A areia marca o caminho que percorremos, onde nos demoramos. Da praia a casa. No alpendre, no sofá, na cama.

A revolução dos lençóis regista as batalhas que travamos, a guerra a que cedemos. O teu cheiro inconfundível impregnado cada vez mais no meu... a vitória do querer.

 

Entranho-me cada vez mais em ti. Deixo o meu cheiro na tua pele, como ambos o deixamos nos lençóis. E o teu cheiro marca-me a pele nua, toma posse dela... e eu rendo-me... rendo-me... como me rendo! Rendo-me de cada vez que as tuas mãos se insinuam... deixo que a minha pele seja tua, que o meu corpo se entregue sem limites, sem condições, sem hora nem lugar... porque sou tua... tua. Apenas isso. Apenas eu. Apenas tua.

 

Nas pontas dos pés, enlaço-te pelo pescoço, e se quero falar, apenas os meus olhos se pronunciam, mergulhados no profundo castanho dos teus. O que te dizem, apenas os teus o poderão saber, quando neles se reflectirem os meus. Janela entreaberta, a luminosidade parece despertar o quarto, o marulhar parece cadenciar o nosso movimento, a água do banho  parece chamar por nós. Tu e eu, abraçados, já de pé, corpos colados e bocas que se fundiram num só beijo... inolvidável... e que é o nosso.

 

Sweet
Must be the new road for water, for water
Hands
Can't even hold a thing
The air tastes useless

Oooh, can't get enough of this
All that is thirst
All that is thirst

 

 

A água corre na tua pele... e eu bebo dela. Porque tudo é sede. Sede da tua pele, do teu perfume, do teu cheiro. E eu bebo da tua pele, bebo para saciar esta sede infindável. E apenas a água e a minha pele tocam a tua.

E debaixo da água que nos corre agora pelo corpo, beijo insaciável o teu corpo.  Beijo-te o peito, os braços, os ombros, o pescoço... perco-me no pescoço... Procuro mitigar uma sede que não tem fim. Bebo da tua pele e a sede aumenta. E lanço-me na tua boca... sede, sede, sede... quanta sede!

 

Os corpos bailam ao som da música. As peles nuas vibram, tocam-se, querem-se.

As tuas mãos tomam posse do meu corpo mais uma vez... e eu tremo, tremo... e a minha boca não larga a tua... e eu bebo, bebo... toda a tua doçura.

 

 

#35 Sede de querer

24
Abr10

 

 

Deitados num leito de mel, envoltos num manto branco de plumas: o mundo parece resumir-se a esta cama de  madeira maciça, de linhas direitas e imponentes.  A este quarto dominado pelos tons terra e da natureza: o castanho da madeira, o verde das flores frescas. Ao mel que nos une, à reflexão da luz no vidro, à sua refracção na água. Ao vento que embala os tecidos que vestem o quarto. Aos corpos despidos.  À pele nua.  A ti. A mim. A nós.

 

Air stands still
And I can't move
Time has stopped
At one look through
Colours fade the walls out loud

 

O teu braço esquerdo que me abraça, que me cerra contra ti. Eu, encaixada, e virada para ti. A cabeça pousada no teu braço, as minhas pernas entrelaçadas nas tuas. Beijo-te a parte interna do ombro. Cada saliência, cada depressão. Beijo com os lábios, com a respiração quente e doce. Numa trajectória descendente,  percorro vagarosamente cada espaço entre as tuas costelas, até à anca. Beijo, envolvo a pele com os lábios, brinco com a língua. E assim me deixo estar, até que um de nós adormeça.

 

Something inside me says
I am still waiting for the hurricane
And where is the missing piece?
You.. you have taken it
And a part of me

 

Dormes. Encosto a respiração à tua pele. Acaricio ao de leve os teus lábios.  O teu rosto. Vagueio pelo pescoço, pelos ombros... sigo a linha das tuas costas... com a  língua. Serpenteio, beijo-te a pele, cubro-a de pequenos e leve beijos. Assimilo o teu perfume. O teu cheiro. O aroma do tabaco na pele. Tudo, em ti, é delicioso... tudo.

 

Downstairs scares me
Outside sounds like ghosts are
quietly playing vibes
Days in shape of hide me, please

 

 

Faço-te arrepiar... Acordo-te. Em resposta, esse olhar profundo que lanças em busca do meu. Como brilham esses olhos castanhos... como brilham!  O teu sorriso malandro, que reconhece a minha provocação. A tua pele nua, que apenas quer respirar a minha. O teu corpo, que já pede  o meu. O teu cheiro, que apenas se quer entranhar no meu... como eu me entranho no teu.

Lanças os lençóis ao ar, e num rompante, o teu corpo na procura do meu,  a tua boca na minha e nós enlaçados num abraço cheio de querer. Querer... oh querer! Este querer que nos arrasa a pele, este querer que nos reduz à avidez com que as nossas bocas matam a sede. Este querer que se reduz a esta sede. Uma sede de querer. De te querer... a ti.

 


Home has the echo as a friend
So I leave the bed unmade
All day


#21 Menina... Mulher

06
Dez09

 

Rosa pueril nas unhas. Gloss de morango nos lábios.. Olhar doce... Menina.

As mãos que percorrem o teu corpo... desejosas por te ter. Lábios quentes, pulsantes de desejo, ávidos pelos teus. Corpo serpenteante. Mulher.

 

Não falo. Agora são os teus lábios que parecem não descolar dos meus. Respiração ofegante... entrecortada pela sede que sentimos...sim... sede... essa sede... esta sede...

Os teus olhos querem percorrer o meu corpo... querem ver-me... como que pela primeira vez. Lutam com as tuas mãos pela atenção... também elas... me querem sentir... Unes a tua língua com a minha numa dança... tão doce dança...

Os meus olhos perdem-se nos teus... e eu... perco-me... como me perco... o meu corpo de encontro ao teu... perdi-me... estou perdida... por ti...

Sento-me no teu colo. Balanço... quero encaixar o meu corpo no teu... quero beijar-te... delinear o teu pescoço... os ombros... mais uma... e outra vez... mas não... não o permites... agora és tu...

As tuas mãos deslizam pelo meu pescoço... pelos meus ombros... entrelaças os dedos no meu cabelo... e as tuas mãos seguram-me agora a cabeça... provas o meu pescoço... sugas insaciavelmente o mel que parece correr-me nas veias... mordes... e bebes o mel que escorre pela  minha pele... bebes... e como bebes... quanta sede!

A língua... a tua língua... a boca... a tua boca... deslizas agora pelo meu peito... não tenho palavras... apenas um querer... um sentir... pões-me ao rubro... 

Mordo os lábios... deixo o meu corpo contorcer-se sobre o teu... ainda com roupa... ainda... ainda! Deixo o controle escapar... e mordo agora os teus lábios... quero-te... como te quero!

 

A forma como te peço mais... como quero mais... menina?... mulher?