Nesta manhã cinzenta com parte do refrão de uma música a tocar em loop no ouvido. Não sei com o que sonhei esta noite, mas não tenho qualquer dúvida que a música fazia parte da banda sonora. Tem sido uma luta para tentar descobrir a música e acabei a pensar que devia existir alguém especializado nestas coisas: um site, uma página, um  blog, o que quer que fosse para onde pudéssemos enviar as nossas dúvidas. Idiota, eu sei. Mas seguindo esta linha de idiotice, eu diria: parece-me ser um duo - uma cantora e um cantor - e parte da letra do refrão insiste em que é "too long" (tempo demais). 

Idiotices à parte, tenho tentado pensar nos episódios que vi ontem e onde poderia ter ouvido a música - encontrar a banda sonora de um episódio é simples porque lá está, existem sites próprios; basta-nos perguntar: qual era a música no final do episódio? Mas como vou eu perguntar "qual era música do meu sonho?"

Tenho pensado também nos álbuns que ouvi ontem. Não vai ser fácil. Entretanto, vou esbarrando com músicas que não têm nada a ver e que me fazem perder o refrão daquela com que sonhei. Ao espreitar o último episódio de Criminal Minds, dedico-me a procurar a música do final desse episódio. Quase a desistir, faço a última tentativa no tunefind apesar do episódio ser relativamente recente. Aqui está ela:

Esta também vale a pena ouvir. A música do sonho, essa, esperemos que a volte a ouvir esta noite e que consiga registar algo mais do que apenas "too long".

«Chegou a casa naquele dia estafada, mas ainda assim queria ler um pouco aquela obra de Victor Hugo. Não precisou de muito tempo para encontrar o papel com o contacto do jovem da biblioteca. Deu uma pequena risada, aquela atitude era digna daqueles romances típicos. Mas depois voltou à realidade, por momentos ficou sem saber o que fazer, sempre tinha tido medo de assumir o papel principal na sua vida. Daquela vez ia ser diferente, tinha chegado a altura de apostar no desconhecido.»

Miguel Alexandre Pereira

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Viro e reviro. Volto a virar. Fico presa nos lençóis. Solto-me. Sinto calor. Descubro-me. Sinto frio. Acaba a bateria do mp4. Viro-me. Volto a virar-me. Sempre sem parar até finalmente conseguir adormecer.

E eu acho que esta noite sonhei com o Jude. É verdade, já andava com saudades dele. Mas aparecer-me assim, nos sonhos, sem avisar, não está com nada. Estava tudo muito enevoado, embora conseguisse reconhecer-lhe perfeitamente o sorriso malandro e aquele olhar delicioso.

Para a próxima, Jude, ficas avisado: prepara-me um jantar à luz de velas. Num jardim romântico. Com um belo de um vinho cor de sangue. Pelo menos isso. Não se assaltam assim os sonhos sem mais nem menos. Há que ser cavalheiro.