Quando vi o trailer - bum! - soube naquele momento que tinha de ver o filme.
Visto o filme, e apesar de ter gostado, ficou aquém das minhas expectativas. O tal aperitivo, de que já vos falei. Não se pode dizer que seja um grande filme, mas é um bom filme - vejam o sucesso nas bilheteiras - por alguma coisa isso tem de valer, não?
Quanto a mim, perdeu muito com a adaptação - como perdem todos, certo? Inevitável.
No entanto, não posso deixar de referir certos aspectos que, quanto a mim, poderiam ter sido mais bem conseguidos.
1. A infindável quantidade de tempo que Edward Cullen - para quem não sabe, o vampiro protagonista que se apaixona pela humana - e Bella - a humana que se apaixona pela vampiro, claro está; pelo menos o amor é correspondido, vá lá, já basta a questão vampiro/humana - empatam, sim empatam, o primeiro beijo.
Minha nossa! Eu pelo menos destaco 3 excelentes momentos no filme para a cena do beijo - antes do dito ter acontecido - cheguei a um ponto de pensar: anda, vamos, vá lá, é agora. Mas não, o filme já estava feito - as minhas vontades não surtem qualquer efeito.
Para minha surpresa e vísivel agrado - sim, visto que aproveitei as horas de espera que me aguardavam na terça-feira no Porto para dar início à leitura, e naquela enorme sala de espera não me coíbi de sorrir e até efusivamente, para espanto de uma senhora que lá estava, e não conseguia tirar os olhos de mim (também queria) - o livro, neste aspecto, é bem melhor. Beijam-se mais prontamente do que na tela do cinema, e mais frequente, para meu regozijo.
2. Este vem no seguimento do anterior: jovens, apaixonados, e no entanto, pouco se tocam, agarram, e beijam. Ok. - convenhamos, se há coisa que se faz, quando se é jovem e está apaixonado - como no caso dos protagonistas - é verbalizar essa paixão em abraços e beijos aqui, ali e acolá. Bons tempos.
Novamente, o livro supera. Agarram-se mais, tocam-se mais vezes - ele agarra-a pela cintura, emoldura-lhe o rosto com ambas as mãos; em suma, é bem mais activo do que no filme. Assim, sim.
3. Considerando o enredo do filme, não pude deixar de pensar que faltava um pouco mais de acção - lutas e coisas assim, ok? Mentes pecaminosas. No livro, este aspecto é bem mais conseguido. Só lendo.
Se bem que o filme respeita aspectos, atrevo-me a dizer fulcrais da escrita da autora, outros há que omite - claro, se assim não fosse, teríamos um filme de 4 horas - e quanto a mim, poderiam ter ajudado o argumento (achei-o um pouco fraquinho, pronto). Também notei que a sequência de alguns acontecimentos havia sido trocada - o que se torna indiferente, no final.
A vantagem de ver o filme primeiro, é a de podermos atribuir às personagens um rosto, e usarmos as cenas já vistas como se de uma história se tratasse, uma história que alguém nos havia contado, e que agora, ao ler o livro, podemos descobrir, como tudo se passou exactamente - e com detalhe.
Deixo-vos o meu conselho: vejam o filme. E leiam o livro.
P.S. E com este, já são 3 posts sobre o Twilight.