Isto não é engraçado, é hilariante
Eu não bato bem da bola. Não. Asseguro-vos isso com todas as forças do meu ser. Estão seguros disso? Espero bem que sim. Vou contar-vos a história, não é uma história, mas a história. Segunda-feira, calor insuportável, tesão mode on, e quase que se sufoca aqui dentro. Sai-se, resgatada pelos amigos que me salvaram de sei lá eu do quê, mas provavelmente de nada simpático. Sai-se. Já disse, eu sei. Sai-se. Porra, outra vez. Esta porra engasgou. Encravou seria mais correcto, não? Bem, adiante. Ontem saí, bebi, bebi e bebi (desta vez foi propositado, mas podia não ter dito nada e assim ficavam todos a pensar que tinha encravado outra vez), bem, onde ia eu? Ah, saí. Não, essa já tinha dito. Bebi, sim, era isso.
Volta-se para casa de madrugada, e não sei porque cargas de água (que não foi o que se bebeu) mas cabe-me sempre a mim conduzir, vá-se lá saber porquê. Mas pronto, deixo-me em casa - vieram-me buscar se bem se lembram, e vinha eu a conduzir - ainda se debatem ao portão sobre o local onde passar a seguir, e na tentativa vã de me convencer a continuar caminho. E... agora perdi-me eu. Ah! Entro, vou mas é dormir que os olhinhos já pesavam, levanto-me então hoje (até aqui nada fora do vulgar) e pronto, o dia deu essencialmente para aquela moleza e depré (sim, depré, tem muita mais piada) pós noite extremamente alcoólica, vulgo ressaca. Ora como diz o meu caro R., se no outro dia ainda cantas, é porque ela não foi assim tão jeitosa (a bebedeira, para quem ainda não percebeu, mas xiu, não digam nada). Mas deve ter sido jeitosa, porque isto hoje não dava para cantar. Non, rien de rien (agora estive bem, perceberam a piada?). Portanto, nada de cantorias. E quando não há cantorias, a melancolia tem o dom de te acertar como flecha certeira na maçã, ou no alvo, à Guilherme Tell, estão a ver? (Ena, isto hoje é só referências culturais, ainda é do álcool com certeza).
Bem, melancolia vem, melancolia vai, dá-me para recordar. Coisas lindas. Doces. Já estão a ver o filme, certo? Lembro-me de escrever um post - pejado de lamechice que até ia doer - quando sou interrompida da minha dissertação lamechas (não custa nada reforçar) por uns comentários interessantes (o itálico no interessantes é propositado, como não podia deixar de ser). Aquilo, vá, acordou-me para a realidade. Mas aquele acordar em que nos atiram ao chão. Tipo, gaja, estás dormir, ou a sonhar acordada? Eu respondia que estava a dormir - sonhar acordada ia dentro da onda do que estava a escrever e não queria dizer isso a ninguém. Continuando, que a história já se alonga: ao acordar, enveredo por outro caminho (enveredo não é uma palavra cara demais para meter no meio deste discurso? É, não é? Enfim...), enveredo ou sou levada a enveredar. E prontos, enveredei. E esse caminho também me levou a recordar. O que não era bom. E foi aí que fodi tudo. Foi.
Resumindo e concluindo (porque até eu preciso esquematizar a coisa para perceber): tesão mode on › drink all night long › wake up and don't smell the coffee › sad oh sad sad me › memories are all you have › good ones › bad ones › crash and burn
Esperem lá, que eu nem a esquematizar sou boa. Dizia eu, ou pretendia eu dizer que facilmente se passa do modo tesão, para o modo lamechas e finalmente para o modo és tão parva, pá. Basicamente era isto. Tão mais simples, não?