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Blue 258

Blue 258

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11
Out10

Dou por mim a voltar. Àquele sentimento. Àquele momento. Àquele lugar. Volto. Ao mesmo sentimento, ao mesmo momento, ao mesmo lugar.

 

 

Aliás, venho agora de lá.

 

 

 

 

 

There'll be no one unless that someone is you
I intend to be independently blue

Say, I want your love, don't wanna borrow
Have it today to give back tomorrow
Your love is my love
There's no love for nobody else

 


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12
Set10

E depois, há blogues assim, como o anterior, que encontro sem saber bem como, e que me prendem e apaixonam. Chamou-me a atenção o título - Tardes de chuva e chocolate - por ser o de um livro que li recentemente. Soube-me conquistada no momento em que li o excerto de um poema de Fernando Pessoa:

 

Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece…


Entrei, pretendia abrir a porta, e espreitar devagarinho, mas quando dei por ela, já estava lá dentro, sentada, maravilhada. Sentia-me em casa, ou numa casa que me fazia lembrar a minha. Sentia-me em casa. Reconhecia o cheiro, o padrão das cortinas, a cor da colcha. Depois envolveu-me o cheirinho do chocolate quente, e deixei-me embalar pela chuva que caía lá fora e entreguei-me ao sentimento que conheço tão bem. A este. A ti.

 

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22
Mai10

«As melhores conversas são aquelas que fluem do nada para o tudo, que se desenrolam com a ânsia da descoberta de um conjunto de similaridades entre nós e o outro, que nos roubam palavras, que nos completam frases, que nos fazem dizer um "compreendo" ou um "isso faz todo o sentido para mim". As boas conversas vivem do imprevisto e do não programado. Não têm parágrafos e terminam sempre com reticências... (...) Acontecem aqui e ali, entrecortadas por muitos sorrisos espontâneos, por vezes tímidos, escondidos pela nossa fortaleza pessoal.

 

Acredito no poder da palavra e nas palavras que curam. Exorcizamos males, exteriorizamos sentimentos, ou simplesmente deixámo-nos levar ao sabor da corrente de palavras. Não temos tempo, não temos limites, não temos medos reprimidos, não temos barreiras. São palavras que nos saltam da alma no momento certo, com a pessoa certa e que não voltam mais a saltar, a não ser para nós próprios. São sentimentos que ganham forma nas palavras e que criam um elo eterno com a pessoa com que as partilhamos. Hoje ou no passado e para sempre. As palavras foram ditas. O elo permanece. Porque aquela parcela de inexplicável que une as pessoas em algum momento da nossa existência, é sempre eterna.»

 

in 1001 pequenos nadas

 

Ler texto na íntegra aqui.

 

 

 

Sentimento pintado

20
Abr10

Ocorre-me esta denominação - sentimento pintado - penso-a, sinto-a. Se o que foi escrito pode ter uma duplicidade de sentido, pode, e ouso até dizer que a tem. Ao ler, senti as cores das palavras, reconheci um sentimento que partilho,  que é meu também, que faz parte de mim. Sempre fez.

Separa-nos a distância, centenas de quilómetros, de Viana do Castelo a Albufeira. Une-nos o amor ao mar. Um amor, uma forma de estar,  e até uma forma de ser e de pensar, junto ao mar. Não o escrevi eu, e no entanto, consigo rever-me em cada palavra. Em cada uma.

 

 

«Fecho os sorrisos num livro, pequenos contos, histórias de fadas, de falas, de farsas, acordadas entre suspiros de primavera.

Sento-me, sinto-me e olho o horizonte a espera de uma qualquer revelação, uma qualquer verdade empírica.

A praia está vazia, pintada de amarelos torrados, verdes secos, céu e mar em cinzas desconcertantes. Espumas.

Um vazio. Esse vazio! O mesmo vazio que é irmão daqueles silencio ensurdecedores que nos deixam à beira da loucura.

São estas bermas. Estes barulhos que me fizeram uma falta imensa. A falta e a saudade que só quem nasce perto do mar jamais irá perceber.

No melhor dia do ano. No pior dia do ano.

Não fico muito tempo. Fico o tempo suficiente para me certificar que a ordem natural das coisas se manteve. Sempre se mantém.

Até ao dia.»

 

Vera Inácio, in Gata Preta

 

 

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06
Abr10

São poucos os blogues que me tocam no mais profundo do meu ser. São raríssimos aqueles e aquelas cuja escrita faz tilintar quem sou, quem fui, tudo o que faz parte de mim. Conto pelos dedos de uma mão quem consegue colocar tal sentimento nas palavras que me deixa os olhos a brilhar. E mais não digo. Tenho o direito de guardar coisas só para mim. Pode ser que um dia vos conte. Pode ser que um dia vos mostre.

 

 

Blogues em destaque

15
Jan10

Uma das formas de aumentar a lista ali ao lado, é precisamente um passeio pelos blogues em destaque do Sapo. Por vezes, encontramos pessoas que pela sua escrita nos envolvem e cativam, e fazem desse blogue, um blogue a seguir.

O anónimo, é um exemplo disso mesmo. E este parágrafo, é um exemplo de como o sentimento das palavras de outrem, parece levantar o véu do nosso próprio coração.

 

 

 

Talvez mais tarde

 

 

Ao ouvir, ao telefone, a tua voz em tom de desalento, assim, inesperada, apeteceu-me ir buscar o carro e correr até ti, levar-te o ombro e o colo onde pudesses despojar o teu mal estar. Sei que te custa reconhecer cansaços, mesmo quando a dois, em remanso, tu que tão pouco gostas de mostrar vulnerabilidades, mesmo quando elas não são vulnerabilidades, apenas cansaços, essas fraquezas que todos temos, ainda que ostentemos o ar forte dos guerreiros. Não posso ir e tu não podes ter-me, agora, pelo menos. Talvez mais tarde. Talvez ainda a tempo de um afago que revigore, que te suavize o rosto e te faça soltar um sorriso - esse sorriso que me abre o coração.

 

Por J.M. Coutinho Ribeiro

 

 

Pastas

14
Out09

 

Deduzo que esteja fortemente imbuído na minha personalidade a necessidade de organização. Não me refiro apenas à organização das gavetas, dos roupeiros, das estantes. Refiro-me à organização dos meus sentimentos. Daquilo que quero. Daquilo que penso querer.

Tento fazê-lo mentalmente - ter tudo arquivado em pastas - umas colocadas estrategicamente para facilitar o acesso posterior, e outras, estrategicamente colocadas mais ao fundo, para dificultar o acesso propositadamente. Tenho vindo a sentir essa necessidade com o blogue... já há algum tempo.

Precisava que o blogue estivesse dividido, também ele, em pastas. Uma para o dia, para o que desejo partilhar com  todos, uma para as coisas mais negras, outra para as coisas mais divertidas, porque não?

Mas a pasta que me tem vindo a fazer falta, é aquela para guardar as coisas que me surgem quando estou só eu. Quando tudo parece mais calmo, quando o mundo - ou parte dele - parece dormir, e me encontro, eu, só eu, com a música e os meus pensamentos.

Não me digam para criar mais um blogue - isso não - e isto é algo que pertence aqui... faz parte da Blue. Pertence aqui. Poderei dizer-vos que são coisas encontradas por aí, e são, são coisas que encontrei, e que, de alguma forma, me encontraram a mim. Só não quero que me julguem. Tento ser correcta. Tento agir da forma correcta. Mas por vezes... há coisas mais fortes. Coisas que se mostram fora do nosso controlo. Mas sinto essa necessidade. Tenho vindo a sentir essa necessidade. E vou fazê-lo, vou criar essa pasta.

Hoje, não. Amanhã. E, só espero que o amanhã chegue depressa.

 

Sentimentos

25
Abr09

 

Quando um turbilhão enfurecido se apossa dos nossos sentimentos, o resultado poderia até ser uma imagem bem engraçada - só que nestas fases de revolução interior, parece não se conseguir falar, escrever e inclusive descrever. Parecem faltar-nos as palavras. Na ausência delas -  servem-nos as palavras dos outros: os poemas, a prosa; as imagens, que dizem valer por mil palavras, e a música, que parece querer dizer o que nós não conseguimos ou nos sentimos incapazes de expressar de outra forma. Por ter visitado o blogue da maggie, e lá ter encontrado o mesmo género de  sentimentos, por ter encontrado palavras que poderiam ser minhas - vai daí encontrei esta música, música que me tem vindo a perseguir neste últimos dias, e decidi colocá-la aqui também -  parece "falar" o que eu quero ouvir... e o que quero dizer, mas não consigo.

 

 

 

 

 

  

I choose to hide
But I look for you all the time

I choose to run
But I'm begging for you to come
I wanna break
But I know that you can take
I stay a while
To be sure that you're by my side
Oh, oh

Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care

I choose to find
Things that you left behind
I choose to stare
But I can take you anywhere
I wanna stay
But my soul leaves you anyway
Can close the door
And love, could you give me more

Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care

Choose love, choose love, love
Choose love, choose love, oh

Don't wanna hear, I wanna fight
'Cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time
Asking where do I belong
So let me know your love is real
'Cause this time you won't control
Tell me please, what do you feel
Do I have to save your soul